disclaimer: quem não convive comigo no dia a dia talvez não saiba, então eu vou explicar: eu tenho sérias dificuldades em enxergar beleza física nas pessoas. A coisa mais difícil de me ouvir dizer é que alguém é bonito. Não é por mal, é só como eu vejo. Quando as pessoas se dão conta disso, elas me perguntam "nem eu?" e eu nunca quero ser rude, mas nem você. "Nem a Megan Fox ou a Scarlett Johansson?" Especialmente essas duas. "Nem o Channing Tatum". Não, meu amor. Nem ele. Nem você mesma? De jeito nenhum. Poderíamos ficar aqui por horas dizendo nomes e eu provavelmente diria não pra todos eles. Mas isso é só pra ficar bem explicado aqui que eu geralmente não acho as pessoas especialmente bonitas.
*****
Eu confesso que dei muita risada quando começaram a tag #stopthebeautymadness, especialmente quando vi uma quantidade considerável de blogueiras postando fotos sem maquiagem em pouca luz e baixa qualidade. Minhas amigas também, tiraram uma foto pior que a outra. Eu, como qualquer idiota que não leva na a sério, tirei a seguinte foto:
E ainda coloquei a legenda: stop the beauty madness, seje feia.
Fui ficando cada vez mais indignada a cada vez que uma amiga indicava outras como uma forma de sacanagem e as indicadas se desesperavam, postavam fotos borradas, escuras, pavorosas, reclamando sem fim pela enrascada em que foram metidas. E eu fiquei pensando "mas gente, nem bonito esse povo é, como assim parar a loucura da beleza?".
Sério.
E peço desculpas agora.
Porque tem outros pensamentos que eu sempre tive, mesmo antes dessa campanha. Exemplo: "essa menina seria tão mais bonita se não rebocasse a cara desse jeito" ou "um pouquinho menos de maquiagem e um pouco de naturalidade fariam um bem enorme pra essa pessoa" ou "é tão sem gracinha, não vai ser com tanto produto que vai melhorar". E nunca, nunquinha me ocorreu que aquilo era o que fazia a pessoa se sentir melhor com a própria imagem, mais feliz, mais confiante ou o que quer que fosse. E eu não tenho nada a ver com isso.
Meu julgamento provavelmente nasceu da minha ~condição~ de eterna cara limpa. Muito cedo eu descobri alergias a cosméticos. Lembro de um casamento de uma das minhas tias, eu tinha uns 15 anos, passei a festa toda com o rosto coçando de base, rímel, lápis, blush. Com o couro cabeludo em brasa por causa de laquê. E de ter chegado tarde em casa e todo mundo ter proibido de me enfiar debaixo do chuveiro e lavar aquilo tudo. Passei a noite com esses produtos todos e foi uma catástrofe. Ali eu já sabia que não teria vontade de usar mais nada tão cedo.
Foi uma luta de todas as mulheres da família pra me fazer aceitar lápis pro olho. Meus olhos são particularmente sensíveis (a tudo, até com luz elétrica ele lacrimeja), então a ideia de aproximar uma ponta colorida deles sempre foi assustadora. Curvex pros meus cílios que são suuuuper clarinhos e ralos e só ficam realçados pelo rímel se der uma senhora curvada antes. E por muito tempo na minha vida isso era o máximo de maquiagem que eu usava, muito contrariada. "Porque é um desperdício um olho dessa cor sem pintura nenhuma". Hoje em dia eu me maquio com facilidade nos raros dias em que acordo com essa motivação. Mas precisava essa pressão toda?
Eu não sou uma menina bonita, mas nasci numa família em que todo mundo é lindo. Meus traços faciais são fortes, é tudo grande na minha cara. Se eu pinto o olho, fica exagerado. Se eu passo blush, fica exagerado. Se eu uso batom, parece que minha cara é composta apenas por: boca. E eu sempre tive problemas com pessoas olhando pra mim e me encarando, então eu sempre evitei maquiagem. Até porque, além de encarar, parece que a maquiagem libera uma porteira pras pessoas comentarem sobre suas fuças.
E, veja bem, isso não é um julgamento, é uma opinião: eu acho que todo mundo que eu conheço, sem exceção, fica mais bonita sem maquiagem. Ou com menos maquiagem, tipo aquela clássica engana-bofe (um termo horroroso). De modo que eu acabo achando que eu não acentuo minha feiúra se não tentar cobrir.
Mas parar a loucura da beleza, pra mim, vai muito além disso. De métodos de se sentir melhor consigo mesma. Não gosta da textura da pele? Tem jeito. Não gosta da cor dos lábios? Tem jeito. Não gosta da cor do cabelo? Tem jeito. Dá pra mudar muita coisa nessa linha. A linha "dá um banho que some". Mas tem muita coisa que não dá pra mudar ou tirar com o banho.
Eu, por exemplo, fui uma criatura magra por, sei lá, uns 80% da minha vida. Magra mesmo, magra de ter pele, osso e joelho. As pessoas viviam querendo me convencer a comer carne, porque só podia ser essa a razão de tanta magreza: desnutrição. Mas, como eu passei também a maior parte da minha vida sem um rim, sempre tive exames pra provar que tava saudável.
Depois, eu tive uma fase intermediária, no começo da vida adulta, em que um pouquinho de carne apareceu aqui, outro pouquinho ali e eu virei um magro ok. As pessoas ainda reclamavam da minha aparência, especialmente se eu usasse salto. "Nossa, você podia fazer o favor de não ficar tão alta e nem tão magra perto da gente, né?". Podia, claro que podia.
Teve também a fase em que meu cabelo resolveu que dali em diante seria cacheado, bem no auge da moda da chapinha. E não passava um dia inteiro sem que alguém viesse me dar o precioso conselho de que eu ficaria mais bonita se alisasse. Tinha cabelo liso até um ano antes e ninguém reparou? E aí eu resolvi que deixaria o cabelo ficar enorme, mas um enorme até bem pequeno, não chegava nem no cós da calça. E todo mundo achava que podia dar opinião sobre o comprimento do cabelo.
Então a alergia chegou e com ela olheiras e peso extra. Então me recomendavam dietas e eu fazia. Mas veja bem, eu pesava 49kg antes da alergia e passei a pesar 55kg depois, durante os primeiros 4 anos. E era com 55kg que as pessoas me chamavam de gorda. Eu ia a nutricionistas, endocrinologista, nutrólogo. Academia eu já fazia, mas mesmo assim todo mundo me dava a dica de passar a frequentar. E todos os médicos restringiam mais ainda minha dieta "normal", que sempre foi super restrita por conta das coisas que eu não posso comer e das coisas que eu não gosto de comer. E muito do que eu não gosto de comer são coisas que meu organismo teria dificuldade em processar, por conta da perda traumática de um rim. Então eu não como feijão, não como embutidos, não como azeitona, não bebo álcool, não como alguns vegetais e frutas (tipo carambola, que nunca mais posso comer na vida), mas tudo de acordo com o que meu organismo manda. Além de tudo, sou alérgica a leite - o que é muito diferente de intolerância à lactose - então queijos conhecidos como mais fortes e calóricos, como o provolone, eu não posso nem sentir o cheiro.
E cada nutricionista/endocrinologista/personal trainer que me conhece, nem me fala oi e me manda parar com leite, carne, embutidos, etc. MAS SERÁ QUE NÃO DÁ PRA PERGUNTAR ANTES SE EU CONSUMO ESSAS COISAS? E aí eu vou vivendo de batata e brócolis e as pessoas julgam porque tem batata. Aí eu como um quadradinho de chocolate com 70% de cacau e as pessoas julgam porque é doce. Eu tomo um copo de suco e as pessoas julgam o açúcar e eu DETESTO açúcar e não maltrato minhas bebidas com isso. E todo mundo quer me enfiar produtos light ou diet, que eu não posso consumir, porque têm mais que o dobro de sódio geralmente e eu.só.tenho.um.rim.
Hoje meu peso chegou no maior dígito em que já esteve. O personal tenta me acalmar, dizendo que eu sou muito pesada por causa da musculação intensa. Já me provou com 500 exames que a maior parte de mim é massa muscular, mesmo. Mas tem uma grande parte de água, que fica aqui porque eu tomo remédios demais e tenho rins de menos. E a única dieta que resolve, nesse caso, é diminuir o sódio. Só essa. Eu não vou emagrecer se comer menos doce. Porque eu raramente como doce. Eu não vou emagrecer se comer menos churrasco, porque eu não como churrasco. Eu não vou emagrecer nem se eu comer menos pão. A última dieta que eu fiz, acabou com meus músculos e não eliminou quase nada da retenção de líquido. E piorou minhas alergias, porque eu era obrigada a consumir leite numa quantidade muito maior do que meu organismo aguenta.
E ontem, numa festa de criança, dava pra ver os olhares reprovadores quando eu ia à mesa de doces, buscar brigadeiros pra minha mãe.
Não é da conta de ninguém a razão do meu peso e da minha forma física, mas as pessoas assumem imediatamente que, se você está perto da comida, você vai comê-la toda. Não tem UMA pessoa que faça uma refeição comigo e não fale, em tom de espanto "mas é só isso que você come??!!1". Sim, sempre foi. E não deveria ser da sua conta.
Então parar com a loucura da beleza significa muito mais que tirar a maquiagem. Significa tirar a chibata de cima do corpo alheio. Do cabelo até o pé. Significa lembrar que a forma física de uma pessoa pertence exclusivamente a ela, independentemente da sua proximidade com ela. Ser mãe, irmã, amiga, conhecida de alguém não te dá o direito de opinar sobre o corpo dela.
Se uma menina é gordinha porque adora comer e prefere o corpo mais cheio à dieta, isso é problema dela. Se a menina come até os cantos da mesa e permanece magra, também é problema dela. Se usa maquiagem, se não usa, se usa roupas da tendência, se tem um estilo mais largado, se fala palavrão, se parece uma santa, sabe? Todo mundo tem espelho. Todo mundo sabe as limitações da própria figura, se tem alguma coisa boa, que vale a pena realçar, se quer largar a mão e ser feliz de outro jeito. Não precisa de ninguém pra avisar.
Parar a loucura da beleza é parar de achar que as outras pessoas têm que seguir ao SEU padrão pra estarem bonitas. Tem gente que não está interessada.
Sério.
E peço desculpas agora.
Porque tem outros pensamentos que eu sempre tive, mesmo antes dessa campanha. Exemplo: "essa menina seria tão mais bonita se não rebocasse a cara desse jeito" ou "um pouquinho menos de maquiagem e um pouco de naturalidade fariam um bem enorme pra essa pessoa" ou "é tão sem gracinha, não vai ser com tanto produto que vai melhorar". E nunca, nunquinha me ocorreu que aquilo era o que fazia a pessoa se sentir melhor com a própria imagem, mais feliz, mais confiante ou o que quer que fosse. E eu não tenho nada a ver com isso.
Meu julgamento provavelmente nasceu da minha ~condição~ de eterna cara limpa. Muito cedo eu descobri alergias a cosméticos. Lembro de um casamento de uma das minhas tias, eu tinha uns 15 anos, passei a festa toda com o rosto coçando de base, rímel, lápis, blush. Com o couro cabeludo em brasa por causa de laquê. E de ter chegado tarde em casa e todo mundo ter proibido de me enfiar debaixo do chuveiro e lavar aquilo tudo. Passei a noite com esses produtos todos e foi uma catástrofe. Ali eu já sabia que não teria vontade de usar mais nada tão cedo.
Foi uma luta de todas as mulheres da família pra me fazer aceitar lápis pro olho. Meus olhos são particularmente sensíveis (a tudo, até com luz elétrica ele lacrimeja), então a ideia de aproximar uma ponta colorida deles sempre foi assustadora. Curvex pros meus cílios que são suuuuper clarinhos e ralos e só ficam realçados pelo rímel se der uma senhora curvada antes. E por muito tempo na minha vida isso era o máximo de maquiagem que eu usava, muito contrariada. "Porque é um desperdício um olho dessa cor sem pintura nenhuma". Hoje em dia eu me maquio com facilidade nos raros dias em que acordo com essa motivação. Mas precisava essa pressão toda?
Eu não sou uma menina bonita, mas nasci numa família em que todo mundo é lindo. Meus traços faciais são fortes, é tudo grande na minha cara. Se eu pinto o olho, fica exagerado. Se eu passo blush, fica exagerado. Se eu uso batom, parece que minha cara é composta apenas por: boca. E eu sempre tive problemas com pessoas olhando pra mim e me encarando, então eu sempre evitei maquiagem. Até porque, além de encarar, parece que a maquiagem libera uma porteira pras pessoas comentarem sobre suas fuças.
E, veja bem, isso não é um julgamento, é uma opinião: eu acho que todo mundo que eu conheço, sem exceção, fica mais bonita sem maquiagem. Ou com menos maquiagem, tipo aquela clássica engana-bofe (um termo horroroso). De modo que eu acabo achando que eu não acentuo minha feiúra se não tentar cobrir.
Mas parar a loucura da beleza, pra mim, vai muito além disso. De métodos de se sentir melhor consigo mesma. Não gosta da textura da pele? Tem jeito. Não gosta da cor dos lábios? Tem jeito. Não gosta da cor do cabelo? Tem jeito. Dá pra mudar muita coisa nessa linha. A linha "dá um banho que some". Mas tem muita coisa que não dá pra mudar ou tirar com o banho.
Eu, por exemplo, fui uma criatura magra por, sei lá, uns 80% da minha vida. Magra mesmo, magra de ter pele, osso e joelho. As pessoas viviam querendo me convencer a comer carne, porque só podia ser essa a razão de tanta magreza: desnutrição. Mas, como eu passei também a maior parte da minha vida sem um rim, sempre tive exames pra provar que tava saudável.
Depois, eu tive uma fase intermediária, no começo da vida adulta, em que um pouquinho de carne apareceu aqui, outro pouquinho ali e eu virei um magro ok. As pessoas ainda reclamavam da minha aparência, especialmente se eu usasse salto. "Nossa, você podia fazer o favor de não ficar tão alta e nem tão magra perto da gente, né?". Podia, claro que podia.
Teve também a fase em que meu cabelo resolveu que dali em diante seria cacheado, bem no auge da moda da chapinha. E não passava um dia inteiro sem que alguém viesse me dar o precioso conselho de que eu ficaria mais bonita se alisasse. Tinha cabelo liso até um ano antes e ninguém reparou? E aí eu resolvi que deixaria o cabelo ficar enorme, mas um enorme até bem pequeno, não chegava nem no cós da calça. E todo mundo achava que podia dar opinião sobre o comprimento do cabelo.
Então a alergia chegou e com ela olheiras e peso extra. Então me recomendavam dietas e eu fazia. Mas veja bem, eu pesava 49kg antes da alergia e passei a pesar 55kg depois, durante os primeiros 4 anos. E era com 55kg que as pessoas me chamavam de gorda. Eu ia a nutricionistas, endocrinologista, nutrólogo. Academia eu já fazia, mas mesmo assim todo mundo me dava a dica de passar a frequentar. E todos os médicos restringiam mais ainda minha dieta "normal", que sempre foi super restrita por conta das coisas que eu não posso comer e das coisas que eu não gosto de comer. E muito do que eu não gosto de comer são coisas que meu organismo teria dificuldade em processar, por conta da perda traumática de um rim. Então eu não como feijão, não como embutidos, não como azeitona, não bebo álcool, não como alguns vegetais e frutas (tipo carambola, que nunca mais posso comer na vida), mas tudo de acordo com o que meu organismo manda. Além de tudo, sou alérgica a leite - o que é muito diferente de intolerância à lactose - então queijos conhecidos como mais fortes e calóricos, como o provolone, eu não posso nem sentir o cheiro.
E cada nutricionista/endocrinologista/personal trainer que me conhece, nem me fala oi e me manda parar com leite, carne, embutidos, etc. MAS SERÁ QUE NÃO DÁ PRA PERGUNTAR ANTES SE EU CONSUMO ESSAS COISAS? E aí eu vou vivendo de batata e brócolis e as pessoas julgam porque tem batata. Aí eu como um quadradinho de chocolate com 70% de cacau e as pessoas julgam porque é doce. Eu tomo um copo de suco e as pessoas julgam o açúcar e eu DETESTO açúcar e não maltrato minhas bebidas com isso. E todo mundo quer me enfiar produtos light ou diet, que eu não posso consumir, porque têm mais que o dobro de sódio geralmente e eu.só.tenho.um.rim.
Hoje meu peso chegou no maior dígito em que já esteve. O personal tenta me acalmar, dizendo que eu sou muito pesada por causa da musculação intensa. Já me provou com 500 exames que a maior parte de mim é massa muscular, mesmo. Mas tem uma grande parte de água, que fica aqui porque eu tomo remédios demais e tenho rins de menos. E a única dieta que resolve, nesse caso, é diminuir o sódio. Só essa. Eu não vou emagrecer se comer menos doce. Porque eu raramente como doce. Eu não vou emagrecer se comer menos churrasco, porque eu não como churrasco. Eu não vou emagrecer nem se eu comer menos pão. A última dieta que eu fiz, acabou com meus músculos e não eliminou quase nada da retenção de líquido. E piorou minhas alergias, porque eu era obrigada a consumir leite numa quantidade muito maior do que meu organismo aguenta.
E ontem, numa festa de criança, dava pra ver os olhares reprovadores quando eu ia à mesa de doces, buscar brigadeiros pra minha mãe.
Não é da conta de ninguém a razão do meu peso e da minha forma física, mas as pessoas assumem imediatamente que, se você está perto da comida, você vai comê-la toda. Não tem UMA pessoa que faça uma refeição comigo e não fale, em tom de espanto "mas é só isso que você come??!!1". Sim, sempre foi. E não deveria ser da sua conta.
Então parar com a loucura da beleza significa muito mais que tirar a maquiagem. Significa tirar a chibata de cima do corpo alheio. Do cabelo até o pé. Significa lembrar que a forma física de uma pessoa pertence exclusivamente a ela, independentemente da sua proximidade com ela. Ser mãe, irmã, amiga, conhecida de alguém não te dá o direito de opinar sobre o corpo dela.
Se uma menina é gordinha porque adora comer e prefere o corpo mais cheio à dieta, isso é problema dela. Se a menina come até os cantos da mesa e permanece magra, também é problema dela. Se usa maquiagem, se não usa, se usa roupas da tendência, se tem um estilo mais largado, se fala palavrão, se parece uma santa, sabe? Todo mundo tem espelho. Todo mundo sabe as limitações da própria figura, se tem alguma coisa boa, que vale a pena realçar, se quer largar a mão e ser feliz de outro jeito. Não precisa de ninguém pra avisar.
Parar a loucura da beleza é parar de achar que as outras pessoas têm que seguir ao SEU padrão pra estarem bonitas. Tem gente que não está interessada.