terça-feira, 21 de março de 2017

quinta série da marmota

Todo mundo lembra a sensação de estar na quinta série, né? 

Você começa a socializar sem giz de cera e com caneta esferográfica, surgem as continhas de dividir por dois algarismos, ninguém mais te acha fofinho e e se você não for uma pessoa legal, descobre que não tem graça nenhuma.


Aí vem aquela vontade incrível de impressionar, desde o crush do condomínio até a professora de geografia, de competir com o amiguinho nas brincadeiras da rua e com seu irmão pela atenção da sua mãe.


Foda a quinta série, né?


Pena que o cerumano nunca. sai. dela.


Cê vai virando adulto e vai se dando conta que a vida é uma eterna quinta série, dentro e fora da sala de aula.


Que pesadelo.


HISTÓRIA I

O ano era 2008. Uma sequência de desventuras culminou em um ponto da minha vida em que minha capacidade de socialização chegou a zero e eu não saía mais de casa, não tinha mais amigos, nada. Em Curitiba, I mean, minha vida social estava em São Paulo, onde eu não estava. Quando algum amiguinho paulistano vinha, era 01 alegria (e uma raridade), de modos que eu movia montanhas pra verlhos. Pois numa dessas vezes, a pessoa me falou que estaria onde judas perdeu as bota e eu levei quase duas horas atravessando a cidade pra chegar lá... e levar um bolo. 

O desencontro não foi de todo perdido, porque estava acontecendo um evento no lugar. Em tempos de twitter, cê escrevia que tava largado em algum lugar da cidade e logo aparecia alguém no mesmo lugar pra socializar. Acabei conhecendo algumas pessoas, que faziam parte de um grupo, do qual me convidaram pra participar.

OUSSEJE

Cheguei por último, num grupo que já tinha um monte de gente.

Por alguma razão que jamais saberei qual era, o grupo era composto de uns 40 meninos e 3 meninas. Mas as meninas costumavam ter mais o que fazer e acabava que quase sempre eu tava lá toda sexta-feira sozinha com um bando de nerd do sexo masculino. 

Na década passada, a gente era 120% menos feminista enquanto sociedade, né? Então tinha toda uma apreensão quando mais de uma menina aparecia no encontrinho da galera. Mas isso acabou passando até que bem rapidamente, e eu fiz amizade com as menina tudo. Qué dizê, na minha cabeça, eu tinha feito.

Uma delas era a tiradora oficial de foto do grupo e foi muito lentamente que eu me dei conta que eu nunca estava em nenhuma foto, mesmo estando com as pessoas o tempo todo. 

No começo, eu achei que era minha própria ~culpa~, porque eu odeio foto, odeio sair em foto, odeio saber que existe foto (minha, né?), então eu tinha impressão que inconscientemente eu saía do quadro.

Até que um dia aconteceu um evento feminista e, bom, se houvesse ainda a página e o flickr do evento (eu procurei, não tem), seria sensacional pra ilustrar o post. Primeiro que todas as meninas tiraram a clássica fotinho com a lousa, sabe? Tem sua lá, migo leitor? Minha também não tinha. Aí tem a foto do grupo, né? Pois eu sou aquele tipo de bocó que fica num cantinho ou num fundinho, de modos que tinham várias fotos com o topo da minha cabeça ou o cantinho do meu braço (identificável pelas roupas super discretas que eu costumo usar). SÓ QUE teve algum momento que alguém olhou o visor da câmera e notou que eu e minha brusinha de coraçõezinhos não estávamos em nenhuma das fotos e sugeriu que eu ficasse bem no meio, no colo de algumas pessoas. Bom, aí tinha essa única foto em que eu aparecia, numa resolução que era impossível de aumentar.

Daí pra frente eu passei a tentar ficar no meio de todas as fotos posadas. Mas SEMPRE a foto aparecia cortada com o pessoal da esquerda, depois o pessoal da direita, depois a galera que tava embaixo, o pessoal mais alto. Quando ela provavelmente cansou do photoshop, ela passou a ~dirigir~ as fotos e era sempre muito engraçado, porque ela levava meia hora trocando as pessoas de posição, até que eu ficasse no canto, pra facilitar o crop. Entre mim e minha panela era sempre motivo de piada, né? Tem uma lendária foto da copa de 2010 em que meu cotovelinho é estrela de umas 20 fotos diferentes. Numa delas, a gente lembra claramente de a menina me mudar de posição umas 30 vezes, com a desculpa que uma luz estava refletindo no meu rosto. Obviamente meu rosto não está em nenhuma foto daquele evento. 

E de nenhum outro, como vocês podem concluir.

Um dia eu comprei uma camerinha compacta simpática e levei numa festa em que essa fia supostamente não estaria, já que não foi convidada. Mas twitter, a desgraça do início dos anos 10, era tipo um localizador que ninguém conseguia manter a boquinha calada e atraía os desnecessauros involuntariamente. Eu tava com a minha camerinha lá, tirando fotos bucólicas do local, chega a fia. Quer mexer na minha camerinha. Eu digo não. Eu saio de perto dos meus pertences por alguns minutos pra afofar um gato (do reino animal mesmo, que eu sou dessas). Volto pra mesa e QUEM É QUE TÁ COM A MINHA CÂMERA NA MÃO? Isso memo. Fui lá e catei de volta, fui bem simpática falando com voz meio trevosa pra não mexer nas minhas coisa, etc. Acendi o visor e fui olhar as fotos que a fia tava tirando e........................................

tinha foto de todo mundo MENOS MINHA hahahahahhaahhahahahah.

Mas kids graça.

Um dia eu fui lá perguntar pra cerumana qual era o problema, né? Porque assim, a gente não é obrigado a ir com a cara de todas as pessoas do mundo, nossos amigos às vezes têm dificuldade de fazer amizades e se relacionam com gente idiota, a gente não pode controlar isso. Mas educação é uma coisa tão fácil de usar, sabe? A fia nunca tinha sido educada comigo e ela mexer na minha câmera sem autorização foi a gota d'água. Fui lá oferecer meus mais sincero foda-se pedido de desculpa caso eu tivesse vanessado e feito alguma coisa imbecil sem notar, tentar oferecer uma trégua, um voto de paz. A menina olhou no meu olho e disse que não tinha problema nenhum comigo, que eu tava delirando que ela me cortava de fotos, que eu me dava importância demais.

ok

Fiz a única coisa possível, que foi cortar a pessoa do meu círculo. Cêis qué ir num lugar onde ela esteja? Pois faça bom proveito. Cêis qué ir num lugar onde eu esteja? Não pode trazer ou convidar. Isso valia pra qualquer pessoas, até familiares da indivídua. Porque veja se tamo na idade de passar por essas idiotice, né? TAMO NOM.

HISTÓRIA II

Bom, o ano agora é 2017, olha quanto tempo se passou! Estamos todos mais velhos e um tanto mudados, paramos de fazer amizades pelo twitter e passamos a conviver com pessoas de interesses semelhantes. Avançamos na educação acadêmica e passamos a conviver com gentes pesquisando as mais diversas coisas importantes, que moraram em vários países, falam várias línguas, gente que gosta do Bandeira e do Bauhaus, de Van Gogh e dos Mutantes, do Caetano e de Rimbaud e tal. Ainda assim, às vezes acontece de a gente chegar por último num grupo que já existia.

OUSSEJE

Cheguei novamente a um grupo de pessoas que já existia fazia um tempão.

Não sei se pras pessoas normais, extrovertidas, sem problemas psiquiátricos é fácil esse movimento. Eu lembro do primeiro dia em que entrei no ambiente que esse povo todo estava. Se as pessoas estavam me julgando ou se era só eu (que estava me julgando), jamais saberei. O importante é que, como em todo grupo, a gente se dá bem com umas pessoas, ignora outras, faz algumas amizades mais próximas, outras que transcendem o ambiente e passam pra vida, arranja uns crush errado, intrigas, amor ao próximo, etc. Normal.

O timehop me lembrou dia desses que fez um ano que eu fui oficialmente ~aceita~ no grupo, fazia uns tantos meses a mais que eu já estava convivendo com as pessoas, fiquei contente de notar que do primeiro dia que deu medo até hoje, eu inclusive fiz amigos pra minha vida. VITÓRIA.

Só que nom.

Porque tem ~a criatura~. "Ah, vamo fazer um grupo de emails pra gente falar do assunto x e mandar arquivos?" "VAMO!" "Quem faz o grupo?" "Ah, ~a criatura~ podia fazer". "VIVA!"

Três dias depois eu vejo que nada acontece feijoada, pergunto pra alguém se vai rolar mesmo o grupo de emails.

- ué, mas já tem!
- tem não.
- tem sim.
- tem não.
- tem sim.
- tem não.
- tem sim.
- tem não.
- tem sim.

A pessoa abre o gmail e me mostra que TEM SIM. Cê recebeu convite, leitor? NENHEU. Pedi pra me encaminharem os arquivinho tudo e segui, porque, né? Eu não tenho mais idade pra isso. Aí veio a ideia de um dropbox (kids graça dropbox de grupo, meldels). De novo, uns dias depois eu falo o famoso UÉ. As pessoas me dizem que já tem dropbox sim. DE NOVO EU NÃO FUI CONVIDADA.

Mas, gente, o que a pessoa ganha com isso, eu me pergunto?

Esses dias rolou uma hostilidade TÃO GRANDE para com a minha pessoa, que tudo que eu consegui foi uma crise de riso, porque eu ia fazer uma pergunta inocente, a ~criatura~ ficou com tanto pavor que eu estivesse tentando socializar que me deu um fora antes de eu terminar. Nem consegui evitar, eu só ri mesmo e tô rindo até agora, pensando no que leva a pessoa a ter esse tipo de comportamento absolutamente sem noção A ESSA ALTURA DA VIDA.

MIMIMI NÃO GOSTO DE VOCÊ NÃO TE CONVIDO PRO MEU DROPBOX

HAHAHAHA qq iço




HISTÓRIA III

Em todos os grupos de que a gente faz parte no mundo, sempre tem aquela uma pessoa com quem a gente tem coragem de falar tudo o que vem no cérebro, né? No meu caso isso é ótimo, porque eu não tenho filtro. Então significa que eu posso FALAR. 

E eu tava falando.

E num era poco.

E tinha de vez em quando outros nomes envolvidos na conversa, porque a vida tem dessas coisas, a gente convive com pessoas e de vez em quando elas fazem coisas e a gente precisa falar dessas coisas.

E eu falei as coisas.

A gente tava conversando num lugar afastado, eu tava de boa. O assunto não era secreto nem nada, a porta tava aberta, eu tava falando alto. Eu ouvi passos no corredor e ignorei, porque o que eu dizia não tinha nada demais. 



QUE

Tem o babaca, né? Sempre tem um babaca no grupinho. Num certo momento, a conversa foi interrompida pelo babaca, logo após eu chamarlho de babaca, sem nem imaginar que o babaca pudesse estar por perto. Eu não me preocupei, pois não me preocupa a opinião de gente babaca. Depois que ele saiu, minha conversa com o outro cerumano prosseguiu por mais um tempo. Quando acabou, eu fui falar com outra pessoa, a que foi mencionada no diálogo anterior e não era o babaca. 

Mas não deu tempo de falar oi.

O cerumano veio 120% na defensiva, se justificando do mais absoluto nada, eu ouvindo e pensando MAS O Q....

AH.

O babaca, além de babaca, é o que? Isso mesmo fofoqueiro. Cê veja que num levou meia hora pra ele ficar ATRÁS DA PORTA ESCUTANDO A CONVERSA DOS OUTROS e fazer a Popis.


VOU CONTAR TUDO PRA SUA MÃE, QUICO!!!1111111111

Eu não sabia se ria, se chorava, se tentava consertar, se deixava a vida me levar. Só sei que quando o babaca apareceu na minha frente, eu tive que controlar todos os meus impulsos de chamar de fofoqueiro no ritmo de GALOPEIRA, vou ser sincera. Já aviso que não vai durar muito tempo o auto controle.

*****

E é mais ou menos nessa vibe adulta que minha vida tem acontecido recentemente. IGOALZINHO a quinta série, só que com muito mais álgebra pra estudar. Não estou vendo nenhuma vantagem.

Tava lembrando aqui da pessoa que comentou que com o fim do mestrado esperava que os posts sobre boys ficassem mais constantes, fico pensando na decepção.

Até porque minha vida amorosa tá bastante no clima do ensino fundamental também, né? Porque quando o boy que cê tá tentando impressionar com a sua inteligência (cada um usa as arma que tem) abre seu facebook na sua frente e pede pra mostrar as amiga bonita, é porque a gente beira os 40, mas nunca deixa de verdade os 8, né nom?

terça-feira, 7 de março de 2017

questãs:

- que que cêis desenterraram um post de 2013?

- cêis sabe que dá pra comentar sem cadastro no disqus, né?

só isso memo.

quarta-feira, 1 de março de 2017

missy, saxon, yoda, dos magos, uala, eu



ACABOU!!111

Qué dizê, falta um monte de correção ainda, mas é só isso memo: corrige, imprime, entrega, ADEUS.

Cabô mestrado.

(Começô dotorado, mas, né? Uma coisa de cada vez.)

Então, dois avisos importantes:


- este post tem potencial pra ser ELORME e

- tem a vibe QUI AUTOESTIMA DA PORRA.

Tejem avisados.


Então vamo mandar um previously on minha vida acadêmica:


* Você tem habilidades matemáticas, as pessoa pensa o que? Que cê vai estudar engenharia, obviamente.


* Eu não queria ficar na faculdade - MUITO MENOS NA CIDADE - onde morava minha mãe, de modos que eu decidi que engenharia estava fora de questã (pois me obrigaria a essas duas cousa).


* Minha inocência me fez acreditar que eu poderia desenvolver minha alma de humanas e que minha família aceitaria, então fui estudar música, literatura e teatro. INFELIZMENTE NÃO DEU CERTO.


* Fui encurralada aconselhada a escolher uma entre 3 opções: direito, administração e engenharia. Escolhi administração por motivos nada nobres.


* No meio da faculdade, fui apresentada aos conceitos de logística e administração da produção e descobri o que eu queria estudar pro resto da minha vida.


* Fiz 3 linda monografia a respeito, tava no embalo.

* A vida me levou pro silviço público e eu pensei WHATS THE POINT e larguei tudo.


OK


Daí então eu tava lá vivendo minha vida de funcionária pública, querendo aperfeiçoar minhas habilidades de escrita e, ali por 2009/2010, decidi estudar letras. Mas graduação é uma coisa que o cerumano tem que estar muito desestabilizado pra fazer duas vezes na vida, de modos que eu pensei: mestrado, né? 


Mas parece que mestrado humanas é ainda mais cruel que o normal e eu não conseguia adentrar no sagrado ambiente estudantil das letra.


ENFIA NO CU, ENTÃO.


Confesso que eu ainda tava tentando, pois brasileira, quando minha mãe começou a trabalhar na mesma universidade que eu. Com quem? Com as pessoas da engenharia de produção. Aí o que? Ela mãezou, né? "AINNNN, MINHA FILHA INTELIGENTONA, RAINHA DA LOGÍSTICA, DONA DA ENGEARIA DE PRODUÇÃO". E as peçoa o que? 


ACREDITARAM.


Então num minuto eu tava no telefone tentando achar um professor de letras pra conversar comigo sobre um projeto de neologismo, língua como forma de humor, literatura nos tempos da internet, crônicas contemporâneas, essas coisas, levando vários não. No dia seguinte, tinha um revezamento de gente tentando me convencer a entrar no bendito mestrado de engenharia de produção.


Levou 4 anos até eu mandar um "tá bão, vai". 


Ousseje: COATRO ANOS de pessoas vindo tirar meu sossego, pedindo pfv pfvzinho pra eu aceitar. O que eu achei? Que era só entrar. Nem era, vocês já sabem a história da prova da depressão que eu tive que fazer. Mas o que vocês não sabem é que rolou um horário eleitoral gratuito, professores se oferecendo pra minha pessoa, com promessas, VOTE EM MIM.


Aí eu fui olhar os lattes das galera, né, tomar uma decisão mais inteligente. 


FOI AÍ A PRIMEIRA CAGADA.


Quando eu achei o professor perfeito (spoiler: foi com esse orientador que eu terminei o mestrado - oremos), eu fui influenciada pela opinião de uma pessoa de quem eu não gostava e, bom, escolhi outro, o professor errado.


Daí foi uma sucessão de horror.


Eu posso dar detalhes? Não posso. Eu quero dar detalhes? Não quero. Mas eu sofri abuso psicológico por aproximadamente 8 meses. A parte mais legal foi que eu passei a ter dificuldade de entrar na universidade, que vem a ser o que? O.MEU.LUGAR.DE.TRABALHO. As crises de ansiedade eram incapacitantes, o que quer dizer que eu não tinha mais estrutura psicológica pra nada que envolvesse o campus que é onde eu ganho dinheiros. Pensa que alegria! Eu perdi dias de trabalho, porque eu não tinha condição de sair da minha casa, de tanto que eu chorava. Aí eu chegava lá e não conseguia mais sair, porque, se saísse, sabia que ia ser difícil de voltar.


E foram dias chorando no estacionamento.


Até que um dia alguém estendeu a mão :)


Aíííí as coisas começaram a mudar e eu descobri que dava pra ser feliz estudando sim. Comecei a trabalhar num projeto MUITO legal, que consumia praticamente todo o meu tempo acordada, mas em que eu via propósito, sabe?


Acontece que nessas de escolher orientador errado, de passar por todo tipo de constrangimento, ofensa e desrespeito, eu "perdi" um ano. O que quer dizer que em 2015 eu não tava vivendo porque tava sofrendo e em 2016 eu não tava vivendo pra recuperar o tempo perdido. 


O segundo semestre de 2016 foi super suave, casamento, preparativos do casamento, meus irmãos saindo de casa, eu afundada em modelagens matemáticas, acumulando coisas no trabalho (não por incompetência, porque tinha mesmo muita coisa pra fazer)... Várias vezes eu tive certeza que março não chegaria NUNCA.


E, quanto mais perto do fim, mais as coisas ficavam LOUCAS, eu perdi 120% do controle da minha vida nas mais diversas áreas, de modos que eu bati recorde de chorar em público e também no particular.


PORÉM

O

DIA

CHEGOU

Minha banca foi marcada foi marcada pro último dia possível, pra última hora do dia.
Eu queria ✰ morta, porque não chegava nunca. Tinha banca dos amigo tudo, precisava dar apoio moral, mas não chegava nunca minha vez e eu tinha um monte de coisa pra terminar, e tinha o stress de ver arguições super crueis, pensando "será se eu sobrevivo quando minha hora chegar?".

Aí eu e meu best-ori combinamos algumas coisas. Enter elas, que a gente ia dar apoio moral pra TODO MUNDO que apresentaria na sexta. OUSSEJE, minha apresentação era 13:30h, mas a gente ia chegar 7:30 da madrugada pra abraçar as miga e desejar boa sorte.


Eu até tava lá, mas levou uns 25 minutos pra adquirir a estrutura emocional necessária pra adentrar o recinto, naonde entrei com 01 pequena crise de ansiedade, que num me permitia nem ao menos respirar.

A arguição dessa minha amiga foi TREVAS, de modos que rolou ALTAS fofoca no uats pra sobreviver à pressón do momento, etc. Eu ri tanto que esqueci que era um dia difícil pra minha própria pessoa e entrei num clima circo que foi difícil de sair. Tanto que quando chegou DE FATO a hora da minha banca, rolou um "vamo ficar séria?". Talvez o plano fosse, o tempo todo, me distrair. DEU CERTO.

Se bem que 10 minutos antes disso eu tava fazendo o Cameron em curtindo a vida adoidado (catatônica), o que fez meu ori perguntar "cê consegue falar?". AHHAHAHAHAHAHAHA. Conseguia.

DIZ A LENDA que eu respirei no começo e falei por 20 minutos sem recobrar o fôlego. Em minha defesa, eu digo que na minha casa eu levava de 36 a 38 minutos pra apresentar e eu tinha direito só a 30 e bateu aquele pequeno pânico de estourar o tempo :)

Mas nunca antes na história deste país eu estive tão calma pra apresentar um trabalho.

Até chegar ali, eu tava nervosa. Porque eu tinha ouvido que eu era burra (na fase 1 do mestrado) de todas as formas e isso meique dá uma tombada na pessoa. Fora que eu tinha errado muitas vezes no meu próprio projeto antes de acertar, né? E isso dá uma certa insegurança no cerumano. Fora que eu entrei numa área que não era exatamente minha área de conforto, então eu tava muito cuidadosa com a confiança interior.

Ainda que num certo momento, tenha acontecido:




Sendo isso uma mensagem de elogio do meu próprio orientador.


EU DEVIA TER FICADO CONFIANTE, NUM DEVIA?

Well, ok.

Aí eu apresentei na velocidade que o cara dá instruções pra aspirina na propaganda e chegou a hora de a banca se pronunciar.


Resumo: 


a) as peçoa dizendo que eu escrevo bem ♥ (hahahah, num é um shock?) (há boatos que certas pessoa queria levantar a mãozinha pra dizer "isso é porque cê não lê o blog dela" HAHAHAHAHA)

b) MEU TRABALHO SENDO RECOMENDADO PRO PRÊMIO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO.

ATENÇÃO, VOU REPETIR

INDICAÇÃO
PRÊMIO
ABEPRO

Eu só não chorei porque não tinha lágrima pronta.

cê vê que meu orientador já sabia um mês antes

Então aí é isso, né.

Uma 
mulher
"comunista" (hahaha as ideia)
não engenheira

AGORA É MESTRE EM ENGENHARIA com um trabalho 120% foda.

HEH

Eu tenho também 120% de convicção que meu orientador é 120% responsável por esse sucesso. Ou, sei lá, que a gente é tipo Pinky e Cérebro e só foi esse sucesso porque a gente tem um esqueminha de trabalho bastante satisfatório intelectualmente enquanto dupla.

Se eu passei anos me torturando por "perder tempo" sem estudar pra me ~reencontrar~ enquanto cerumano, depois de sexta eu coloquei na minha cabeça que eu precisei desse tempo pra encontrar essas pessoas, nesse momento, com esse projeto.

E FOI MUITO MARAVILHOSO.

Agora tamo aqui com uns plano BEM LOCO pro doutorado, porque neste momento eu tô acreditando que eu sou a mulher maravilha.

Vamo vê quanto tempo dura.

E é isso, gente. 

Vocês não lerão mais lamentos de aimeldels o mestrado neste blog.

PORÉM

Aguardem pelo menos 4 anos de aimeldels o dotorado.

HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAH

Brigada quem sobreviveu comigo e mentalizou positivo. Quem mandou bad vibes, pode saber que não pegou.

:*

PS: Inclusive agora eu tô o que? FAZENDO UM ♥CURSO DE ESCRITA♥ HAHAHAHAHAH. Inclusive FELICÍSSIMA. 

A vida leva a gente pra onde a gente tem que ir, cara. O importante é acreditar.