quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

involuntarily oversharing

Ih, gente. Eu tava ali tentando usar toda minha boa vontade pra transferir os arquivos pro blogspot. Até aí, tudo bem. Só que quem acompanha pelo reader vai a-do-rar o flood que vai acontecer.

Na verdade, nem ligo. A pessoa já assinou o atestado de mau gosto quando se inscreveu no feed.

Mas é meio chato pensar nas pessoas lendo coisas velhas porque eu meique esfreguei na cara delas. Tô quase desistindo.

Eu mesma andei dando uma revisada nesses posts do passado, pra ver o que eu vou passar ou não (cê acha mesmo que eu vou copiar tudo? Má nem morta.) e muito me espantei com o HORROR que é ler o que eu escrevo sem o contexto da minha cabeça. Por isso que as pessoas têm medo de mim.

*****

Falando em contexto, achei bem engraçado ver os arquivos. Os meses em que eu estou chateadinha, atormentadinha, que coisas estranhas acontecem, tem um post por mês. Nos ANOS em que eu fiquei meio de mal com a vida, tem só os posts que iam pra capricho. É bem engraçado o quanto tudo que tá lá escrito reflete minha vida. Logo eu, que detesto que as pessoas saibam o que eu estou pensando ou sentindo.

Mas fica aí a dica: tô escrevendo demais? A vida tá boa.

Qué dizê. A vida tá boa e eu tenho tempo, né?

Que às vezes tá boa, mas eu tenho mais o que fazer.

*****

Faz umas par de horas que tô com esse texto aberto e sem fim, porque eu quero falar de uma coisa e não sei se vai sair do jeito certo.

Então beijo tchau pra vocês, viu?

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

na madrugada tomando um red blues pra instalá o zóio


Se tem uma coisa pra qual eu tenho talento, essa coisa é viver em negação. Eu mando dona Elisabeth tomar no seu Kübler-Ross e não chego à aceitação nem se me oferecerem barras de ouro que valem mais do que dinheiro. Tudo bem que eu tento me adaptar aos pequenos cantos do bode às pequenas tragédias da vida, mas aceitar, JAMAIS.

Por exemplo:

- tragédia: ter 30 anos.

- negação: agir como se tivesse 17 anos americanos (em que a gente pode dirigir e tal. Beber nem me gusta, tá de bom tamanho).

- aceitação (impossível): o título de jovem senhora.

- adaptação: andar de taxi.

Porque chega um dia na vida que você reconhece que mesmo tendo tenros 17 anos americanos imaginários, não é justo chamar a mamãe pra ir buscar na casa do amiguinho às 6 horas da manhã, depois de virar a noite. (Tenho vontade de dizer que não é aceitável andar de ônibus também, mas não quero ninguém me chamando de esnobe.)

Não vamos entrar aqui no mérito da cueshtã “por que você não compra um carro?”, que eu não quero falar sobre isso. E minha mamis sempre disse que preferia ir buscar a me deixar dirigir pelas noites blábláblá. Acabei me acostumando com a idéia de motorista particular e agora tamos aí, angariando histórias.

A gente vê no Jô um taxista engraçadão contando a vida e eu não vejo mérito nenhum. Essa gente fala pelos cotovelos, comé que não vai ter história bizarra pra contar? Agora tô eu, quieta e com sono, minding my own business, e começa sempre um show de horror diferente. Vamos aos fatos.

O recorde de taxista biruta é meu e ninguém barra.

Acho que a primeira vez que andei de taxi por conta própria na vida foi nos idos de 2003, no natal. Já contei essa história, a do taxista slash rei momo. Outro dia contei na mesa do bar e *alguém* chegou a descobrir que, ÓLIA SÓ, já morreu. Mas devo confessar que fico aliviada, porque quem achou que ia morrer naquele taxi fui eu. Não desejo pra ninguém.

***

Passei bons anos tentando evitar esse tipo de sofrimento até que, neste ano, voltei a dar uma chance pra esse tão belo meio de transporte. Menos de 12 meses de experiência e eu já estou considerando jurar amor eterno ao fusc... PEGADINHA, estou considerando encontrar um carro pra chamar de meu.

Outro dia, peguei um taxista repetido. Foi engraçado, porque o tiozinho tinha um nome bem aliterado, de modo que guardei na minha cabeça. Aí, quando ele reconheceu a frente da minha casa e disse “acho que eu já vim aqui”, eu dei a ficha completa da última corrida e ele ficou completamente shocks com os detalhes. Mas gente, eu mando ficar enchendo minhas orelha de abobrinha? Justamente as minhas, conectadas ao meu cérebro com incrível poder de retenção? Não mando.

***

Alguns finais de semana atrás, estava eu voltando da casa dos amiguinhos no digno horário da alvorada. Ousseje, o tio me buscou numa casa e me deixou numa casa. Achei muito deselegante quando ele perguntou em qual das duas eu morava e por que não tinha ninguém me esperando em nenhuma delas.

***

Teve também o mês da vanessa louca, em que eu fui a quinhentos mil bares em menos de 20 dias. E cada vez que saía de um deles, era recebida por um taxista perguntando se o bar era bom, que música tocava, se as outras mulheres presentes eram tão bonitas quanto eu (às 4h da madrugs, aham.) e se no *insira um dia da semana em que ocorreria a folga do cidadão* eu seria encontrada naquele lugar.

Meu medo é que essa gente sempre sabe onde a gente mora, né?

/paranóia.

***

Bom. Aí que sábado eu precisei de serviços motorísticos duas vezes no dia. Eu raramente ando de taxi com sol no céu (ainda que sobre as nuvens hahah... ok), mas é sempre tão mais tranqüilo... taxistas silenciosos, viagens serenas. Cheguei em casa em paz e alegria, tudo calmo, tudo bonito. Mas veio o ocaso, uma nova necessidade, um novo taxista.

Meua migo, que que foi aquilo?

Mal entrei no automóvel e fui atingida pela declaração de que “a noite rendeu hoje, hein?”. Muito me pergunto de onde veio isso, uma vez que eu tava com a maquiLAGE borrada de rir casamiga e só. O normal de todo sábado.

Mesmo vendo que eu não tava assim muito em condição de conversar, o tio veio me contar que tava com sono e que eu fui um grande azar na noite dele. Porque ele morava no bairro ao lado de onde eu tava, do lado oposto de onde eu moro. “Tava aqui encerrando a noite e agora vou ter que ir lá no fim do mundo antes de ir pra casa”. Muito fino.

E EU COM ISSO?

Aí falou que ia precisar de um red bush pra instalá o zóio. E riu da própria piada. Depois começou a falar mal de vegetarianos (só não me pergunte o motivo ou a conexão, eu não sei). E perguntou pra mim, PRA MIIIIIIIM, se tinha alguma coisa melhor que uma carninha.

- tem, tio. Azeitona.

Ele não entendeu (cê jura) e eu expliquei muito pacientemente (aham) que eu não como carne vermelha.

- ah, qué dizê que cê é daquele povo que acha que tudo que é verde faz bem? Bróco, alface, uma ervinha pra acalmá de veiz em quano...

Cê perdeu tempo explicando pra ele que tem alergia level extreme à erva que acalma? Eu também não. Eu só ri. Porque às 3h da madrugs, é tudo que a gente pode fazer.

Pois então ele achou interessante falar do clima, uma vez que era o primeiro dia de sol (à noite hahaha tô hilária hoje) depois de um milhão de dias de chuva.

- a rua fica até cheia, né? Parece tudo largata que tava fechada e saiu pra tomá um arzinho. Eu memo amanhã tomo minhas pinga.

JESUS AMADO, TÁ CHEGANDO A MINHA CASA?

***

Em algum momento o tio entendeu que eu estava em modo silencioso e parou de falar. Até chegar bem perto da minha casa e ver algumas mulheres carregando algumas tralhas de uma casa até outra.

- nossa, que bonito essas muié trabaiadêra. Eu tô sortero, quero uma muié trabaiadêra assim pra mim.

O que ele não sabia é que as muié trabaia é na zona de baixo meretrício que tem ali do ladinho de casa.

- e você, vanessa (num guento essa mania de taxista de chamar a gente pelo nome, criando laços de intimidade instantânea), é sortêra?

VÔ FALÁ QUE SÔ? NUM VÔ.

- não sou, moço. Eu tenho um relacionamento estável.

***

Aí eu entro em casa e prometo pra mim mesma que semana que vem eu vou adquirir um automóvel, botar fim nessa palhaçada. Só que semana que vem tem uma coisa imperdível na qual eu acabo indo, e aí eu volto tarde e aí eu pego outro taxi e...

FIM.

(Todos nós sabemos que é brinks.)

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

onirodinia benloca

monstro gigante!

Outro dia eu tava com medo de fazer uma coisa.

*pausa*

Toda vez que eu digo que tenho medo de fazer alguma coisa, QUALQUER coisa, tipo subir no sótão e cair da escada, minha mãe diz “medo foi o que fez surgir o Darth Vader”. Sério. Pense nos danos à minha mente. Só queria dividir isso com vocês.

*fim da pausa*

Eu tava com medo porque eu não sou muito fã de ser contrariada. Ok, eu sei que ninguém é, mas eu tenho um problema meio grande com esse lance de ~contrariamento~. Sabe o piu-piu quando vira o evil-tweety? Nessa vibe. Contraria não. Vai por mim.

Mas aí, quiqui eu fiz? Mongolice, obviamente. Fui contra minha resolução anterior e abri a porcaria do personare. Má que idéia de jerico, viu? O bagulho resolveu me dizer pra ficar quieta, pra evitar me apressar naquele tipo de decisão e a carta que saiu dizia justamente o nome da situação pela qual eu estava passando (não é pra facilitar o entendimento, querido leitor). Quiqui eu fiz? Fiquei com aquela porcaria na cabeça, achando que era um sinal. Aí decidi que não era, mas dois dias depois. PERDI DOIS DIAS. Porque tudo deu certo.

Sorte que minha vida tem o dom de achar o timing pra algumas coisas.

Pelamor, gente. Larguem mão dessas tranqueira esotérica. Só atrasa a vida. Não me deixem cair nessa de novo.

Como tudo que tem acontecido nos últimos tempos, culpo as drogas.

***

Lembrei disso porque ando tendo dificuldades noturnas. Culpo as drogas por isso também. Cê vê. Eu fui abrir o personare porque tava tendo dificuldades de raciocínio às 3h da madrugs. Dificuldades de raciocínio, na verdade, eu tô tendo o dia todo. Mas o sono meique sempre foi um agravador de sintomas. Aí somei sono, drogas e necessidade de decisão e lascou tudo.

Pois se eu estava com sono, o que raios eu estava fazendo acordada? – você se pergunta. E eu vos digo: evitando pesadelos.

Eu tenho esse probleminha desde a infância. Meu cérebro joga contra mim o tempo todo. Só que se eu mal consigo controlar quando estou acordada, dormindo meus neurônios fazem a festa. É avassalador.

De tempos em tempos eu consigo ficar livre desse mal, sofrendo só com sonhos malucos. Mas em outros tempos a pesadelação volta com força total. Sofro eu, sofrem meus familiares. Eu grito, digo oitocentos “nãos” seguidos, choro, resmungo. E nem tenho a felicidade de esquecer o enredo quando acordo.

Aí vêm os pesadelos recorrentes:

*casamento

Jesus amado, por quê? Não é brincadeira. É pesadelo mesmo. A última sequência de nãos foi na hora da fatídica questã. Que tipo de mente maligna se submete a esse sofrimento? E assim, se acontecer o acaso de eu ter alguém especial na minha vida no momento do pesadelo, ainda tem um agravante: não será essa a pessoa me esperando no altar. Será a pessoa na *platéia*, me olhando com olhos julgadores e movendo a boca de modo que eu leia desaprovação. Enquanto algum retardado cujo nome eu não posso nem pronunciar de tanto odinho me espera no fim do corredor. Sério, não posso com isso.

*labirinto

Não chega a ser assim, um filme da Xuxa ou do David Bowie, mas rola toda uma impossibilidade de atingir um destino. Tipos, aeroporto. Eu tenho que pegar um avião num determinado horário, num determinado portão. Tá tudo certo, até eu perceber que esqueci alguma coisa muito imprescindível. Aí começa a tortura. Não consigo voltar até o carro. Se consigo, não consigo voltar até o portão. O mundo vira um grande castelo de Hogwarts, as escadas adquirem vontade própria e nada nunca vai pra onde deveria ir. Fico parecendo personagem de vídeo-game em looping infinito de cenários. É uma delícia.

*perca

Eu perdo pessoas. Nego tava do meu lado num minuto. Eu vou olhar uma borboleta que passou e *puft* sumiu. Aí eu vejo tipos o relance do cerumano virando uma esquina e sigo. Hahahahhahaha. Vou seguir por HORAS, o resto da noite. E aí vou passar por lugares e pessoas e vou perguntar “viu fulano?” e a resposta vai ser “a-ca-bou de passar aqui". Infinitas vezes. Aí eu vou pegar o celular. Aí minha agenda vai ter formatado. Aí eu vou achar ou lembrar o número da pessoa, aí vai cair o sinal do telefone. E assim vai. Até eu acordar. É reconfortante.

*briga

Algum motivo assim, bem nobre, tipo alguém ler primeiro o meu gibi da turma da Mônica vai iniciar uma discussão que vai levar horas. Eu vou gritar, quebrar o pau, inventar descontentamentos. Eu vou ficar rouca, vou bater portas, dizer que não quero ver as fuça da pessoa nunca mais. Aí eu vou acordar pregada AND ficar de mal da pessoa no mundo real o dia inteiro. Eu até explico que brigamos no sonho, porque não tem o que faça passar a birra e é melhor manter distância.

*morte

Né? As pessoas que eu mais gosto no mundo morrem na minha frente porque eu fui burra demais pra evitar. Fim.

Pois eu estava numa onda onda olha a onda *clap* *clap* de pesadelos insuportáveis em que todos eles tinham como protagonista a.mesma.pessoa. (Fio, cê me viu casar, cê fugiu, nóis brigô, cê morreu.) E não tava agüentando mais. Quiqui eu fiz? Passei a ir dormir depois das 3h da madrugs, de modo a ir pra cama pregada e sonhar preto a noite toda. Meique funcionou. Resolver, não resolveu. Mas amenizou.

***

E é aí que todas essas divagações desconexas se encontram: no meu período lucubrante.

Porque aí outro dia eu tava lá, sem dúvidas, sem consultas ao personare, sem paciência e sem condições de raciocínio (não que eu tenha isso em muitos momentos da vida) e não sabia mais o que fazer pra me manter acordada. Quiqui eu fiz? Fui tomar um banhinho. Ni qui eu chego no quarto de banho, com que me deparo? Com um monstro dormindo na janela.

Vejem bem. Eu cresci em São Paulo, a gente não costuma ver essas criaturas da selva. Pois quando eu vi aquela pelota com penas, pés e sem cabeça, eu já abafei o grito de horror. Usei toda minha inteligência pra me lembrar que coisas com pena enfiam a cabeça em si mesmas pra tirar aquela importante soneca e entendi que não era nada decapitado, era algo dormindo.

Só que o monstro acordou com a minha movimentação e revelou um bico que era proporcionalmente gigante. E eu consegui visualizar o arrancamento cruel dos meus olhos, se tentasse perturbar o descanso da criatura. Mudei meu nome pra Melanie Daniels e fui lá discutir com Hitchcock. Kkk risos.

Mas, gente, voltemos à realidade. A janela do banheiro fica dentro do box. Se eu quisesse insistir na tarefa de tomar banho, teria que me aproximar perigosamente daquela fera e isso estava fora de cogitação. Só de pensar naquele bico GIGANTE, eu tinha espasmos de horror. Mas sem banho é que eu não ia ficar.

Fechei a porta do ambiente, porque tudo que eu não precisava era duas gatas descobrindo o potencial café da manhã e assustando a fera bicuda. Chamei a cavalaria (meu irmão), entramos no banheiro, fechamos a porta e rimos por 12 minutos da nossa incompetência com a natureza.

Sem a menor condição de decidir o que fazer com aquele possível assassino, ficamos ali, rindo e pensando “que foi que eu fiz pra merecer esse momento?” até que o pato se irritou e escorregou janela basculante abaixo. Eu e meu irmão choramos, achando que tínhamos matado a ave com a força do pensamento e fomos olhar o telhado pela janela. O pobre animal tinha sumido.

Obviamente pensamos que, ao aproximarmos nossas lindas faces da janela, o monstro voltaria e bicaria nossos olhos até desenhar “seus babaca” em Braille no nosso cérebro, mas nem. Tamos aí com os olhos e os cérebros intactos.

Qué dizê. Meu cérebro não tá muito grandes coisa não. Mas já faz uns 3 dias que eu não tenho pesadelos.

Vou ali tomar remédio e já volto. Tô torcendo pra não começar a pesadelar acordada. Oremos.

Fim.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

um minuto de silêncio

manual ilustrado

Domingo estava eu tocando alguma bobagem no piano, enquanto os outros presentes se arrumavam pra um evento ao qual eu não iria. Quando um membro do sexo masculino do casal apareceu vestindo vermelho, o membro feminino disse a seguinte frase:

- muito bem, só quando eu estou presente.

Ri por alguns segundos, pensando que, se eu mesma tivesse algum poder neste mundo, certo cerumano também só usaria vermelho na minha presença. Fiquei contente por saber que não estou só.

Não é todo mundo – na verdade, uma minoria privilegiada – que fica irresistível de vermelho. Mas quem fica, fica.

*****

Eu e umas amigas temos um hábito horrível de propor minutos de silêncio pra pessoas assassinando a moda. Veje bem: nós mesmas não somos nenhum exemplo de beleza fashion, mas gente, pelamor, vamo ter algum critério?

Só que eu ando numa vibe silenciosa, de modo que não só cortei redes sociais da minha vida, como cortei conversas no mundo real também. O silêncio é de ouro kkkk. Acabei gastando um almoço inteiro observando exemplares do sexo masculino e me perguntando muito frequentemente “POR QUE, MELDELS?” e em seguida pensando “melhor assim”. Quando apareceu um rapazinho bem vestido, ficou muito óbvio que seria totalmente imune ao poder supremo de qualquer beleza feminina.

O negócio, então, é lamentar.

*****

Se o mundo fosse a vanessalândia, o dress code masculino consistiria de calça jeans escura, camisetas sem estampa (ou com pouca estampa), tênis e casacos. De moletom, cardigans de tricô (que féxon ui), de algodão, SEI LÁ. Casaco JOVEM hahaha. Sabe?



casacos que não são de moletom: pesados, leves ou estruturados, mas tudo em cor lisa e do tamanho do fulano que veste. E JEANS ESCUROS.

Variações: calça social preta ou cinza chumbo, camisas de manga comprida ou pólo sem estampa e sapato social SEM BICO FINO, pelamor dos meus olhinhos.


Tiago Leifert - um case de sucesso: jeans escuros, camiseta, cardigan e tênis de sola plana. Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de atenas.


Mas vamos por partes.

Tops

Uma regra básica: QUALQUER parte de cima deve estar pra fora da calça (a menos que você esteja usando terno, mas aí, né? Nem preciso explicar grandes coisas). Blusas por dentro da calça funcionam como INSTANT-TIOZINHO e você não vai querer isso, né? As costuras laterais devem estar bem próximas do seu eu, blusa larga deixa cara de desleixo. E o comprimento deve ficar uns 4 dedinhos pra baixo do cós da calça. Mais curta que isso é sacanaji com quem olha e mais comprida te deixa mulambento.

regatas

Eu acho que deveria ser punido com chibatadas o uso de regata (inclusive pra meninas). Mas vou fazer o que, né? Moro num país tropical com gente horrorosa por natureza. Uma falta de manga a mais, uma a menos, quem controla? O que eu quero dizer é que não considero esse pedaço de pano como vestimenta.

camisetas

Lamento informar, mas quem não fica bem vestindo camiseta, não fica bem vestindo coisa nenhuma. Nem Barney Stinson perde a pose sem terno, vestindo só camiseta e jeans.

Barney Stinson mantendo a classe em jeans (escuro, repare) e camiseta.

Pois eu acho que todo cerumano do sexo masculino tem que ter uma boa gaveta de camisetas. VÁRIAS pretas, muitas brancas e vermelhas vão depender do seu poder ao vestí-las. Algumas verdes, azuis e outras cores ESCURAS. Não tem como errar. E, pelamordedeus, fuja de estampas muito grandes, de cor laranja e amarelo. E azul tinta de caneta bic. Ninguém fica bem nelas.


Alguns ficam bem em vermelho, outros não. Acima, os exemplos bem sucedidos. Mas devo dizer: a minha foto favorita do meu homem favorito vestindo vermelho foi censurada. Não porque esteja indecente, mas porque causaria o *maior bafón*.

Abaixo, os tipos que nem vermelho salva :(

credo

camisa pólo

Uma peça dificílima do vestuário masculino, embora não pareça. Listras horizontais têm o poder instant-tiozinho. Uma dessas por dentro da calça e assessórios marrons... destruição na certa. Fique longe.


Melhor exemplo de instant-tiozinho não há.


bottoms

Por favor, olhe nos meus olhos e concentre no som da minha voz: jeans escuros. JEANS ESCUROS. Não perca a concentração e ouça: justos nas pernas, de corte reto. Entendeu, beu abô? Jeans justos (e justo NÃO É apertado, é justo), de corte reto (skinny? Sério?), de cor escura.

ternos

Apenas três “cores” de terno são aceitáveis no planeta terra e NÃO HÁ exceção:

- preto;

- cinza chumbo;

- risca de giz.

Não tente me convencer de que você é moderno, descolado, maluco, whatever. Outras cores de terno deixam você com cara de abobado, motorista de ônibus, protestante a caminho da igreja, porteiro, manobrista e por aí vai. Nada contra essas profissões, veja bem. Mas se você quer passar a vibe executivo de sucesso ou bem sucedido, preto, cinza, risca de giz. Terno claro, marrom, marinho são gritos de ajuda. Qualquer outra cor é, sei lá, daltonismo. Inaceitável.

conjunto da obra


Hayami Mokomichi, o melhor exemplo de jeans, camiseta e moletom EVER and Tiago Leifert. Ti (kkk) super faz meu tipo, mas eu sou repreendida cada vez que digo isso em voz alta. Sabemos o tamanho do fã-clube do moço, de modo que vos digo: é um case de sucesso em matéria de vestimenta. Eu aprovo.


Se o mundo fosse perfeito, todo homem poderia vestir jeans, camiseta, casaco e tênis todos os dias. Mas não é, né?

Então assim, se você precisa ficar só um pouquinho mais arrumadinho, jeans escuro e pólo.

Se precisa se arrumar mais que isso, calça social PRETA ou CINZA CHUMBO e camisa branca ou de alguma cor escura. Listinhas não são fáceis, alguns poucos homens sustentam. Olhe pro espelho e seja sincero ou pergunte pra alguém que não queria te agradar hahaha.

Se você quer usar jeans e blazer, tenha certeza de que nasceu pra isso. O jeans TEM QUE ser escuro e reto e justo, a camiseta TEM QUE ser sem estampa e sem cor berrante e o blazer tem que ter um corte muito do certinho e estruturado. Senão você vai parecer um palhaço. E não vai me colocar um nike shoks pra finalizar a obra. Um all star, um daqueles nikes de sola plana, um adidas ou alguma coisa comprada na world tennis classic. Anyway, não recomendo.



Zac sustenta o blazer, mas NEM ELE é capaz de favorecer uma gola V.

*****

Nada impede você, homem moderno, de fazer o loco e sair de casa usando calça social laranja, camiseta azul bic estampada por dentro da calça, nike shoks 28 molas e cinto marrom. Mas aí, melbem, não vai reclamar quando não pegar ninguém (ou só pegar fãs do restart. Ou tias de 58 anos).


Zac Efron - acertou tanto no jeans, no tênis e no casaco que pode se dar ao luxo desse gorrinho medonho.


* Acho desnecessário ter que explicar num blog que tem 3 visitantes por dia, incluindo minha mãe, que tudo aqui expressa minha opinião única e exclusivamente.

Mas vou aproveitar a oportunidade pra dizer que nenhum argumento usado aqui foi baseado em exemplos do mundo real, vamo parando de mania de perseguição.

And, finalmente, eu gostaria de dizer que algumas pessoas podem aparecer na minha frente de havaiana e dançar a hula e meu amor permanecerá intacto. Mas é justamente esse tipo de pessoa que vai aparecer na minha frente vestindo E-XA-TA-MÃ o que eu gosto de olhar.

:)