quarta-feira, 1 de março de 2017

missy, saxon, yoda, dos magos, uala, eu



ACABOU!!111

Qué dizê, falta um monte de correção ainda, mas é só isso memo: corrige, imprime, entrega, ADEUS.

Cabô mestrado.

(Começô dotorado, mas, né? Uma coisa de cada vez.)

Então, dois avisos importantes:


- este post tem potencial pra ser ELORME e

- tem a vibe QUI AUTOESTIMA DA PORRA.

Tejem avisados.


Então vamo mandar um previously on minha vida acadêmica:


* Você tem habilidades matemáticas, as pessoa pensa o que? Que cê vai estudar engenharia, obviamente.


* Eu não queria ficar na faculdade - MUITO MENOS NA CIDADE - onde morava minha mãe, de modos que eu decidi que engenharia estava fora de questã (pois me obrigaria a essas duas cousa).


* Minha inocência me fez acreditar que eu poderia desenvolver minha alma de humanas e que minha família aceitaria, então fui estudar música, literatura e teatro. INFELIZMENTE NÃO DEU CERTO.


* Fui encurralada aconselhada a escolher uma entre 3 opções: direito, administração e engenharia. Escolhi administração por motivos nada nobres.


* No meio da faculdade, fui apresentada aos conceitos de logística e administração da produção e descobri o que eu queria estudar pro resto da minha vida.


* Fiz 3 linda monografia a respeito, tava no embalo.

* A vida me levou pro silviço público e eu pensei WHATS THE POINT e larguei tudo.


OK


Daí então eu tava lá vivendo minha vida de funcionária pública, querendo aperfeiçoar minhas habilidades de escrita e, ali por 2009/2010, decidi estudar letras. Mas graduação é uma coisa que o cerumano tem que estar muito desestabilizado pra fazer duas vezes na vida, de modos que eu pensei: mestrado, né? 


Mas parece que mestrado humanas é ainda mais cruel que o normal e eu não conseguia adentrar no sagrado ambiente estudantil das letra.


ENFIA NO CU, ENTÃO.


Confesso que eu ainda tava tentando, pois brasileira, quando minha mãe começou a trabalhar na mesma universidade que eu. Com quem? Com as pessoas da engenharia de produção. Aí o que? Ela mãezou, né? "AINNNN, MINHA FILHA INTELIGENTONA, RAINHA DA LOGÍSTICA, DONA DA ENGEARIA DE PRODUÇÃO". E as peçoa o que? 


ACREDITARAM.


Então num minuto eu tava no telefone tentando achar um professor de letras pra conversar comigo sobre um projeto de neologismo, língua como forma de humor, literatura nos tempos da internet, crônicas contemporâneas, essas coisas, levando vários não. No dia seguinte, tinha um revezamento de gente tentando me convencer a entrar no bendito mestrado de engenharia de produção.


Levou 4 anos até eu mandar um "tá bão, vai". 


Ousseje: COATRO ANOS de pessoas vindo tirar meu sossego, pedindo pfv pfvzinho pra eu aceitar. O que eu achei? Que era só entrar. Nem era, vocês já sabem a história da prova da depressão que eu tive que fazer. Mas o que vocês não sabem é que rolou um horário eleitoral gratuito, professores se oferecendo pra minha pessoa, com promessas, VOTE EM MIM.


Aí eu fui olhar os lattes das galera, né, tomar uma decisão mais inteligente. 


FOI AÍ A PRIMEIRA CAGADA.


Quando eu achei o professor perfeito (spoiler: foi com esse orientador que eu terminei o mestrado - oremos), eu fui influenciada pela opinião de uma pessoa de quem eu não gostava e, bom, escolhi outro, o professor errado.


Daí foi uma sucessão de horror.


Eu posso dar detalhes? Não posso. Eu quero dar detalhes? Não quero. Mas eu sofri abuso psicológico por aproximadamente 8 meses. A parte mais legal foi que eu passei a ter dificuldade de entrar na universidade, que vem a ser o que? O.MEU.LUGAR.DE.TRABALHO. As crises de ansiedade eram incapacitantes, o que quer dizer que eu não tinha mais estrutura psicológica pra nada que envolvesse o campus que é onde eu ganho dinheiros. Pensa que alegria! Eu perdi dias de trabalho, porque eu não tinha condição de sair da minha casa, de tanto que eu chorava. Aí eu chegava lá e não conseguia mais sair, porque, se saísse, sabia que ia ser difícil de voltar.


E foram dias chorando no estacionamento.


Até que um dia alguém estendeu a mão :)


Aíííí as coisas começaram a mudar e eu descobri que dava pra ser feliz estudando sim. Comecei a trabalhar num projeto MUITO legal, que consumia praticamente todo o meu tempo acordada, mas em que eu via propósito, sabe?


Acontece que nessas de escolher orientador errado, de passar por todo tipo de constrangimento, ofensa e desrespeito, eu "perdi" um ano. O que quer dizer que em 2015 eu não tava vivendo porque tava sofrendo e em 2016 eu não tava vivendo pra recuperar o tempo perdido. 


O segundo semestre de 2016 foi super suave, casamento, preparativos do casamento, meus irmãos saindo de casa, eu afundada em modelagens matemáticas, acumulando coisas no trabalho (não por incompetência, porque tinha mesmo muita coisa pra fazer)... Várias vezes eu tive certeza que março não chegaria NUNCA.


E, quanto mais perto do fim, mais as coisas ficavam LOUCAS, eu perdi 120% do controle da minha vida nas mais diversas áreas, de modos que eu bati recorde de chorar em público e também no particular.


PORÉM

O

DIA

CHEGOU

Minha banca foi marcada foi marcada pro último dia possível, pra última hora do dia.
Eu queria ✰ morta, porque não chegava nunca. Tinha banca dos amigo tudo, precisava dar apoio moral, mas não chegava nunca minha vez e eu tinha um monte de coisa pra terminar, e tinha o stress de ver arguições super crueis, pensando "será se eu sobrevivo quando minha hora chegar?".

Aí eu e meu best-ori combinamos algumas coisas. Enter elas, que a gente ia dar apoio moral pra TODO MUNDO que apresentaria na sexta. OUSSEJE, minha apresentação era 13:30h, mas a gente ia chegar 7:30 da madrugada pra abraçar as miga e desejar boa sorte.


Eu até tava lá, mas levou uns 25 minutos pra adquirir a estrutura emocional necessária pra adentrar o recinto, naonde entrei com 01 pequena crise de ansiedade, que num me permitia nem ao menos respirar.

A arguição dessa minha amiga foi TREVAS, de modos que rolou ALTAS fofoca no uats pra sobreviver à pressón do momento, etc. Eu ri tanto que esqueci que era um dia difícil pra minha própria pessoa e entrei num clima circo que foi difícil de sair. Tanto que quando chegou DE FATO a hora da minha banca, rolou um "vamo ficar séria?". Talvez o plano fosse, o tempo todo, me distrair. DEU CERTO.

Se bem que 10 minutos antes disso eu tava fazendo o Cameron em curtindo a vida adoidado (catatônica), o que fez meu ori perguntar "cê consegue falar?". AHHAHAHAHAHAHAHA. Conseguia.

DIZ A LENDA que eu respirei no começo e falei por 20 minutos sem recobrar o fôlego. Em minha defesa, eu digo que na minha casa eu levava de 36 a 38 minutos pra apresentar e eu tinha direito só a 30 e bateu aquele pequeno pânico de estourar o tempo :)

Mas nunca antes na história deste país eu estive tão calma pra apresentar um trabalho.

Até chegar ali, eu tava nervosa. Porque eu tinha ouvido que eu era burra (na fase 1 do mestrado) de todas as formas e isso meique dá uma tombada na pessoa. Fora que eu tinha errado muitas vezes no meu próprio projeto antes de acertar, né? E isso dá uma certa insegurança no cerumano. Fora que eu entrei numa área que não era exatamente minha área de conforto, então eu tava muito cuidadosa com a confiança interior.

Ainda que num certo momento, tenha acontecido:




Sendo isso uma mensagem de elogio do meu próprio orientador.


EU DEVIA TER FICADO CONFIANTE, NUM DEVIA?

Well, ok.

Aí eu apresentei na velocidade que o cara dá instruções pra aspirina na propaganda e chegou a hora de a banca se pronunciar.


Resumo: 


a) as peçoa dizendo que eu escrevo bem ♥ (hahahah, num é um shock?) (há boatos que certas pessoa queria levantar a mãozinha pra dizer "isso é porque cê não lê o blog dela" HAHAHAHAHA)

b) MEU TRABALHO SENDO RECOMENDADO PRO PRÊMIO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO.

ATENÇÃO, VOU REPETIR

INDICAÇÃO
PRÊMIO
ABEPRO

Eu só não chorei porque não tinha lágrima pronta.

cê vê que meu orientador já sabia um mês antes

Então aí é isso, né.

Uma 
mulher
"comunista" (hahaha as ideia)
não engenheira

AGORA É MESTRE EM ENGENHARIA com um trabalho 120% foda.

HEH

Eu tenho também 120% de convicção que meu orientador é 120% responsável por esse sucesso. Ou, sei lá, que a gente é tipo Pinky e Cérebro e só foi esse sucesso porque a gente tem um esqueminha de trabalho bastante satisfatório intelectualmente enquanto dupla.

Se eu passei anos me torturando por "perder tempo" sem estudar pra me ~reencontrar~ enquanto cerumano, depois de sexta eu coloquei na minha cabeça que eu precisei desse tempo pra encontrar essas pessoas, nesse momento, com esse projeto.

E FOI MUITO MARAVILHOSO.

Agora tamo aqui com uns plano BEM LOCO pro doutorado, porque neste momento eu tô acreditando que eu sou a mulher maravilha.

Vamo vê quanto tempo dura.

E é isso, gente. 

Vocês não lerão mais lamentos de aimeldels o mestrado neste blog.

PORÉM

Aguardem pelo menos 4 anos de aimeldels o dotorado.

HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAH

Brigada quem sobreviveu comigo e mentalizou positivo. Quem mandou bad vibes, pode saber que não pegou.

:*

PS: Inclusive agora eu tô o que? FAZENDO UM ♥CURSO DE ESCRITA♥ HAHAHAHAHAH. Inclusive FELICÍSSIMA. 

A vida leva a gente pra onde a gente tem que ir, cara. O importante é acreditar.