Hoje
eu acordei meio escangalhada porque ontem passei pelo trauma de estar presente
em uma sala em processo de pintamento por mais horas que o aceitável. E também
porque não dormi na minha própria cama, mas isso não vem ao caso.
O
problema é que quando eu não durmo na minha própria cama eu acordo oitocentas
vezes por noite, ao contrário de quando eu durmo na minha própria cama, em que
eu acordo zero vez por noite. Somando a isso à quantidade indigna de pó que eu
inalei do dia de ontem (heh), estou um bagaço.
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Mas
ainda foi melhor que na manhã anterior, quando acordei e não encontrei meu
exemplar jumbo de quadrinhos do Pateta. O querido leitor não pode imaginar o tamanho
do meu desespero ao enxergar a tralha toda sobre a mesa, menos o gibi de 400kg.
Revirei tudo benloca pra achar meu gibizinho debaixo de um exemplar de Mundo
Estranho, que tem na capa um homem grávido.
Porque
coerência é o forte da pessoa, que entra na livraria pra comprar quadrinhos do
Pateta, se depara com a *manchete* “como seria o mundo se os homens
engravidassem” e ne.ces.ci.ta adquirir e fica muito decepcionada com o conteúdo
da matéria de capa. E com a quantidade de folhas dedicada à matéria da capa. Pelo
menos o Pateta nunca me decepciona.
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Mas
a manhã de ontem ainda foi melhor que a anterior, quando acordei de um pesadelo
em que uma pessoa querida passou a noite me chamando de... gorda.
Acontece
que eu tenho esse problema (que não é só meu, mas pros outros eu nem ligo), que
é ficar de mal da pessoa que brigou comigo no sonho. E nego me chamou de gorda.
A lifetime of sofrimento (3 meses é quase uma vida), muitos números a menos na
balança e nego vem me chamar de GORDA? Tudo isso porque não quis ceder aos seus
encantos? Sonho não deveria supostamente aliviar a vida real, em vez de imitar
a vida real?
Fico
revoltada.
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Estou
de volta no ambiente onde tintas e pós e ventos e sol estão acontecendo, meu
cérebro derreteu e esqueci completamente qual era o propósito dessa historinha.
Provavelmente
é só um auto lembrete de que só serei feliz quando não tiver mais que me
relacionar emocionalmente com as manhãs.