segunda-feira, 23 de julho de 2012

and the things we leave behind




Eu me mudei de casa.

Pela, sei lá, décima oitava vez na vida.

Acho muito engraçado quando a pessoa me diz que nunca se mudou ou diz que só se mudou quando casou. Não sei se tenho dó ou inveja.

Pelo menos desta vez, foram só alguns quarteirões. Mudar de estado é muita alegria só que ao contrário e fico muito contente que não tenha sido a história desta última mudança.

Aliás, mudar de casa é sempre uma alegria só que não.

A única coisa boa é a faxina obrigatória, néam? Tipos que eu limpo meu armário periodicamente, mas, de alguma forma, lá dentro tinha uma quantidade infinita de tralhas que eu não lembrava ter guardado. Imagina que faz 10 anos apenasmente que eu me formei (idosa) e metade das coisas da faculdade ainda morava lá em algum lugar.

Perdi as contas de quantos daqueles sacos de bilhões de litros de lixo eu tirei. O incrível é que meu quarto novo, que é maior - e tem uma irmã a menos -, está MAIS CHEIO. Sério, dava pra chamar um físico pra fazer um estudo de caso ali.

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Eu não lembrava, mas houve um tempo na minha vã existência, em que eu escrevia sobre a vida em blocos.de.notas. Não do Windows, de papel. O mais sensacional é que não era em UM bloco. Tinha mais ou menos uns 400 blocos espalhados por tudo que era canto, com um pouco de TOO MUCH information, sabe? Sei lá quantas horas eu perdi da minha vida rasgando e colocando fogo em tanto absurdo. Se eu tivesse uma máquina do tempo, ia perguntar pro meu eu do passado QUIQUI CÊ TEM NA CABEÇA, FIA? Capaz de estar morando no pinel se alguém tivesse achado essa tralha. Bem naquelas vibe morri e alguém foi juntar as tralha e OMG que pessoa perturbada.

Ainda bem que pude poupar os familiares desse desgosto.

Felizmente não lembro também o que motivou aquela quantidade de escrevinhação bizarra, vamos orar.

(Agora eu só tenho blog, ó que saudável kkk)

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Em toda mudança eu me pergunto: por que somos tão bocós? Por exemplo, reencontrei meu ~radinho~, primeiro tocador de cd de mp3 que eu adquiri na vida, cujas caixa de som desistiram de viver, cujo leitor de cd tá locão e que nem rádio sintoniza mais, mas eu não consigo jogar fora. Enquanto a casa véia tá lá, esperando ganhar um dono novo, o som tá ligado na tomada, num cantinho do quarto. Tem nem onde enfiar esse troço inútil no meu quarto novo, mas eu não consigo dar embora (ADORO quem diz que dá embora as coisas? Onde esse povo aprende essas expressões?). Fica lá o som abraçado em meia dúzia de bichos de pelúcia, joguinhos de tabuleiro e caixas vazias de sapato.

É.SÓ.UM.PEDAÇO.DE.TRALHA.

Haja desapego.

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Falando em desapego, a *área* que mais sofre nessas limpas é a fashion kkk. Meldels, como eu tenho roupa. Deve dar pra vestir umas 3 famílias de tipos físicos variados (a pessoa que pesou entre 48 e 82 kg dá uma amplitude boa). Finalmente joguei fora aqueles jeans 36 em que nunca mais vou entrar e aqueles 48 que só comprei na hora do desespero (se é pra ser gorda, então eu vou ser enoooooooooooooooorme!). Ainda assim, o armário conta com mais de trinta calças que podem ser usadas tranquilamente, com a atual forma física. O mais impressionante é a indústria da moda ser capaz de me vestir do 40 ao 46, é mágico.

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Falando em roupas que se fueram, estamos agora celebrando os 10kg que deram adeus a este corpinho a que não pertenciam.

O engraçado é que 10kg foi exatamente o quanto meu peso aumentou em 2 meses, por causa dos remédios que eu estava tomando.

No começo, eu pensava “pqp, esse esforço todo só pra voltar pra onde já não tava bom”, mas não vou nem negar que estou muito mais delícia (kkk) que um ano atrás e usando roupas menores.

Pelo menos é uma coisa que eu joguei fora sem dor no coração heh.