Agora todos vocês já sabem que minha alma artista está aprisionada num corpo burocrata, de modos que isso afetou também meu talento, né? Cêis veje: eu """"sabia""" atuar, agora não consigo nem fingir cara de sofrida pra salvar minha própria vida. Eu sei desenhar, só que mais ou menos (cês já viram meus lindos desenhinhos? eu acho lindos, né? eu e minha mãe). Então vamos fazer as contas: eu já tentei atuar, desenhar, tocar piano (coitado do piano) e uma coisa para a qual eu sei que não tenho talento, mas pouco me importa: fotografar.
Tem um post sobre fotografia aí pra trás contando a história toda, então vou tentar ficar mais no presente.
Minha pobre Canon tá largada desde que começou a envelhecer. Quando comprei-lha, escolhi uma semi profissional pra ir me acostumando com o foco manual e um pouco mais de controle das funções todas, antes de partir pra uma câmera realmente boa, troca de lente e etc. Acho que tô nessa desde 2009. Tudo isso por ser uma completa bundona e ter medinha de escolher um câmera que não sei usar. Pessoas mais bem qualificadas que eu tentam me dar dicas, mas eu queria mesmo é que alguém segurasse minha mão e fosse na loja comigo e falasse "essa aqui, ó". Não quero mais nada.
Além disso, desde que eu troquei de AIFONE e as fotos de celular ficaram um pouco menos horríveis, eu larguei mão de andar com câmera na bolsa. E ó que eu comprei lentes novas pra minha Diana F+, minha Zenit tá com filme, mas não me lembro a última vez que saí especialmente pra fotografar.
Outro dia alguém me adicionou no flickr e eu me dei conta que desde que voltei de viagem dazoropa que nem atualizei o pobrezinho. Daí surgiu a ideia de fazer essa pequena ode às minhas próprias fotos, pra ver se a animação volta. Então vou dividir com vocês a foto que eu mais gosto que eu eu mesma tirei. De verdade, ela não tem nada muito especial, mas foi a primeira vez que eu olhei pra uma foto e pensei "fui eu mesma que tirei?". Hoje em dia esse lugar é um dos meus favoritos e pobre de quem me segue no instagram, porque eu fotografo por lá quase todo dia.
UFPR
Não sei se é a luz, se é o céu azul lá atrás, se é o lugar... sei lá. Só sei que eu gosto muito dessa foto. Se eu virar 180 graus, a paisagem desse lugar, nessa mesma luz é a seguinte:
UFPR
Para fins de justiça (não sei com quem, pra ser sincera), neste post não vou colocar nenhuma foto tirada fora do solo brasileiro. Eu tenho impressão que toda vez que a gente viaja, ou as coisas são de fato mais bonitas, ou a gente fica com o olho mais aberto pra essas coisas. Então as fotos todas serão nacionais. Essas duas acima, inclusive, do meu lugar de trabalho (e estudo). Quase toda tarde eu me pergunto como um lugar tão lindo pode produzir momentos tão horríveis. Não sei.
Agora, duas fotos que eu tirei no mesmo dia, na mesma hora, uma com a Canon e a outra com a Zenit, porque eu sou muito mongolóids e queria ver se uma profissional do passado faria muita diferença pra uma semi de "hoje":
parque Tanguá
Qual é qual? :P
Uma foto tirada com a Diana, depois de trocar o fundo dela pra foto 135mm (em vez do fundo 120mm, original):
passeio público
Um verdadeiro pesadelo é escanear o filme com o trilho aparente, por isso posto pouquíssimas dessas fotos por aí.
Agora, duas fotos feitas durante o dia, onde já dá pra perceber que estão ficando super granuladas e com a cor meio estourada, denunciando o fim das lindas lentes:
Parque Dom Pedro - SP
Largo da Ordem
Cerejeiras fazendo as lindas:
Praça Ryu Mizuno
Jardim Botânico
A mimizinha, que é protagonista de uma das melhores fotos que já tirei de seres vivos:
Teatro Municipal - SP
Tô muito de parabéns, porque era pra postar minha foto favorita e eu acabei postando 10, mas tá tudo bem.
Mas se alguém espera coerência da minha pessoa a essa altura da vida e nesse ritmo de posts, tá no blog errado. HEH
As únicas coisas pelas quais estou mentalizando agora são
- mais tempo pra fotografar;
- finalizar os dois filmes das analógicas;
- evitar a morte da pequena Canon e
- dinheiros pra comprar uma câmera que preste.
Sempre fingindo que não mora uma Nikon d7000 nesta casa, que vive parada porque ninguém sabe usar não é minha.