sexta-feira, 8 de abril de 2011

vê-a-ene-e-cecedrílha-a

Olha, isso nem merece um post, então eu vou fazer meio post. Porque cara, foi tão engraçado na hora que agora não vai ter graça nenhuma, sabe? Mas eu preciso contar.

Aí que eu vi um tênis num blog, caí de amores e, como qualquer um na minha situação, fiz um trabalho investigativo de modo a descobrir ONDE COMPRA. Achei o site do fabricante e nada de venda online. Nada de dica de loja. Fiz a única coisa que podia: liguei mandei email e pedi socorro.

O moço muito atencioso que me atendeu indicou uma loja que, Ó QUE SORTE, fica no mesmo lugar onde eu almoço. Quase deixei a refeição de lado, mas gordo não corre realmente esse risco. Então almocei e fui pra loja e nada. “Não tem, moça. Coleção nova chega em abril”.

Chorei, voltei pro trabalho e emeiei de novo o moço da fábrica, a quem só restou perguntar em que roça eu moro, né? E eu moro na roça disfarçada de capital, mas o tênis só ia chegar em abril. Não contei? Isso foi em fevereiro.

Pois abril chegou e com ele, minhas visitas diárias à loja. O vendedor num guenta mais ver minha cara, porque o bendito do tênis não chega nunca. E eu vou lá todo dia fazer uma pressão psicológica.

Hoje, provavelmente a ponto de me tacar um tênis na testa, o mocinho me pergunta meu nome e meu telefone e pega um papel pra anotar. Aí eu digo, né? Vanessa.

Nego escreve o v. Escreve o a. O n. O e. E para. Aí ele deixa lá o “Vane”, olha pra mim com a maior cara de pavor, esconde o papel atrás do balcão e pede pra repetir o telefone.

É isso mess: o moço teve grandes dúvidas de como escrever esse nome tão complicado e tão inédito.

Te falar. Se eu não quisesse TANTO esse bendito tênis, eu muito teria dito que era com ç.

E nem adianta perguntar que tênis é. Enquanto eu não tiver, ninguém mais tem.