sexta-feira, 31 de outubro de 2014

mãe de quatro filhos

Eu cresci em apartamento, morei neles até os 12 anos. Assim que minha família se mudou pra uma casa, minha mãe achou que tinha chegado a hora de introduzir bichinhos na nossa vida, o que muito me causou pânico, porque eu sempre tive pavor de qualquer coisa do reino animal. Tenho mais de mil histórias pra contar, mas sempre lembram do dia em que subi na cama da mãe do meu amigo de tênis e tudo e comecei a sapatear, porque o cachorro dele escapou do quarto. Não lembro a raça, mas nada muito maior que poodle. Tem também o dia que eu me joguei de uma janela de pavor de uma pincher de uns 10 anos. Sim, eu literalmente me joguei da janela. Felizmente era uma janela baixa e eu só torci o tornozelo, mas eu tinha PA-VOR de bichos. A gente teve um caso bem mal sucedido sobre o qual eu não vou falar e aí, lá por novembro de 1993, chegava em casa a Kitty.



Foi a única época da minha vida que eu dormi de porta fechada. Ela queria deitar na minha cama, queria deitar em cima de mim, fazer ronrom, dar aquela amassadinha (tem gente que chama de massaginha) e eu tinha muito, mas muuuuuito medo. Então eu vivia de porta fechada, assistia tv em pé, de medo de ela vir no meu colo, fazia de tudo pra ficar longe. Atéééé o dia em que ela sumiu. A gente não tinha NENHUMA noção de adoção responsável, a casa vivia aberta e a gente não se incomodava se ela fosse passear. Aí ela sumiu e eu passei a tarde sentada no chão da sala chorando loucamente. Saímos pra procurar, nada. Reviramos a casa e nada. Achamos a fiadamãe umas horas depois, deitada no bujão de gás, enroladinha, dormindo com os anjos. Fazia um mês mais ou menos que ela estava em casa e foi aí que eu descobri que era amor. Eu virei a louca dos gatos. O lugar dela era oficialmente amontoada em mim e foi assim pelos 18 anos que ela viveu. A gente se mudou de casa quatro vezes antes de eu conseguir convencer minha família que lugar de gato é DENTRO de casa, 100% do tempo, SEM exceção. Ela devia estar com 8 anos a última vez que "sumiu", indo passear na chaminé do vizinho. Dali pra frente acabou. Telamos a casa toda, substituímos grades por portas de vidro, colocamos plantinhas pra dentro e assim foi. A única vez que ela saiu de casa depois disso, foi quando arrombaram minha casa durante a noite enquanto a gente dormia (sim) e ela ficou sentadinha na frente da porta até eu acordar e ir guardar. Quase morri do coração. 

A gente acha que ela só não viveu até os vinte ou mais por causa daqueles 8 anos de vida bandida. Foram muitos perrengues antes do lar seguro, não gosto de lembrar, de contar, de nada. Mas hoje em dia isso não acontece mais.

*****

Kitty devia estar com uns dois anos quando chegou o Holly.


Holly foi o único da ninhada que nasceu sem a presença do veterinário certificado e ficou sem pedigree. Quando a gente foi comprar um cachorro (eu sei, gente, mas isso era o meio dos anos 90 e eu tinha 14 anos), nem ofereceram o Holly. Mas ele veio correndo meio mongolóids até a gente, um cachorro de dois meses, mas imenso e desengonçado. O moço se referiu a ele como meio bobalhão e eu olhei pra minha mãe e falei "É ESSE". Foi quase de graça, porque era grande, bobo, desengonçado e sem pedigree. MELHOR CACHORRO, só digo isso. Holly salvou minha vida LITERALMENTE pelo menos duas vezes. Ele ficou imenso, não tinha nenhuma pessoa que chegasse na minha casa e não se assustasse. 

Minha maior tristeza é saber que esses dois morreram antes de conhecer a casa onde a gente mora hoje, que seria um lugar muito feliz pra eles. Masss, eu tenho certeza que a gente deu pra eles a melhor vida que podíamos e os dois morreram de velhos, de um dia pro outro, sem sofrer. Graças a eles, eu posso conviver com qualquer animal no mundo sem medo - já enfiei a mão em casa com pitbulls, pra passar a mão. Eu sou a louca dos gatos e dos cachorros, agora. E foi só por causa da presença dos dois em casa que eu consegui sobreviver à alergia de cachorros e gatos, por incrível que pareça. Se eu vivesse sem eles quando a alergia apareceu, seria muito mais difícil amenizar os efeitos dela.

*****

Os dias de hoje

Eu tentei gravar um vídeo, mas MEU DEUS como minha voz é fanha. Eu não me aguento falando, não sei como os outros conseguem. De modos que vai rolar um monte de foto mesmo.

O Holly tinha morrido havia pouco tempo quando entraram na minha casa e a Kitty morreu um pouco depois. Mas como era impossível continuar em paz naquela casa, minha mãe se mudou pra onde moramos hoje. Levou com ela primeiro o Joca. Depois, quando viu que era o único jeito de tirar o resto de nós da outra casa, levou a Mimi.

Primeiro veio a Mimi.



Estava chovendo muito quando minha mãe saiu pra trabalhar. Viu uma bolinha cinza rolando na enxurrada. Era a Mimizinha que vinha ali, bebê, e minha mãe não conseguiu ignorar. Era pra deixar em casa só pra se secar e arranjar alguém pra adotar, mas a gente não conseguiu achar ninguém que se comprometesse com janelas teladas, adoção responsável e tudo mais. Na última tentativa desistimos, demos nome e aceitamos pra sempre. Levou um tempinho pra Kitty aceitar que tinha que dividir a casa e as caminhas, mas acabou cedendo. Choro aqui um pouquinho de ter perdido as poucas fotos que tinha das duas dormindo juntas, porque era MUITO raro. Nunca fizeram bolinho de gato, mas não se estranhavam. Pra gente, tava ótimo.

Quando chegou o Joca, 



o Holly já tinha morrido. Minha mãe, pra variar, saindo pra trabalhar, viu uma coisa rolando debaixo do ônibus (viva). A gente imagina que ele tinha dias de vida, porque era MUITO pequenininho e quase não tinha pelo ainda. Minha mãe ainda tentou uns dois dias procurar o dono que pudesse ter perdido o auau, mas a gente não quis cometer o mesmo erro que cometeu com a Mimi. Demos nome, botamos roupinha, aceitamos na família. Pra sorte dele e nosso desespero, Joca tem um problema bem sério na coluna. Se não tivesse sido resgatado, não andaria. Nas primeiras vezes que levamos no hospital, mandaram que a gente se informasse sobre cadeirinha de rodas. Entre outras coisas, mudar de uma casa com escada (a do arrombamento) pra uma casa sem escadas mudou a vida dele. Raramente tem crises e hoje corre pra cima e pra baixo, sem medo de ser feliz. Ainda precisa de cuidados especiais, vitaminas, só pode tomar banho em casa, não vai no colo, tem ajudinhas pra subir e descer de lugares, mas leva uma vida feliz e saudável.

Pra vida deles ser tranquila e feliz, minha casa atual tem tela nas janelas frontais, no portão interno frontal e grades presas em mãos francesas nos muros internos. À prova de gatinhos e cachorrinhos. Então eles podem passear o tempo todo, inclusive sozinhos, no quintal interno. Tem sol, grama, terra, árvore, flor, pássaro, borboleta, tudo que distrai os pequenininhos. É a melhor coisa ver bichinhos que viviam guardados como em apartamento (porque a casa anterior era LACRADA) e hoje em dia podem deitar na grama e tomar um solzinho.

Ou seja: minha casa é térrea e tem tela na janela. Parece ridículo? Pode ser. Aqui ninguém se importa. A tela da mão francesa era horrível e hoje em dia estamos colocando trepadeiras e tá ficando tudo mais bonito. Mesmo que ficasse feio, pela segurança dos bichinhos, vale tudo.

Além disso, temos esquemas familiares pra minimizar o tempo que eles passam sozinhos em casa, viajamos em revezamento, pra que sempre tenha alguém com eles em casa. Se engana quem pensa que é só por causa do cachorro: gatos simplesmente NÃO COMEM sem os donos em casa. As minhas não comiam. Não bebiam água, ficam totalmente baixo astral. 

Então tem esse outro lado também, o lado que dá trabalho. Sabe quando uma mãe de bebê fala "acabei de trocar, fez cocô"? Pois é. Acabei de limpar o chão, os dois vomitam. Troco a roupa de cama, vomitam na cama. Troco móveis de lugar, tem xixi de cachorro. Passo a tarde fora de casa, a gata derruba alguma coisa quebrável do lugar. Tá calor e um quer dormir no seu pescoço e outro nas suas costas. Os dois querem a mesma caminha ao mesmo tempo. Os dois querem brincar de pega-pega 3 horas da manhã. Os dois se apavoram com fogos de artifício. Os dois lambem o iogurte que você deixou em cima da mesa. Assim vai. Fazem zona, brigam com as crianças que vêm em casa, enchem o saco da visita, estragam coisas... Igual filho. A diferença é que passam 10 anos e eles ainda não vão saber dizer onde dói e não vão aprender que a cama amarela é de um e a cinza é do outro. E você vai querer botar todo mundo de castigo e vai querer morrer de rir nos mesmos cinco minutos. E é a melhor coisa que existe. Principalmente quando você chega em casa arrasada, sofrida e tem lá duas criaturas olhando pra você como se fosse a melhor coisa do mundo você estar ali.














A maior preocupação que esses bonitinhos têm hoje em dia é escolher onde dormir. Cada cômodo da casa tem uma caminha ou uma poltrona com cobertinhas pra eles escolherem. Também podem dormir nas camas com as pessoas ou no quintal, no solzinho. O sonho da minha vida é ter um lugar bem grande, onde eu possa encher de cachorro e gato. Na verdade, o sonho mesmo é bem mais complexo, tem todo um plano, mas todo mundo que escuta me enche o saco o resto da vida falando que não vai dar certo, então eu guardo pra mim. Porque I HAVE A DREAM que um dia todo animalzinho vai ter uma casa e uma família amorosa.

Porque eu não tenho dúvidas: eles são anjinhos que caem na nossa vida.



““Esta blogagem coletiva faz parte do projeto Abraçando Patinhas, uma iniciativa do Rotaroots em parceria com a marca de ração Max – da fabricante Total Alimentos (http://www.maxtotalalimentos.com.br/). Esta iniciativa reverterá na doação de 1 tonelada de ração para a ABEAC (http://www.abeac.org.br/), ONG responsável pelo bem estar de cerca de 1100 cães. Saiba mais sobre o projeto no site do Abraçando Patinhas (http://rotaroots.blog.br/abracandopatinhas/) ou participando do grupo do Rotaroots no Facebook (https://www.facebook.com/groups/rotarootsblogs/).”

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

10 abafo

I know, I get cold
'Cause I can't leave things well alone
Understand I'm accident prone

parece cara de bunda, mas é somente reação alérgica

De todas as reações alérgicas que eu tenho - que não são poucas - a que eu tenho com menor frequência é lacrime... jação? Lacrimejamento, houaiss me salvou, brigada. Só quando a coisa tá muito ruim mesmo é que meu olho chora sozinho. Pois é primavera? É. Eu estava em São Paulo, melhorando a ~olhos vistos~? Tava. Sempre piora quando saio de lá e volto pra Curitiba? Sim. Estou no meio de uma crise e não tenho a mais vaga ideia de onde estão meus antialérgicos e estou tomando mel com própolis e água de goji berry? Exatamente. Mas minha crise não está ruim o suficiente pra lagriminhas involuntárias. Inclusive estou respirando pelo nariz neste momento, de modos que não faz sentido nenhum.

Aí eu tava tentando lhedar com isso de forma racional, quando lembrei da minha pissy e da minha tia (já explico minha tia) falando que se não tem uma razão lógica pra essas pequenas manifestações, é o desequilíbrio psicológico descontando no corpinho. Então eu fui me perguntar se tinha alguma razão pra, sei lá, meu olho estar irritado há dias, vertendo lágrima como se não houvesse seca em mais da metade do país.

Super tinha.

Eu vi uma coisa que não queria ver e que eu não tenho poder de resolver. Se eu ficar quieta, me sinto conivente. Se eu falar, estrago umas 23 vidas. E aí?

Meu cérebro opera de uma forma que eu não consigo explicar. Meu ouvido não escuta quase nunca, né? Mas se tem alguma coisa que eu não posso ouvir, mesmo que a pessoa fale muito baixo, eu vou escutar. Eu consigo me fechar dentro do meu cérebro com a maior facilidade, mas se alguém tentar fazer uma coisa sem que eu perceba, disfarçando de propósito, todos os meus alarmes mentais vão disparar e eu vou notar. Por exemplo: eu não gosto de dormir fechada. Tem razões meio sérias pra isso, mas eu não fecho porta e janela ao mesmo tempo JAMAIS. Se fechar um, o outro necessariamente estará aberto, mas 98% dos dias eu vou dormir de porta E janela abertas. Se alguém achar que vai fazer barulho e me acordar, a pessoa vai até meu quarto fechar a porta e não leva nem 2 segundos pra eu despertar completamente. Não é uma acordadinha, que eu viro pro lado e durmo. É estado de alerta. Ou eu abro a porta de novo e durmo com o barulho, ou acabou o sono e o bom humor. Tem avisos pra todo lado pra ninguém fechar minha porta em nenhuma hipótese e minha janela fica debaixo de uma marquise grande, de modos que eu possa ficar com ela aberta mesmo que chova. Não controlo essas coisas, por mais que eu tente. Nunca tive uma festa surpresa na vida, porque não há nada que as pessoas façam fora de um padrão que eu consiga ignorar. Sério. Eu vejo padrões em tudo, nego saiu dele, eu já tô com os sentidos todos APITANDO.

E eu tava bem quieta, vivendo minha vida, em modo livro aberto, como sempre tô. As pessoas sempre sabem onde eu estou, o que eu tô fazendo, com quem eu tenho falado, essas coisas. É bem simples me evitar. E nego vai lá bem debaixo da minha fuça fazer merda. Tenho culpa? Eu tava bem feliz olhando o horizonte, decidindo o que comer no almoço, e PÁ, um trauma bem no meio da minha cara.

Sério, que karma errado é esse que eu tô equilibrando? Quanto será que falta pra acabar?

***** 

Eu sei que pode parecer auto promoção, mas eu não sei mentir. O que é muito ruim quando alguém te pergunta se a roupa tá boa, se o bebê é bonito, se você gostou da comida. NÃO CONSIGO MENTIR. Se eu tento, meu corpo inteiro entrega (não vou aqui dizer de que formas, caso você ainda não saiba heh). 

Mas agora eu tô descobrindo que não sei omitir também. PELO AMOR DE DEUS, Alguém acode? O problema nem é meu e eu tô aqui morrendo de catapora porque ninguém faz nada.

Sei lá a razão, mas isso me lembrou uma história muito imbecil, que vou contar aqui pra descontrair meu próprio cérebro.

Eu sempre tenho a morte horrível de fazer parte de grupos grandes demais, em que todo mundo é amigo de todo mundo e sempre leva algum avulso irritante pra fazer parte, as pessoas aceitam e o grupo aumenta, enche de gente chata e você acaba tendo que socializar com pessoas de que nem gosta pelo bem da amizade com aquelas que você gosta.

E tava eu lá, aguentando umas 50 pessoas pelo benefício de umas 5 (já parei com isso). 

Entre essas pessoas, tinha uma menina muito mal caráter, que resolveu piriguetear (tava no direito), com o probleminha de não respeitar ninguém, nem as amigas. Se pendurava nos pescoços dos meninos comprometidos sem dó, inclusive daqueles que não podiam estar menos interessados. Nunca vi alguém levando tanto fora e insistindo tanto. A menina era incansável e alguém insuportável de se ter por perto. Eu, que já não me relacionava amorosamente naqueles tempos, não tinha exatamente preocupação pelo comportamento sem noção, não gostava dela enquanto cerumano mesmo.

Um dia, um dos meus melhores amigos estava no banco da praça (sério) sozinho. Eu tava andando meio sem rumo pela rua, morrendo de sono, passei ali pra dar um oi, fiquei batendo um papinho. Tava naquele ritmo de encerrar a conversa e ir embora, quando a menina-motosserra apareceu e sentou ali. Sendo meu amigo namorado da minha melhor amiga, fiquei lá pra garantir sua integridade física. Ele era esses meninos de Jah, meio desligadíssimo, pensei que seria atacado e nem perceberia. Sei lá, eu não era feminista naquele tempo pra deixar que a vida seguisse seu curso em vez de ficar defendendo homem de mulher.

Meia hora depois eu ainda estava lá, caindo de sono, ouvindo a conversa CHATA daquela menina, que a essa altura, era a única que ainda falava. Pensei "dane-se, né?". Minha amiga que tinha saber o namorado que tinha, ele que tinha que se dar ao respeito, eu que não ia mais gastar meu tempo lá. Disse que ia embora e a menina acabou dizendo que ia também, ele falou que ia aproveitar a carona dela, já que estavam indo pro mesmo prédio. E foi apenas nesse momento que eu me lembrei de uma informação valiosíssima: eles eram irmãos.

Fuén.

*****

Ah é, minha tia. Ela é fisioterapeuta há anos, mas é muito pequenininha e com o passar dos anos começou a sofrer fisicamente com o peso das pessoas, já que quase todo mundo no mundo é maior que ela. Começou a procurar alternativas de tratamento e passou a estudar medicina oriental, especialmente acupuntura. Eu amo acupuntura desde a primeira agulhada que levei na vida, então fiquei bem empolgada. Recentemente ela passou algum tempo na China aprimorando as técnicas e voltou cheia de teorias novas. Conhecendo minha saúde de perto, semana passada tivemos uma conversa bem interessante, sobre como algumas coisas influenciam meu organismo, desde o que eu penso até a época do ano em que eu nasci. Quem já foi tratado na medicina oriental sabe como funciona. Eu nasci no inverno, por exemplo. Então meu elemento é água e meu corpo está sujeito a problemas no rim e no ouvido. Eu vou precisar de introspecção e frio. E terei problemas com a ingestão de laticínios. Num é de chorar de pavor? Aí tinha outras coisas que são aquelas que explicam POR QUE tudo isso permanece ruim e desequilibrado, coisas pessoais e etc, de modos que deu muito pavor pensar que tô aqui me maltratando e nem percebendo. Estou mesmo me boicotando, mas não só de forma psicológica, de forma física também. Existe mesmo uma razão pra meu me sentir tão desesperada na presença do calor e de pessoas, por exemplo. Sei lá, tudo teria uma explicação.

Seria ótimo se eu pudesse contar pra ela a fase horrível que eu estou passando.

Enquanto isso, fico aqui procurando um acupunturista de confiança, que atenda fora do horário comercial e me explique coisas que estou aqui lendo nas internets de forma desordenada.

Esperando pacientemente que meu cérebro desligue desses horrores que eu não queria ver, mas não tenho escolha.


All alone
It was always there, you see
And even on my own
It was always standing next to me

I can see it coming from the edge of the room
Creeping in the streetlight
Holding my hand in the pale gloom
Can you see it coming now?

Oh, I think I'm breaking down again
Oh, I think I'm breaking down



quarta-feira, 15 de outubro de 2014

distribuindo energia elétrica só que não

vista privilegiada de dentro do meu quintal


Eu sigo alguns blogs de estrangeiros que moram no Brasil, de preferência que morem na mesma cidade que eu, porque eu gosto de saber a percepção dessas pessoas sobre o lugar, numa forma de dar valor pra esse cocô que a gente vive de vez em quando. Sei lá, acredito muito na grama mais verde do vizinho.

Li outro dia uma pessoa falando justamente de Curitiba, a alegria de viver num lugar que vai na contramão da evolução, tacando poste pra tudo que é lado, quando deveria mesmo estar enterrando a fiação. Cê vê, eu trabalho num campus super moderno, que não tem UM FIO pendurado e é do governo. 

Bom, então assim. Eu moro num bairro residencial, cheio de véio, de casinha, bem com aquelas cara de subúrbio americano, com o adicional de grades e cercas e elétricas. Quiqui a rede de distribuição de energia achou conveniente? Isso mesmo, fazer uma subestação aqui no meio. Não tem padaria no meio do bairro. Não tem farol. Não tem NADA ALÉM DE CASA E MATO. Aí me enfiam uma construção alaranjada (cor mais horrível do mundo), bem na frente da minha casa, horrível, atrapalhando o já prejudicado visual. 

No começo tava só feio. Até o dia que começaram a cavocar a rua toda, maior zona na calçada da minha casa e um grande mistério que viria a ser: super postes. Cê já viu um super poste ao vivo, meu amigo? Precisa dumas três pessoas pra abraçar a base dessa porcaria e vai até o infinito do céu de altura. Com um buraco no chão correspondente pra manter isso aí em pé.

Só que era muito intrigante, porque se a estação está na rua de cima, POR QUE RAIOS OS POSTES ESTÃO NA MINHA RUA? Jamais saberemos. É claro que todas as pessoas do mundo desta rua ligaram pra fazer essa pergunta e claro que mandaram a gente ir falar com o batman.

Beleza, botaram os postes aí num dia (mentira, levou mil dias). Depois começaram a aparecer aquelas argolinhas. Depois outra coisa, outra, outra. Até o dia que foram colocar os fios. E, como nada nessa vida é simples, pra colocar os benditos fios, precisava de desligamento programado de energia. POR.NOVE.HORAS.

Eu saio pro trabalho 10 minutos antes de chegar lá e precisava ir de carro naquele dia, mas a energia acabaria ANTES de eu sair de casa. De modos que tive que acordar meia hora mais cedo, fazer tudo correndo, botar o carro pra fora, terminar de fazer só o que fosse possível sem energia (nem beber água é possível, já que a água só sai das torneiras aqui com compressor), desligar as coisas das tomadas e etc. Um transtorno. Um pavor de acontecer alguma sobrecarga com meus bichinhos sozinhos em casa. Passei um dia super cocô, mas aceitei, que doía menos. 

O dia passou, minha geladeira teve sérios danos psicológicos no processo, mas o resto tava até que legal e funcionando. Passou uns 5 dias e... AVISO DE DESLIGAMENTO PROGRAMADO. Gente, queiso? De novo? Não, porque agora era por DEZ horas. 

Acorda mais cedo ainda, faz tudo mais correndo ainda, desliga disjuntor da casa principal, esquece casa anexa (mas pqp, nem moro lá, quem mora que devia ter amor pelos seus eletrodomestiquinhos), tira carro, acha chave do cadeado do portão de pedestre, chave do portão automático, sofre, entra em pânico, ora pra jesus permitir que eles acabem logo esse negócio.

Mas na outra semana vem outro aviso. E assim foi, quando lá pelo sexto, pegaram um dia que eu tinha folga no trabalho. """"""""Folga"""""""""". A greve tava comendo frouxa e um c e r t o  c a n d i d a t o a governador do Paraná foi me agredir na minha sala, de modos que fui ~aconselhada~ a não ir trabalhar no dia seguinte, porque podia, sei lá, morrer. ABAFA.

Bom, aí eu passei a manhã fora (não sabia que ficaria sem energias), vim pra casa bem tranquila, a energia tava lá ainda, botei a roupa pra lavar e... NÃO SAIU ÁGUA. Como na máquina de lavar não precisa compressor, eu já comecei a ficar neuvosar. Fui até o telefone pra ligar na companhia de água e... CABÔ ENERGIA. Meu telefone é Net, de modos que estava isolada o universo. Fuén.

Fiquei a tarde toda no sofá, lendo, ouvindo o trabalhador braçal pendurado no poste cantando música ruim e gritando por socorro depois de quatro horas que largaram ele lá. Será se tava de fralda? Será se fez xixi o poste abaixo? Prefiro não saber. 

Achei que o tormento tinha acabado. AHHAHAHAHAHAHAHAHHAHAHHADHJHHAJDHFDJFKS. Na noite da sexta-feira daquela semana, cansada, esgotada, destruída e cheia de roupa pra lavar, desmarquei todos os compromissos do mundo e fui pra casa com dois objetivos: tacar a roupa na máquina e dormir nas duas horas que ela levaria pra completar o processo.

Entrei em casa, olhei o celular - que tinha 23% de bateria - comi uma bisnaguinha, tirei a calça jeans e pus o fio dental, fui indo pra lavanderia e ZUIIIOOOOOOOOOOOOOINNN cabou a energia com um barulho medonho. Dei um grito de horror, tipo NÃÃÃÃÃÃO e fui tentar ligar pra companhia FUÉN QUE NÃO FUNCIONA TELEFONE. Do celular custa uma fortuna e eu não tinha bateria suficiente pra espera, tava nojenta e não podia tomar banho, sem banho não dá pra dormir, nasceu uma crise de choro desesperado e etc etc etc. A energia ficou desligada por mais de CINCO FUCKING HORAS. Teve um momento em que o desespero se abateu, peguei meu cartão de débito e saí pelas ruas escuras com uma lanterna (cabô até energia pública) e fui no shopping à pé comprar uma pizza e voltei. Sério, que fase.

Depois disso, acreditamos que a companhia não teria mais a cara.de.pau. de cortar nossa energia até a eternidade. 01 ENGANO.

Levou umas quatro semanas. Eu estava de férias. Era um dia que eu tinha UM TRILHÃO de coisas pra fazer em casa. Faria muitas coisas a manhã toda, encerraria com a louça do almoço e passaria o resto da tarde vendo netflix. Tava lá bem tranquila vivendo, alguém veio e pregou o aviso de desligamento na geladeira. Juntamente com um comprimido de calmante, né? Porque eu dei um ataque histérico.

Passei os dias anteriores ao desligamento resolvendo tudo que fosse possível, carregando netbook (bateria de 10 horas FTW), fazendo downloads, cozinhando, aprendendo a usar o fogão sem acendedor automático, estocando água, essas coisas que qualquer pessoa sã faria. MASSSS, eu lembrei que meu cabelo não pode ser visto em público sem auxílio de energia elétrica e, cara, teria que acordar cedo. Sério, não tem como explicar o desespero. De modos que eu ainda teria MAIS HORAS pra apreciar a vida sem energia elétrica. Fiz um minuto a minuto. Foi lindo.

7:30 - acordei de ótimo humor só que de jeito nenhum. Fui até a janela e tive o desgosto de ver que os trabalhadores educadíssimos já estavam lá, de modos que não era pesadelo. (Mas era.)

7:40 - ~penteei~ o cabelo e considerei apenas voltar pra cama, mas lembrei que o cabelo desmancharia. Chorei.

8:00 - liguei a tv da cozinha e fui assistir Bom Dia Brasil apenas pra me estressar mais um pouquinho (Chico Pinheiro pls). Engatei na Ana Maria e fuén, perdi a hora.

8:40 - saí correndo pela casa, vendo se teria alguma coisa ainda pra fazer. Me perguntei se largava o carro pra dentro e ficava presa forever ou se colocava pra fora e deixava na rua (eu nunca paro na rua), mas percebi que não daria tempo de fazer nada que prestasse mesmo e saí desligando réguas e tomadas e tudo mais.

8:55 - Desliguei tudo, os disjuntores todos, tinha 5 minutos pra praguejar, fui pegar alguma coisa na lavanderia e lembrei que tinha os disjuntores de lá  da casa dos fundos também que... EU NÃO SABIA ONDE FICAVAM. Saí procurando, não sem antes desligar as coisa tudo, quando notei um computador ligado. Mandei desligar e tinha apenas 97 atualizações (de verdade, esse era o número). Eu chorando limão e orando pra dar tempo, com o dedinho no disjuntor restante, sabendo que seria culpada caso desse errado.

9:05 - o computador desligou e não levou 10 segundos até as luzes todas apagarem. Oremos.

9:15 - eu já não sabia o que fazer com o dia. Vou lavar roup... não. Vou ver televis... não. Vou passar aspirad... não. Vou cozinh... não. Vou ler. NÃO VAI NÃO, PORQUE TÁ NUBLADO E NÃO TEM LUZ ENTRANDO PELA CASA. MDDC, o que eu vou fazer com esse dia?????????

9:20 - dormi involuntariamente.

11:40 - acordei emburradíssima, lembrando que não carreguei o celular, que não tinha wifi e não funciona 4G, 3G, edge ou sinal de fumaça na minha casa.

11:50 - comecei a arrumar a casa inteira. Limpar mesas, varrer chão (tentativa de suicídio), arrumar armários, essas coisas normais.

13:00 - fui esquentar o almoço mais sem graça da galáxia e almoçar com muito boa vontade.

14:15 - tentei descobrir como abrir o portão de casa sem o uso de eletricidade e, por algum milagre, fui bem sucedida. Não tinha nenhuma razão pra sair de casa de carro, tranquei o portão de volta.

14:20 - reorganizei todo o meu quarto no mais profundo silêncio e sem ventilador.

15:30 - agonizando com o silêncio completo, liguei o netbook pra ouvir música. Mas lá não tem música porque o HD é pequeno e não dava pra usar spotify ou youtube. Também não tem entrada pra CD. Olha, parabéns.

15:50 - lembrei que tinha um the voice baixado e pensei "serve de música, né?". Coloquei o pen drive no netbook e os codecs estavam desatualizados. Pra atualizar, só com internet ARGHHHHHHHHH

16:00 - acabei a organização do quarto e não consegui achar mais nada útil pra fazer sem energia. A claridade inviabilizava leitura. Entrei em pânico.

16:20 - liguei pra minha irmã e perguntei se queria que buscasse no trabalho. Ela disse que sim. Eu levaria mais de meia hora pra chegar lá naquele horário, então tinha que correr. Odeio dirigir, odeio trânsito, odeio sair de casa sem necessidade, mas PELAMOR, dava pra ligar o ventilador e ouvir música.

16:25 - abri o portão eletrônico, tirei o carro, fechei o portão, travei o portão, tranquei a casa, religuei o disjuntor das lâmpadas e deixei algumas acesas, pra servir de sinal quando voltasse pra casa, saí pelo portão de pedestre, tranquei, entrei no carro e fui rumo ao trânsito.

17:01 - estacionei num supermercado e aproveitei pra comprar guloseimas pra acalmar meu corassaum tão sofrido. Chorei.

17:15 - minha irmã chegou e começamos o caminho de volta pra casa, que fiz lentamente.

17:35 - NUNCA FOI TÃO RÁPIDO VOLTAR PRA CASA DO CENTRO NESSE HORÁRIO, apenas pela sacanagem. Nenhuma luz acesa. Chuva. Saio do carro, entro pelo portão de pedestre, pego a chave do portão eletrônico, destravo, entro com o carro, travo, tranco o outro portão, choro.

17:36 - vejo o vizinho entrando normalmente em casa, usando o controle do portão. Não sei onde está o controle da minha vida.

17:38 - percebo que liguei o disjuntor errado e a energia já voltou sim. Tudo funciona normalmente, com exceção da geladeira e seu painel cheio de frescura. Entrego na mão dedels.

18:00 - tenho um colapso nervoso e começo a fazer ganache de chocolate branco enquanto assisto Boogie Oogie.

19:00 - minha mãe chega em casa e me vê enlouquecida, liga pra companhia de energia e diz que vai pedir não apenas o valor necessário pra arrumar a geladeira, mas também pra arrumar minha cabeça.

*****

Duas semanas se passaram e não tivemos novos cortes de energia.

Estou de férias. Indo pra São Paulo, onde não tem água. Apenas oro pra que no dia em que eu voltar, tenha energia e água suficiente pra eu tomar um banho de 15 minutos (o dobro do normal, tô ostentando).

Enquanto isso, minha psicóloga vai enriquecendo feliz.

Fiquem ligadinhos nos próximos capítulos, porque eu acho que na casa de vocês não falta tanta energia assim.

*chora*

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

drops: prendas domésticas


Deveria ser drops: manicure, mas estamos aqui eterna sem tempo pra viver.

Bom, vamos às dicas de véia do dia. E, deixa eu explicar, é tudo científico, mas vai parecer que eu tô falando que se beber leite e comer manga vai morrer, mas ACREDITEM, tenhão fé.

Xô explicar antes.

Eu sou uma pessoa desastrada. Isso é muito inconveniente, porque eu cozinho e lavo louça todo dia, de modos que estou sempre causando acidentes. Inclusive sair dirlizando no chão da cozinha, porque derrubei óleo e tentei limpar tacando água (true story) ou porque derrubei meio litro de água com detergente mesmo (semana passada). Eu mantenho um pote de remédio pra queimadura sempre à mão, sei como lhedar com isso rapidamente - quem nunca teve que ir pro aconselhamento religioso da faculdade porque queimou os dois pulso fazendo um simples arroz e foi denunciada como suicida?

Mas se tem uma ~ferramenta culinária~ que eu evito, essa ferramenta atende pelo nome de faca.

Pois é, eu sei que é difícil compreender, mas eu faço TUDO que é necessário fazer com aquelas facas comunzona que vende até no bacião do supermercado, compreende? É claro que isso gera acidentes mil, mas ainda tenho os dez dedos das mãos e dos pés. Se eu usasse faca de adulto, certeza que já teria cortado uns 4.

Semana passada eu fui muito corajosa de ir almoçar em casa sem almoço pronto. Mas graças às minhas habilidades com a panela de pressão HEH, eu consigo fazer uma refeiçãozinha meia boca muito rápido. Taquei arroz em uma, batata na outra, peguei uns queijinhos, ovo, essas coisas e tava indo tudo muito bem, até eu ir fatiar o tomate.

Eu como tomate todo dia, toda hora, amo tomate. De modos que não vem a ser assim uma grande novidade cortarlhos. Mas nessa dia, bom, sei lá qual foi o erro que deu no sistema.

PARÊNTESE.

Um dia eu tava na casa da minha vó e fui pegar gelos no freezer. Tanto na minha casa quanto na dela, rola aquela geladeira que tem forminhas giratórias (forminha com giratória) e você quebra o gelo numa gaveta e etc. Sabe? E pra tirar o gelo da gaveta, eu taco a mão na gaveta mesmo e  puxo, bem fina. Só que um dia algum gênio pegou um utensílio doméstico dos anos 70 - eu nunca mais vi disso na casa das pessoas do mundo moderno - e tacou na gaveta de gelo por alguma razão. Era um misturador de bebida, desses que vinham ornando com jarra de suco, cêis lembram? Umas jarras de vidro jateado que tinham um negócio que parecia um alfinete gigante, juro, com uma bola em uma extremidade e uma ponta na outra. Colocaram esse bendito alfinete de vidro na gaveta de gelo. Ele estourou (cê jura) e ninguém percebeu e eu enfiei a mão lá pra pegar um gelinho e empalei o dedo.

Dei um grito de horror, pensando MAS QUE ESTALACTITE ASSASSINA e esperando que derretesse de uma vez, mas o ~gelo pontudo~ permanecia enterrado no meu dedo, eu permanecia gritando e ninguém.ia.socorrer.

Depois de muito chilique, entrou alguém na cozinha e eu virei de costas pra geladeira, segurando o punho da mão ferida com a outra mão e sangue jorrando tipo lágrimas da Super Vicky e aí gritaram mais que eu e minha mãe e vó vieram correndo e eu gritando que uma estalactite estava tentando me matar, até que o gênio que colocou o vidro na gaveta confessou o crime e minha mãe arrancou a lasca da minha mão e minha vó veio - agora a parte chocante - com uma casca de alho e tacou no furo e ele imediatamente parou de sangrar. Não precisou dar ponto nem nada e eu não precisei de analgésicos, em menos de 10 minutos não doía mais nada, não fez cicatriz e praticamente não ficou dolorido. 

Obviamente fiquei em shock, porque eu sou muito contra simpatias, crendices e coisas de véia em geral e só aceitei a casca de alho porque tava sofrendo muito de dor e não reparei no movimento.

FIM DO PARÊNTESE.

Então eu tava lá cortando o tomate, a faca escorregou parabéns pra você e eu CHUINNN no dedo. Como eu sou uma fofa delicada, eu dei um grito que ecoou pela casa e minha mãe achou que eu tinha cortado o dedo inteiro mesmo e veio correndo e eu berrando AIMEUDEUS NÃO TENHO CORAGI DE OLHAR O ESTRAGO PORQUE TÁ DOENDO MUITO e sangue voando como lágrimas da Super Vicky (eu só sangro dramaticamente) e ela surge do nada com uma baita casca de alho e taca na minha mãozinha. Mas dessa vez o corte foi feio e fundo e a casquinha de alho não é capaz de estancar e eu continuo chorrrindo com medo de olhar. Minha mãe taca minha mão debaixo da água e troca a casquinha por outra nova, levanta minha mãozinha por sobre meu cabeção (isso é ordem da minha tia fisioterapeuta pra cortes nas mãos e braços) e, como mágica, cabô sangue, cabô dor, cabô tudo. Dava ainda pra enxergar o osso (mentira) de tão fundo, mas no dia seguinte já tava as carne colada, hoje já não tem mais casca e provavelmente não vai sobrar nem cicatriz, não precisa nem band-aid. Mas eu uso, porque tenho vários lindos :P

Minha dica pras madame é: cortou a mãozinha? Taca casquinha de alho. Os membros inteligentes da família dizem que tem anti-inflamatório e cicatrizante naquela película insuportável de soltar do alho. Mas tem que largar lá uns 10 minutinho pra colar o dedo de novo. E pode fazer sem medo, que o alho não gruda no corte (mágica) e não dói pra tirar depois. A foto lá em cima é de 2 minutos depois de tirar o alho e cêis nem queiram ver como estava esse dedo antes disso.

Sério, salva vidas.

(E pras linda que se queimam fritano ovo, nunca se esqueça: taca a mão sob a água gelada imediatamente depois da queimadura e veja sua pele se acalmando e, dependendo da profundidade do acidente, nem fazendo bolha.)

De nada.

terça-feira, 7 de outubro de 2014

omg uma tag

q

A Mia me marcou na primeira tag da minha vida e eu fiquei até um pouco emperrada aqui porque nem sei como proceder.

Assim, para fins didáticos, eu vou considerar que este blog é uma continuação do antigo, que eu vivo batendo na tecla de que só mudou de endereço porque fui obrigada hahaha. Quando eu achar que precisa, eu vou usar coisas do antigo endereço pra fazer mais sentido. Não que vá fazer sentido, afinal, este blog é meu.


1. De onde veio o nome do seu blog?

No servidor anterior o blog chamava sopa de letrinhas e tinha a url nopainnogain. Eu me achei muito genial com a coisa do sopa de letrinhas, embora hoje reconheça o horror. O que me animava era ser o primeiro resultado pra essa busca no google por anos. E no pain no gain era a frase que meu orientador da época me dizia o.tempo.todo. e me deixava muito mal humorada, mas não era mainstream na academia ainda. Eu até hoje tenho vontade de partir a fuça de quem fala isso.

Aí, quando tive que vir pro blogspot, pensei: permaneço nisso ou aproveito pra largar essas vergonha pra trás? Nopainnogain no blogspot foi registrado por uma pessoa que nunca usou. Sopa de letrinhas, a mesma coisa. Aí começou aquela maratona infinita de "que url eu uso???". Tentei usar ssaneva pra url, mas tinha dono (nem adianta ir lá, HOJE EM DIA É MINHA E NÃO TEM NADA). Nesse momento, uma pessoa falou comigo uma bobagem tão grande e eu só pensei "se pudesse, responderia tudo que essa indivídua fala com ~milarga~". Botei isso aí no campo de endereço e... TCHARAMMMM. Inclusive isso é a coisa que eu mais falo no mundo, então fazia muito sentido e eu me achei muito engraçada e inteligente com essa url, que viria a ser também o nome do blog. Midexa, milarga, misquece.



2. Você lembra do seu primeiro layout? Há print dele em algum lugar?

O primeiro layout enquanto milarga é esse belíssimo fundo branco com letras pretas, muito criativo e diferente. Eu tentei usar a mágica do meio dos anos 2000 pra fazer pra mim mesma um layout (eu fazia o de TODOS os meus amigos), mas não curti o resultado. Pensei em comprar um, mas ando muito pobre pra ter dinheiro pra pagar o que eu quero. Agoooora, do tempo do sopa de letrinhas, os primeiros eram tipo templates by marina hahahahah. O primeiro que eu mesma fiz tinha uma imagem dos meus olhos que ficou lá umas 4 horas, até alguém falar "nossa, que olheiras" e eu tirar. E não era uma FOTO dos meus olhos, era um troço texturizado muito errado. Quando eu perdi meu HD eu acho que essa imagem pavorosa foi junto. Vamos todos agradecer em silêncio.


3. Se você tivesse de indicar um blog-irmão do seu (por conta do conteúdo, da identificação e coisas do tipo), qual seria ele?

Xiiiii. Não sei, gente. As pessoas com quem tenho mais leitores em comum são Patrícia e Raquel, de modos que provavelmente todo mundo que lê aqui deve conhecer esses dois blogs e é bem capaz de estarem nas suas cabeças falando "noooooooossa, nada a ver", mas não é que a gente tenha as mesmas ideias, mesmos problemas ou mesmos posts, eu acho só que a gente tem o mesmo tipo de reação quanto à vida e que a gente tem o mesmo ~jeitinho~ de postar sobre a vida. SEI LÁ. Ninguém precisa concordar com as pessoas com que eu me identifico.



4. Qual é o post de seu blog que você mais gosta?

Gente, não sei? Eu curtia muito um post sobre papel higiênico roubado, mas acho que tá lá no sopa de letrinhas, de modos que não tem como linkar. Eu gosto muito da série meus marydos, cuja nova lista está em andamento, provavelmente será a maior até hoje, porque nunca assisti tanto seriado na minha vida. Gosto muito da série dos posts da viagem infinita, mas esses provavelmente sou só eu. Excluindo 2014, eu gosto:



5. Em tempos de facebook, instagram e tantas outras redes sociais, por que ainda ter um blog?

Porque ninguém lê nada tão longo no facebook. Tem coisas que eu posto lá porque são "curtas demais" pra postar aqui, mas já têm uns 5 parágrafos e NINGUÉM LÊ. Também porque aqui não tem minha vó, minha tia, minha mãe e etc. Quer dizer, eles sabem que o blog existe, mas ninguém lembra de vir olhar. Aqui o sistema de arquivamento é muito melhor e eu posso ler coisas antigas, deletar coisas antigas, os comentários fazem mais sentido, porque o sistema é tão ruim que não rola interação hahahaha. Eu acho o blog a melhor forma de expressão na internet, sem dúvida. Ainda planejo fazer um template bonitinho que tenha links pra facebook, instagram, twitter e tudo mais, pras pessoas olharem essas outras coisas se interessar. Mas o blog sempre vai ser meu favorito.

*****

Não sei se faz parte da brincadeira mandarlha pra frente, mas eu não mandaria de qualquer forma por motivos de: não sei fazer perguntas e não sei quem indicar. Se alguém quiser responder essas mesmas perguntas ou quiser se perguntar coisas novas e me marcar ou ganhar um link aqui, é só colocar nos comentários :)

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

desafio fotográfico

Só que mais ou menos.

O Rotaroots tinha um monte de tema legal este mês, mas setembro é aquele mês do desespero.

Aliás, vamo fazer um parêntese aqui: todo mundo apavorou-se no meu aniversário, foi isso? Porque o que me deixa NELVOSA é quando as pessoas ignoram e o post teve zero comentários HAHAHAHADKJFD. Que decepção. Ano que vem espero retratação e presentes na minha caixa postal.

Outra coisa: só pra vocês saberem, eu leio os comentário tudo, até aqueles que vocês fazem em posts de 1930. Acabo não respondendo porque acho que ninguém volta pra olhar, mas pode comentar que eu leio sim.

Terceira coisa: eu nunca disse que ensinaria a limpar rejunte, hein? HAHAHAHAHA. E não faço a menor ideia como fazer o post da panela de pressão (era piada), porque eu só taco as coisas lá dentro, fecho, espero o tempo passar, abro e tá pronto. mas vou pensar nisso.

Xô voltar aqui ao foco. 

Eu já nem lembro mais exatamente o que era o desafio fotográfico, acho que era algum filhote daquele 6 on 6, em que 6 pessoas postam 6 fotos sobre algum tema, em algum dia específico do mês. Acho chatíssimo, parece um clubinho meio bocó e normalmente eu só gosto de um blog do bloquinho de seis, aí vejo as fotos de uma pessoa só, não sei de onde saiu o tema, sei lá, acho chato.

Lembro de ter visto um tópico no RR sobre isso, o pessoal separando bloquinhos pra 6 on 6 ou 10 on 10, não dei muita bola. Aí saiu esse desafio fotográfico que era alguma coisa tipo todos posta, de 6 a 10 fotos, achei válido. Andei com a máquina fotográfica digital pra baixo e pra cima, carreguei a analógica também, mas fotografar mesmo que é bom... nada. Tentei ontem fotografar com o celular (o dia de postar era ontem), mas não sei se era a pressa ou as precárias condições de luz ou da minha mente e saiu tudo um horror. Aí eu não publiquei ontem e mudei de ideia. Qué dizê, eu aproveitei a ideia, mas de outro jeito. Fui revirar os backups que eu tinha atrás das minhas fotos favoritas, que dão uma ideia de quem sou eu através do que eu vejo (acho que era esse o tema, se não era, agora é).

Eu amo fotografia, vivo tentando (e falhando) economizar pra uma câmera melhorzinha, porque a minha é até bem boa, com um monte de liberdade de configuração, mas é compacta e eu sinto que faria fotos mais legais com uma câmera melhor. De qualquer forma, enquanto isso não acontece, eu sigo usando minha velhinha, que dá sinais fortes de cansaço.

Então é isso: as fotos que eu queria ter feito este mês e não fiz.


Dentro do meu campus tem umas ruas que são muito bonitas, mas a gente tem que esperar o horário de verão pra fotografar com luz e sem gente. As pessoas aqui são feias demais e estragam todas as fotos. Essa é de um lugar onde quase ninguém vai, tem uma florestinha muito bonita e sem graça ao mesmo tempo, acompanhando essa estrada. O fim dela é a minha academia, onde eu sonho que botem um portão por onde eu possa passar e chegar em um terço do tempo.



Essa churrasqueira abandonada também fica no meu campus. Fica na beira da estradinha e vive cheio de maconheiro lá. Toda vez que eu quero meditar (sério) nesse lugar, tem pelo menos um segurança que vem me alertar sobre os perigos das dorgas. Eu só quero pensar na vida e fotografar quando o sol tá se pondo.






Eu detestava minha casa anterior, porque ela era pequena e apertada e barulhenta. Mas eu amava o mini quintal que tinha lá. Tenho um quintal mil vezes maior hoje em dia, mas é impressionante o tanto que eu não fotografo por lá. Essa foto é do tempo do começo do tumblr, que eu achava que era mais elegante produzir conteúdo que reblogar o dia inteiro. Eu ainda acho, mas hoje em dia larguei mão.



Quando eu ainda morava na casa feia, eu atravessava uma avenida que separa ela da casa nova quase todos os dias, só pra ver a vida do lado bonito. Essa foto é um desses dias, no outono, quando tá tudo seco e eu preferia estar morta, mas os dias são lindos.






Jardim Botânico de Curitiba, que só tem graça em algumas épocas do ano. Da última vez que eu fui, por exemplo, esses arcos estavam secos. O inconveniente de quando estão assim é que você tem que esperar aqueles 10 segundos do revezamento de noivas pra poder fotografar sem gente. Sério, você tem 10 segundos. Atrás de mim nessa hora, um casal de noivos e um fotógrafo chatos.




Largo da Ordem em Curitiba. Saí esse dia pra um passeio de casal e levei o maior bolo da história hahaha. Hoje eu digo que: ainda bem, porque é muito raro ver esses itens de museu pro lado de fora e fica bem escuro pra fotografar por dentro. Tinha muita coisa linda exposta, a luz estava ótima (eu poderia morar neste banheiro q).




Eu não lembro o nome dessa praça, mas eu sei que é um nome japonês e eu acho que é por causa das cerejeiras. É quase impossível pegar um bom dia pra fotografar cerejeiras nesta cidade - e eu tenho uma na frente de casa - porque elas ficam com flor tipo 4 dias e faz sol um dia antes de saírem as flores e 2 dias depois de caírem todas. Eu tava voltando da padaria, vi as árvores da praça e fotografei. Voltei no dia seguinte porque não gostei das fotos todas e TINHA ACABADO.




Todo mundo sabe que doce bonito é doce horrível, com esse aí não foi diferente. Minha fota não favoreceu, mas tem glitter na cobertura desse câpiqueique que parecia ser composto por papelão, açúcar e cereja de chuchu (acho que se clicar, aparece grandão). Achei que ornava muito colocar em contraste com o azul do céu. Bolinho voador, sei lá.




Tem um post com a história dessa foto e eu tenho a maior pregs de procurar, porque não sei se tá neste blog ou no finado sopa de letrinhas. Gente, tentei e não levou dois minutos pra achar? Taqui o post. Não vou repetir tudo, né? Nunca obtive resposta, mas não culpo as pessoas.





Peguei esse buquê no casamento de uma amiga. Tem um vídeo horroroso que mostra como eu fui indo pro cantinho, só porque prometi que não faria a chata de ficar fora do bolo de desesperadas, tem a hora que eu falo pra ela mirar pro lado oposto, tem o buquê vindo na minha direção e caindo na minha testa e uma louca tentando me atropelar pra pegar de mim. O casamento já foi faz tempo (uns 5 ou 6 anos) e a praga não pegou. Podem ficar tranquilas quando forem obrigadas a esse tormento. Ah é: a foto eu tirei em casa, pra simbolizar a catástrofe, porque o buquê era lindo demais e eu que escolhi as flores.




Minha primeira e única experiência com pinhole de papel. Por alguma razão eu acabei acertando a exposição, embora tenha errado muitos ângulos e escolhido assuntos chatíssimos. Essa é uma das poucas que eu gosto, o Paço da Liberdade, no centro de Curitiba. Esse lugar é lindo demais. Melhor momento: eu entrando com uma freaking câmera de papel e o tio me avisando que precisava revistar pra ver se tinha flash. Eu tive uma crise de riso e disse que a câmera era de papel e ele falou "ok, não precisa me fazer de bobo, só não liga o flash". Não liguei. RYZO.





Vi esse cofrinho de gato numa loja de tralha no shopping e não comprei por alguma razão que não sei qual foi. Voltei no dia seguinte e tinha acabado. Passei na frente da loja todos os dias por mais de um ano e um dia repuseram e eu compre na hora, porque é o gato mais engraçado do mundo e eu não sei viver sem ele. Está na porta do meu quarto pra que eu possa ver assim que entro.




Globo de neve que minha irmã me deu de aniversário. Tem o motivo de Londres, uma cabine telefônica, uma pessoa de cada lado, NO TELEFONE, e várias frases nos lados. Se não me engano uma é "olhe direito à sua volta" hahahahaha.




Biddy. Mentira, o nome dela era Kitty, mas a gente mudou 150 vezes ao longo dos 18 anos e meio de vida dela. Bídi era o último, mas porque ela atendia qualquer coisa que tivesse dois Is. Não gosto de lembrar do dia que ela morreu, porque foi o pior dia da minha vida, gosto de lembrar de como ela amava dormir em cima da geladeira, até quando a gente teve que empilhar mil potes e prateleiras pra fazer degraus pequenos, já que as perninhas dela não aguentavam mais pulos grandes. Às vezes eu pegava no colo, subia no banco e colocava ela lá em cima, aí ela sabia que podia miar berrando que eu corria pra tirar quando ela cansasse. Subia no banco, pegava no colo e colocava no chão. Miss you, bidi. 





Xuxo e Calixto eram os gatos da minha vó. De uma ninhada de 4, saíram dois malhadinhos de tamanho normal, o Calixto, um pretinho mini e o Xuxo, esse loiro imenso. Eu sei que não dá pra ter noção do tamanho do gato, mas pensa que ele tá ocupando todo o assento da cadeira que cabe uma bunda imensa. Ele pesava 12kg nessa época. Foi sensacional esse dia, quando o pobre irmão (magrinho, mas de tamanho normal de gato) estava dormindo confortavelmente e ele decidiu que deitaria em cima. Sério, o gato era do tamanho de seis gatos juntos. Morreram os dois este ano. Nhé.




Tem uma casa entre o lugar onde eu trabalho e o lugar onde eu moro (não é a mesma da carta) que tem um canteiro de margaridas pra fora do portão. Tem um trilhão de margaridas, o ano inteiro. Não sei qual é a mágica. Passei lá na frente ontem e tão lá as cento e cinquenta mil margaridas. Eu adoro essa casa, mas não tá no meu caminho. De vez em quando eu desvio só por causa das florzinhas.




O céu, visto da sacada da casa véia. A casa podia ser um cocô mole, mas a vista pro céu era ótima. Minha casa atual não tem andar de cima e estamos cercados por casas de dois andares e um prédio HORROROSO da companhia de energia elétrica. Ferra as paisagem tudo. Esse pinheiro que dá mais dó: mudou umas 8 vezes de casa com a gente e agora tá grande demais pra mudar junto de novo :(




Nos idos tempos em que eu tinha um fusca (o fusca ainda mora nesta casa, só não é mais meu), eu me obrigava a amarlho pra aceitar que dói menos. Aí eu ganhei uma vela que era composta de um milhão de coraçõezinhos e fiz uma sessão de fotos. O cara que eu tava pegando na época viu essas fotos no tumblr e achou que era mensagem subliminar HAHAHA. Cada um acredita no que quer, né?



Eu tava na Irlanda, muito apavorada pela ideia de passar 20 dias pelada por motivos de mala viajante, tava chorando em euros (que burralda) e aí vi essa linda plaquinha aí lembrando do que realmente importava. As ovelhas são do guarda-chuva.





Eu sou a LOCA DOS POSTE. Eu amo poste. Tenho um milhão de foto de postes, na Europa fiquei MAIS LOCA. Esse aí é meu favorito da vida até agora. Em Dublin.




Sabe aquelas fotos lá do começo? Dentro do campus? O caminho, a casinha, etc? Pois isso é a continuação do caminho. Se eu estiver com o coração sofrido, sempre passo aí em dias ensolarados. É bonito e sossegado assim quase sempre.




Eu tenho 23 tipos de pavor de altura, mas aceitei o desafio de entrar nesse chapéu mexicano mais alto que já andei na vida. Em Londres, num parque itinerante perto da London Eye. Tirar foto embaixo dele não contribuiu com a coragem. 




Chinatown em Londres. Eu (e a torcida do framengo) amo a hora mágica e amo fotografar luzinhas na hora mágica. Tem muitas fotos desse dia que eu amo, mas esse balão aí é meu favorito.



No quintal de casa kkkk ryzo. Na frente do Buckingham Palace (pedante), no fim do desfile da troca de guarda. Tem um vídeo de quando eles vieram na minha direção, porque eu tava muito loca do AIMEUDELS, QUE PERTINHO, mas essa é foto que eu gosto mais. Pra quem já passou anos dançando em regime militar (heh) e escutando que é importante sincronia através de berros e repetições, o ângulo das perninhas deles é uma coisa mágica.




Apenas o lugar mais bonito de todo o universo. De manhã, de tarde, de noite, no sol, com luzinhas. Foi o único lugar que fiquei voltando eterna, fiquei três horas olhando em silêncio cada vez e me despedi com sofrimento.




O Paço da Liberdade em Curitiba, de novo. Lindo sol azul, sem uma mísera nuvem pra salvar o caboclo. Odeio dias assim, mas amo fotos em dias assim.




Na casa nova as fotos do céu sofrem muitas interferências, mais ainda agora que tem super poste (haverá postagem futura a respeito) pra todo lado. Mas fala se o céu em Curitiba num é creize? Acho que é o que eu mais fotografo. Se não me engano, essa é a foto antes da edição, as cores eram essas mesmo. Tive que gritar pra minha família ir olhar, senão depois teria revolta porque não chamei :P




Cerejeiras no Jardim Botânico de Curitiba neste inverno. Tinha uns oito tons de rosa diferentes, mas essa era a mais bonita. Fugi da aula no campus da UFPR do botânico (é atravessando a rua, mas leva quase meia hora pra atravessar o parque até o ponto certo) e tive uma crise de asma (que eu nem tenho) no processo, mas valeu a pena.



Meu cachorro tem um milhão de fotos engraçadas, mas as melhores sempre envolvem posições bizarras de soneca. ♥




Ipê na frente do Museu Oscar Niemeyer. Um sol sem fim, céu azul e muita flor amarela mesmo. Sim, houve uma crise alérgica que terminou em injeção de corticóide, mas é bonito, né? Era 120% mais bonito ao vivo.




London Bridge na luz do dia. Sério, cara. Lugar mais lindo do mundo inteiro. Quero morar lá.



O quintal antigo, onde eu curtia um movimento de bolhas de sabão. Não faço a mínima ideia de onde andam meus potinhos depois que me mudei, preciso de fotos melhores hahaha.



Bibi. Que na verdade chama Mimi, mas ninguém chamalha assim há anos. Bibi tem 10 anos e se tem uma coisa na vida que ela curte é quando a gente enfia a câmera na cara dela. Faz pose, a fiadamãe. Eu amava tirar foto das duas juntas e era muito engraçado porque Bibi é umas vinte vezes maior que a maioria dos gatos, então ninguém nem pensa que ela é menina. A coisa gorducha mais linda que ecsiste. Chama de gorda, mas não mexe com a minha Bibizinha.



Guarda-chuva e estampa. Duas das coisas que eu mais amo na vida. Eu devo ter um desenho dessa foto em algum lugar, eu sei que ela é besta, mas eu gosto dela. Era uma época da minha vida que eu ainda acreditava que era bonita e fotografava minha cara semanalmente. Tenho mais de 50 pastas de auto foto antes da selfie. E das roupas que eu usava todo dia antes dos looks do dia. Eu sempre curti uma variada no guarda roupa e moda em geral. Pena que tenha nascido pobre.




Largo da Ordem em Curitiba, num dia de muito sol pra caramba mesmo. dei uma estourada nas cores, porque tava tudo muito bonito e contrastante. Nunca mais vi essa porta tão azul nem tanta flor amarela nesse canteiro. Dei sorte mesmo.




Minha própria irmã, que eu tive que pedir um milhão de vezes pra que ficasse nesse banco, na frente desse poste, pra eu poder tirar uma foto conceitual. Depois todo mundo quis, mas eu vou ser aqui bem convencida e dizer que ninguém conseguiu tão maravilhosos resultados com o celular como eu :P (tá certo que eu tinha a melhor modelo, mas whatev).



*****

Bom, eu tenho um flickr que vivo tentando manter atualizado, mas não sei se é a pior url do mundo que me impede. Também tô tentando atualizar um tumblr só com fotos minhas, vou nem colocar a url tosca aqui, porque estou falhando miseravelmente. Mas quem sabe, né?

Gosto muito de fotografar, seria INCRÍVEL se eu soubesse. 

Mas ta aí o arremedo do desafio fotográfico, que vou tentar fazer direito numa próxima oportunidade.

Bgs miu