quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

misfit


Este post tem informações descontextualizadas ou omitidas, de modo a evitar identificação de lugares e personagens, perguntas bestas e preservar minha paciência intacta (pros seus bem).

Eu já cansei de me estressar com as pessoas que insinuam que eu talvez tenha vindo de outro planeta.

Vamo combiná que minha incapacidade de adaptação a este aqui abre margem pra esse tipo de dúvida. Eu mesma já fiz uma meditação pra ver se recebia a inspiração pra desenhar o mapa que me levaria até minha nave.

Não funcionou.

Mas o mais legal de me descobrir pertencente a outra civilização – a fim de compensar o sofrimento todo neste planeta – seria a manifestação de super poderes.

Não ia querer nada dessas coisas bobinhas, tipo ler pensamento, viajar no tempo (porque NÉ? Não acredito nessas abobra de dobra de tempo e meu ovo em chamas), invisibilidade, habilidade de voar... Nada disso. O que eu ia querer mesmo é exterminar um cerumano com o poder do pensamento. *PUF*, sumiu.

Veje bem: eu não quero que ninguém morra, longe de mim. Aceito coisas tipo viagem interplanetária, materialização em universo paralelo, permanência em países do interior da áfrica (ou no meio da Rússia, vai do gosto climático do freguês) onde eu nunca pretendo pisar, uma ilha no meio do pacífico. Sei lá, gente. Criatividade aí. Só sei que eu queria poder sumir com algumas pessoas, de modo que elas não pudessem nunca mais aparecer na minha frente. Nem pela internet. Nem nas memórias dos outros. JÁ ERA.

Hoje, por exemplo, teria uma atendente de McDonald’s a menos no mundo.

(Vê se ela tá em condição de fazer piada a respeito da minha necessidade de comer sanduíche com talher.)

*****

Eu já tenho um super poder bem mal utilizado, que é o de identificar gente podre na multidão. É um fardo [/drama].

Porque é assim. Eu digo pras pessoas que fulano não presta. As pessoas todas me dizem que eu tenho que dar uma chance. Eu finjo que dou (porque, né? I know better.) e só me lasco no processo. Algum tempo passa e, TCHARAM, todo mundo descobre que, olha só, nego não prestava desde o começo.

Minha vida se divide mais ou menos assim: 97% das pessoas que eu conheço não fazem diferença instantânea. Eu vou convivendo e pegando amor ou nunca mais vejo e nem lembro que existe.

Aí sobram 2% de pessoas que eu amo à primeira vista e não sei nem o motivo, de modo que não espero o acaso pra ficar forever together. Essa gente costuma sofrer muito, porque eu sou grudenta seletiva.

E aí o outro por cento (kkk) que sobra é composto por esse bando de babaca, né? Antipatia imediata, eu SEI que não vai prestar, mas por amor aos meus amiguinhos, eu vou suportando até a vida se encarregar de exterminar por si só.

Não seria mais simples se eu pudesse fazer o serviço? *zupt*

*****

Tenho pensado muito nisso ultimamente porque tudo na minha vida acaba me levando pra uma pessoa insuportável vez ou outra. (Mas nunca tive que conviver com tanto dementador como nesta temporada, credo). Tava eu fugindo de um desses sugadores de energia, andando no meio de uma multidão e pensando nisso, maizomenos no que escrever no começo deste post e talz.

Passei os olhos pelas pessoas que vinham na direção oposta e notei uma mulher de cabelos especialmente despenteados, que esticava a mão pra tentar chamar alguém que estava 3 passos à frente, já que repetir o nome da pessoa não estava adiantando.

A moça estava funcionando perfeitamente, até cruzar os olhos com os meus, enquanto eu pensava com muita veemência “por que raios não posso exterminar um cerumano com a força do pensamento, hein?” e POF, a mulher caiu estabacada no chão.

Deu pra entender a cena? Mulher saltitante (ela), menina amarga (eu), um olhar, um pensamento fulminante, desmaio, fim.

Avisei pra moça que estava sendo chamada antes que a amiga dela estava caída no chão e usei toda a minha experiência com gente desabando na minha frente pra chamar a ajuda (eu estava num lugar onde tinha ajuda). Me senti responsável, né? Vai que fui eu que derrubei a moça?

Fiquei ali matando tempo e pude ver quando ela voltou, sem maiores seqüelas (visíveis) que um par de olhos extremamente vermelhos, mas viva. Até porque eu realmente não tenho nada contra ela, fora aquela ausência de penteado.

Desde aquela hora eu fiquei pensando se devo avisar pro mundo temer. Nunca se sabe se foi a força do meu pensamento... E se eu aprender a controlar esse negócio, em breve a vanessalândia sai do sonho pra virar realidade.

E a babacolândia sai da minha vida pra entrar pra história.

Heh.