sexta-feira, 29 de junho de 2012

vivendo com toc imaginário


Pra evitar falar mais abobrinha que o normal, fui ler um site super científico e já não sei mais se é tão imaginário assim.

Ok, moving on.

Eu não sei se a medicina classifica isso como alguma coisa maligna, mas o caso é que eu preciso de um pouco de ordem na minha vida. Não é exatamã uma coisa enlouquecida (nem pergunte pra minha família), mas eu preciso de planos, programação, NORTE. Certo, norte é um pouco de exagero, considerando que não sei nem pra que lado é o meu quarto quando estou dentro da minha casa, mas deu pra entender.

De modos que minha vida normalmente é igual à programação do Discovery Home and Health: dias temáticos. E quinta, há anos, é o dia da beleza. Certo, beleza é um pouco de exagero, considerando que minhas fuça assimétrica assusta pessoas na rua, mas deu pra entender.

E aí praticamã toda quinta-feira eu vou ao salão. Não uma coisa mongol de ficar quatro horas lá, cada quinta é uma coisa e assim vamo ficando imaginariamente linda constantemente.

Teve uns tempos em que os pessoal resolveu se ver toda semana no exato mesmo xópem onde está meu salão favorito (Cê jura que eu sempre tenho que usar o mesmo profissional pro mesmo silviço e que se ele não tiver hora eu nem saio de casa? Cê jura que o cabeleireiro se mudou pra um salão que fica a 20km do meu lar e mesmo assim eu viajo só pra cortar com ele? Cê jura?), mas na sexta. Eu até tentava economizar os dias e ir ao salão na sexta, antes dos amigue, às vezes até ia. Mas ó... preferia ir na quinta.

Os amigue se foi, minha irmã passou a trabalhar lá (no shops, não no salão) e eu coordenava os horário tudo pra poder passear com ela, ó que incrível. Na quinta.

Acontece que eu tô num período de transição (literal) na minha vida e não é toda quinta que eu vou ao salão. Mas é isso ou ficar em casa fazendo faxina e encaixotando coisas.

Deu pra entender o quadro, né?

*****

Tem o dia-da-aula-de-ioga. Que muito me alegrava e tal, mas eu vou perdendo a paciência com as coisas na vida e tenho que gastar muitas energias pra perseverar. Comecei a fazer outras coisas na cadjmia, pra dar uma animada (viu como eu tô diboua com mudança?), uma diversificada. Pois aí foram lá e trocaram a instrutora e eu quis colocar fogo naquela academia dos infernos.

Porque assim: o gênio da engenharia projetou uma sala que não é quadrada, não é retangular, não é oval. É uma aberração geométrica, toda torta. Precisei de uns 2 meses pra aceitar aquele ambiente torto na minha vida, mas achei um lugar onde eu pudesse estender meu tapetinho e ser feliz. Mas, como somente Sheldon Cooper me entenderia, tinhaque ser naquele lugar.

Aí, quando trocaram a profe, uma véia desocupada, que poderia ir em qualquer aula, das 7 da madrugada até as 4 da tarde, ia às 18, é claro, que é quando os jovens trabalhadores que fazem o Brasil andar podem ficar saudáveis. VÉIA ESTÚPIDA.

Quiqui a véia fazia? Esperava que eu me instalasse, esticasse o tapetinho, largasse a bolsa e empurrava tudo e colocava as coisas dela no lugar. Sensacional. A véia nem esticar o braço conseguia, tava fazendo o que lá? Até o dia que minha paciência acabou e eu taquei as coisas da véia longe, TÁ COM DÓ LEVA PRA SUA CASA. A véia não voltou, grazadeus, destrocaram a professora e tudo voltou à normalidade.

Aí passamos meses em 4 ou 5 alunos, todo mundo no seu lugarzinho de sempre, a gente podia até se atrasar que nossa vaguinha na sala estaria intacta. Amor em forma de aula.

Só que um dia chegou uma aluna nova e no meu primeiro ““““atraso”””” (porque eu tô lá na cadj umas duas horas antes dessa aula irritante começar, só tô fazendo outras aulas), a fia foi lá e pegou meu lugar.

Entrei na sala, vi meu lugar ocupado, respirei e pensei “bão, aviso que tenho compromisso e fui só falar oi, nem a pau que eu faço essa aula em outro lugar”. Foi só essa frase finalizar na minha cabeça e a profe chamou a fia pra sentar num outro pedaço, ali mais pertinho dela. A fia foi. Perguntou se tinha alguma razão.

- tem sim, a Vanessa tava ali pronta pra desmaiar só de ver alguém sentado no lugar dela.

Digamos que tomei consciência da gravidade da situação ali naquele momento. Houve boatos de que na semana em que eu faltei por motivo de doença, ninguém teve coragem de encostar o fiofó lá.

Mas não reclamo, não gosto de sentar em outro lugar, anyway.

*****

WHY, oh, God WHY essa pessoa está contando tudo isso?

Porque ontem era quinta-feira e eu não fui ao salão NEM estava empacotando caixas. Meu saco está realmente cheio da rotinha da cadjmia, da sala torta, de véias, de gente falando de partes da anatomia pelas quais não me interesso e de meditação. De modos que eu resolvi ir à academia em plena quinta feira, tentar uma coisa nova.

Avisei a família inteira (porque nego aqui surta se não souber sua localização exata no espaço-tempo), mas ninguém deu muita bola.

Meu irmão me ligou lá pelas 17h.

- Ô, cê não vai no salão hoje, né? Tô te esperando pro lanche.
- Mas fio, eu tô indo pra academia!
- VANESSA, HOJE É QUINTA.

Tipo, pânico na voz, sabe? Eu disse que sabia que dia era e que tinha avisado que ia tentar uma coisa nova. Erbãozinho ficou desconcertado.

Aí minha mãe ligou 17:10h.

- Cê vai passar na minha casa hoje?
- Vou, umas oitoemeia.
- Por que não agora?
- Porque eu tô indo pra academia.
- VANESSA, HOJE É QUINTA!

Pavor, medo, nervoso. HAHAHAHA babãe, eu avisei que ia, blábláblá, meldelsdocéu eu não acreditei que era verdade, a gente se vê depois, ok.

Aí eu fui pra academia, né? Felizmente não encontrei ninguém conhecido, nenhuma surpresa. Fiz quarenta e dez aulas emagrecedoras e saí de lá completamente destruída umas oitohora.

Fui pra casa de babã, adonde encontrei minha irmã.

- Cabei de fazer uma aula que cê ia amá.
- Aula de quê?
- De sh’bam, na cadjmia.
- Academia? Mas, VANESSA, HOJE É QUINTA.

GENTE, SÉRIO.

Pelo visto agora eu vou ter que parar de contar tijolinho por aí, senão nego vai me enfiar no pinel na primeira oportunidade. Se eu sumir vocês já sabem.
E agora, toda quinta, fica avisado: estarei gastando as banha na academia.