Mas cê jura a
originalidade desse título?
Gente,
tamo do lado de Notting Hill, obviamente fomos pra Notting Hill procurar o Hugh Grant. Diferentchymentchy
de Dublin, a cidade já parecia uma coisa mais moderna, mesmo ali onde as
casinhas têm cara de filme. Tudo muito bonito, tudo muito colorido, a gente
muito tentando achar os lugares onde as cenas aconteceram e fim. Acho que
Notting Hill is overrated se você pensar em termos de todo dia, mas MEO, você
está na Europa, em Londres, HAHAHAH. Sensacional. É a hora que cai a ficha que
você é a pessoa mais legal e sortuda e incrível do universo.
A
essa altura, já tinha andado de ônibus vermelho de dois andares, achando tudo
muito incrível. Mesma linha de raciocínio dos ônibus curitibanos, que dizem
onde estamos, pra onde vamos e qual o sentido da vida, mas oitenta mil vezes
mais lindos e sensacionais e vazios.
Como
eu dei muita sorte geograficamente, de lá a gente foi andando até um lugar mais
central e movimentado atrás de comida. Eu não fazia uma refeição fazia
aproximadamente umas 10 horas e não estava com fome por alguma obra mágica de
maravilhas no meu cérebro. Mas foi entrar no restaurante português de sanduiches
e querer comer o menu.
Nessa
hora me dei conta que ia morrer, porque tudo.é.apimentado.na.europa. incrusível
meu sanduíche SEM PIMENTA hahhaha. Eu tava tão faminta que ainda pedi um purê de
batata doce (que eu odeio) e estava magicamente delishus, de modo que fiquei
feliz.
Seguimos
alegres e à pé para Picadilly. Já era tarde, mas parecia meio dia. Um bilhão de
pessoas na rua, lojas abertas, barulho, muvuca, amor. Que lugar lindo. Como se
trata da vovó da Times Square, você muito se sente num filme nessa hora pobre deslumbrada. Passeio maneiro nesse
lugar: a loja gigante de M&Ms. HHAHAHAHAHA. Tinha pessoas fantasiadas lá
dentro, provavelmente com nenhuma relação com a loja, deixando tudo ainda mais
surreal.
Já
era tarde da noite, o movimento continuava e a gente continuava passeando a pé,
agora na direção da Trafalgar Square. Onde descobri a “““““inspiração””””” da
UFPR (mais pra cópia mesmo, né? Quem estamos querendo enganar). Minha velhice
me impediu de subir no leão pra tirar foto, mas vamos insistir na história de
que foi minha dignidade.
Continuamos
andando mais um pouquinho e Winspirro fez o palhaço quando disse “olha ali pra
frente”, só pra me ver ter um chilique triplo ao botar o zóio no Big Ben
iluminado pelas luzes da noitche. Só não chorei pra ele não rir mais hahaha.
O
bom em ser completamente estúpida em geografia é evitar o relato dos lugares
por onde passei até lá (vai que eu digo que foi o parlamento e tô enganada e
nego vai achar que nem em Londres eu tava?) AND a emoção de não ter a mais vaga
ideia de que do Big Ben eu choraria pra dentro de novo ao ver a London Eye.
Tudo com as luzinhas coloridas da madrugada gelada de verón europeia.
Debaixo
da London Eye, tinha um mini parque de diversão, que de noite virava um trem
meio burlesco, meio cabaré, meio nada, porque metade só tem duas. E tinha mais
luzinhas e gentes bonitas e águas de graça (01 alegria foi descobrir que a água
é totalmente free e de graça na Europa, se você disser com o sotaque certo,
woootshaaah, senão eles fingem que não te entenderam e você morre de sede). Prometi
pro Winspirro com dor no coração que iria ao chapéu mexicano de 1km de altura,
descrito apenas como terrifyingly
high-spinning swing ride, em troca de ele ir comigo na boring London Eye.
Voltamos
andando pela Albert Bridge até um ônibus que me levasse de volta ao hotel,
porque já era assim apenas duas da madrugs e no dia seguinte a gente ia cedo
pra fila dos programas de turista kkk.
*****
Não
sei se foi a completa solidão, a constatação magya de ter passado dias lindos
em Dublin e estar só no começo dos meus dias na Inglaterra (e ainda ter Gales
pela frente), mas eu sentei na beira da cama e... não chorei mais pela mala
perdida. Liguei pra casa (01 amor: fuso-horário), conversei com todos com muita
alegria, tomei um banho de uma hora (única vez na vida, juro. Sou contra
desperdício e vocês não têm nada a ver com isso), sequei meus lindos cabelos
que adoraram o clima e ficaram naturalmente lindos (eu não tinha escova, apenas
taquei ar quente neles e eles não ficaram parecendo um ouriço), usei meu
hidratante de RHYCA La Roche, fiz mil curativos nos meus pezinhos, separei a
roupa pro dia seguinte e dormi cos anjinhos.
sendo linda só que não
Acordei
com o despertador que marcava 3:30h, porque o celular enlouqueceu e não saía do
fuso do Brasil ahhahahaha, mas saltitante. Me arrumei bem linda (not possible),
e fui tomar café da manhã. Só aí me dei conta que 98% dos funcionários do hotel
vinham a ser indianos e meu filme tava mais pra quem quer ser um milionário que
pra simplesmente amor. O *chef* era um baita dum negão gigante, que ficou muito
decepcionado quando eu escolhi o “café da manhã continental” (que pra gente é
só o normal mesmo) e dispensei feijão doce, linguiça, torrada, omelete, manteiga e chega
porque meu estômago já embrulhou. Todo meu amor por ele, por dizer “tá
magrinha, eu encho seu prato!” UM BEIJO, MOÇO COZINHEIRO! TE AMO! Mas comi
mesmo foi croissant com geleia e suco de maçã. Muita alegria.
Os
passeio tudo (ou uma parte, ainda não sei como dividir a maluquice dos dias
seguintes) depois do break.