quarta-feira, 16 de novembro de 2016

I tossed a coin

Whenever you're called on to make up your mind,
and you're hampered by not having any,

the best way to solve the dilemma, you'll find,
is simply by spinning a penny.

No - not so that chance shall decide the affair
while you're passively standing there moping;
but the moment the penny is up in the air,
you suddenly know what you're hoping. ”

― Piet Hein






Às vezes eu passo as páginas deste blog tentando me entender-me a mim mesma. É tão horrível quanto ler diário velho e, quanto mais recente a postagem, pior de ler. Pior que eu ainda me analiso, tipo "o que tá conte seno com essa fia, meldels?". Tipo agora, estamos monotemáticas, falando apenas de homem. Que.Inferno. De modos que me perguntei: WHY????? A resposta na verdade é duas:

- finalmente, minha mente chegou a uns 20 anos.

Eu tava pensando aqui na minha vida e não consigo lembrar de ter namorado sério. Pra ser bem sincera, é difícil lembrar de pessoas que eu tenha, de fato, namorado. De chamar por esse nome e apresentar assim pras pessoas, eu diria que foram duas vezes? Não duraram nada, porque eu tinha um total de 0% de sentimentos pelos rapazes em questã. Tive relacionamentos mais longos que esses, porém não tinham nome. E não tenho bem certeza se tinham sentimentos amorosos. 

E por que isso?

Nem ideia. 

Qué dizê, eu sempre tive a impressão de que eu não tenho coração. Eu até me interesso por pessoas, de vez em quando eu até querolhas MUITO, mas raramente dura e quase sempre eu penso "pra quê insistir nisso se mês que vem minha paciência já acabou?". Mas aí eu tava fazendo uma autoanálise e parece que não é bem assim. É que nos raríssimos eventos de eu gostar mesmo de alguém e querer muito uma aproximação romântica, eu fico meio empacada e faço tudo que está em meu poder pra AFASTAR o cerumano. Porque se eu estiver certa e esse negózdi amor não existir, eu vou me lascar tão intensamente que talvez seja melhor não.

Tenho impressão que finalmente cheguei à idade das leitoras da Capricho com meus boy problems. Foi mal e tal, mas é o que temos para o momento. 

O que DEVERÍAMOS ter é uma pessoa estudando pra terminar o mestrado, mas estamos aqui sentadas no cantinho do quarto tentando entender como é essa palhaçada de ter sentimentos, mesmo depois de ter declarado QUE ISSO NÃO IA MAIS ACONTECER DEPOIS DOS DESASTRES DE 2012/13.


- a vida está parecendo um roteiro ruim de comédia romântica.

MUITO RUIM.

Vejem se vocês assistiriam uma coisa descrita pela seguinte sinopse (calma que tô organizando as ideias aqui):

Vaneça deixou um amor de infância no passado (o Boy-do-passado), porém jamais esqueceu ou se distanciou completamente (biruta). Já adulta, os dois se reencontram e ela tem certeza que agora vai, mas não poderia estar mais enganada. Infelizmente, Vaneça tem dificuldades de superar (a essa altura, cê jura?) e resolve que vai ficar sozinha o resto da vida. Só que Vaneça é um cerumano muito evoluído (cof) e mantém a amizade com esse rapaz, embora ocasionalmente sua cabeça desgrace completamente. Dois anos depois, completamente desacreditada do amor, conhece um boy de quem decide desgostar à primeira vista (o Boy-magya). Mas como Vaneça é muito incompetente em tudo que resolve fazer nesta vida, o plano dá errado e ela se apaixona. 120% perplecta de descobrir que é possível a) gostar de outra pessoa nesta encarnação e b) se apaixonar mesmo de verdade igual as músicas descrevem, Vaneça praticamente esquece a existência do primeiro amor. Quando novamente ela está certa de que agora vai, se engana mais uma vez. Coincidentemente, cada vez que o Boy-magya dá pane, Boy-do-passado surge perfeito, numa dinâmica muito irritante para o telespectador. Num dia de absurdo amor próprio, tão raro, resolve que quer mais que os dois se explodam. Tá lá enfiando a cara no trabalho e nos estudos, porque solitária sim, pobre nunca mais, surge o boy da discórdia (o Boy-do-café), muito casualmente. Aquele boy que vai aparecendo desde o começo do filme sem ter nenhuma função muito aparente, aquele personagem que cê pensa "mas o que esse pedaço tem a ver com a história, caceta?", cuja personalidade é meio bosta, mas cê não tá prestando muita atenção porque parece que alguém editou errado essas cenas. Pois ele ressurge com a personalidade consideravelmente alterada, todo trabalhado no vamo tomá um café e nossa heroína pensa WHAT THE HELL, POR QUE NÃO? E tá bem óbvio porque não, mas ela vai assim mesmo pois OZADA. E agora? Será se desencalha? Vaneça precisa urgentemente decidir o que quer da vida, parar de palhaçada e ir tentar fazer acontecer. Deitada na grama (tentando suicídio) e olhando as nuvens que escondem a super lua, após uma semana em que avaliou bem o relacionamento bosta que mantém com os três, conseguirá nossa heroína (hahaha) parar de ser bocó e dar um rumo em sua vida? Conseguirá Vaneça experimentar o amor realizado? Ficará Vaneça forever vivendo de amores platônicos? Entrará um quarto boy nessa história nos 5 minutos antes dos créditos finais, deixando todo mundo enfurecido com o tempo perdido assistindo filme ruim?

TALVEZ ESSAS PERGUNTAS NUNCA TENHAM RESPOSTA.

Ainda bem que é só uma sinopse de filme ruim e não os acontecimentos da vida de ninguém, né?

COMO SE NÃO FOSSE SUFICIENTE, pode ou não haver um casamento no horizonte, do qual essa Vaneça fictícia aí será madrinha. Madrinha as in maid of honor. Pode ser que no seat chart da festa a mesa dessa infeliz esteja com um número ímpar de pessoas, porque é a única criatura do mundo sem parzinho. PODE SER QUE HAJA UM CONVITE SOBRANDO à espera de um milagre.

São suposiçãs.

Mas enriquecem a trama, não?

**********

Em assunto totalmente não relacionado (heh), a chegada do Boy-do-café foi um pouco reconfortante. As pessoas todas ficam dando conselhos não solicitados a respeito do Boy-magya - conselhos que ENTRAM POR UM OUVIDO E SAEM PELO OUTRO, se vocês querem mesmo saber - e fica todo mundo num disco furado que a pessoa (no caso, eu) tem que se declarar, tem que fazer alguma coisa, tem que ser atirada, tem que pular em cima, tem que aparecer na porta da casa da pessoa pelada, tem que... SAI DAQUI COM SUAS TIURÍA. E eu sempre penso "mas eu SEI o que tem que fazer, gente, só não tá acontecendo porque, quando é amor, é mei arriscado os risco, né? midexa aqui fazer cálculos probabilísticos antes de fazer merda, é pedir muito?". Mas foi o Boy-do-café aparecer e eu lembrar que num tenho critério nenhum memo. Eu vou limpar as conversas do uóts e fico com vergonha própria dos absurdos que eu falo, porque não tenho nenhum comprometimento emocional com os outcomes da interação. Eu penso nas conversas presenciais e minha mão é atraída para a minha cara em infinitos facepalms. Ele vai se atirar nos meus braços e dizer que me ama? Não ligo. Ele vai sair correndo pras colinas traumatizado? Não me importo. Ele vai continuar tomando cafés comigo até virarmos amigos e ninguém nunca mais saber se isso era namoro ou amizade? Whatever.

Então fica aqui a dica pras amiga que tá tudo certo comigo, precisa dar conselho não, não tem necessidade de se preocupar, etc.



**********

Eu tinha ME PROMETIDO que eu não veria filmes com o tema: casamento até 2017. Alguns estavam especialmente proibidos, tipo The Wedding Date, porque putaquepariu, era bem o que deveria acontecer na vida, é por isso que a gente vê esse tipo de filme. Mas como não vai, assistir só vai me estressar.

Mas eu baixei a guarda na frente do telecine e fui exposta a What's Your Number e fui fraca demais pra parar o sofrimento enquanto houvesse tempo.

Nesses filmes a mocines está sempre muito lascada de sua vida porque haverá um casamento em C E R T A S condições muito em breve e ela tá o que? 240% solteira, atrapalhando a distribuição de pessoas pelas mesas da festa, se sentindo um grande cocô mole e sem um date. De modos que elas tomam atitudes desesperadas. Porque casamentos são grandes lembradores de que se você não tem marido, você falhou miseravelmente enquanto pessoa.



O que acontece é que sempre alguém é escolhido para a missão:casamento pelos motivos errados. Não vou estar negando que existe um rapaz previamente avisado que será apresentado como namorado, caso alguém resolva perturbar minha paz no evento. Também ecsiste um post aí no passado em que eu rifava uma cadeirinha do meu lado, incluindo bons drink e bons jantar, caso alguém topasse representar esse papel.

Não confirmo nem nego que me dei conta que estava apaixonada pelo Boy-magia no exato momento em que eu pensei "encontrei". Encontrei a pessoa que eu queria levar comigo. Faz quase um ano que esse pensamento me ocorreu, mas cê convidou o boy pra ir? Nem eu. E agora não tenho mais coragem.

Não confirmo nem nego que num dia em que eu estava muito chateada com as condições atuais do meu não-relacionamento com o supracitado boy, eu fiz a birrenta e saí decidida a convidar o Boy-do-café pra esse fim. Fiz isso em tom de piada e ele mudou de assunto, me deixando bastante aliviada, pra ser sincera. Mas como esse assunto já voltou 87 vezes pra nossa conversa, não descarto a possibilidade de perguntar "cê tem um terno decente aí?" num vindouro sábado de manhã. 

Só que aí eu tava lá assistindo WYN e, quase no fim do filme, tem o discurso da madrinha.

When daisy and eddie first got together, I have to admit I was a little bit nervous. I could tell that it was serious, and I thought that the closer she got to him, the further away she'd get from me, but that didn't happy. Not only do I see more of Daisy, I see a happy, even better Daisy. It's like with Eddie she's completely herself. 

When you're a big sister, it's your job to teach your little sister everything. How to ride a bike, how to lie to your parents, how to kiss - not with tongue. Settle down, uncle Charlie. But I never thought about what my little sister could teach me until right now. So I wanna thank you, Daisy, thank you for teaching me that being in love means being yourself.



Essa última frase ficou martelando no meu cabeção, sabe?

Especialmente pelo quanto ela é ÓBVIA.

O Boy-do-passado, que devia ficar no passado enquanto boy, por mais que eu queira eternamente como amigo, é alguém com quem não apenas eu posso ser eu mesma. De vez em quando parece que a gente divide o cérebro. Ok, eu não tenho que fingir ser quem eu não sou em nenhum momento, mas a gente não tem nada a ver um com o outro em aspectos operacionais da vida. Então sei nem o que ele tá fazendo nesta história.

O Boy-do-café, por mais divertido que possa ser, tem aquele problema de parecer perfeito demais, sabe? Aquele cara com quem a mocinha não fica no final, mas todo mundo acha que ela deveria ficar sim, porque ele é perfeito, porque tá tudo certo demais, porque parece que ele saiu da descrição que se faz do homem perfeito, do homem perfeito PRA VOCÊ. Mas com quem não existe conexão NENHUMA. Com quem eu me vejo escrevendo corretamente português. E se tem uma coisa que me faz saber que tá TUDO ERRADO, é quando eu escrevo com todas as regras, pontos, vírgulas e zero memes, zero piadas internas. NÃO TEM CONDIÇÃO. Eu não tenho naturalidade nenhuma com nada. Eu penteio meu cabelo quando sei que vou encontrar com ele. Eu detesto pentear meu cabelo.


O Boy-Magya é a pessoa mais legal do mundo. Eu acho que raramente me dei tão bem com outro cerumano em toda minha existência. Eu não tenho NENHUMA trava quando estamos juntos. Eu lembro da primeira mensagem que eu mandei pra ele, escrita em full vaneçês. Ele obviamente achou estranho e eu expliquei que tenho dificuldade de escrever a sério quando tô falando bobagem. Menos de um mês depois, ele tava fluente na minha língua, escrita e falada. E digo mais: tava fluente até na língua não-falada, tem horas que eu acho que a gente conversa por pensamento. Eu nunca me senti tão confortável na presença de outra pessoa antes. E é isso que dá medo, né? Como é que você arrisca tudo quando o que tá em jogo é tão alto?




********

Então, nesse momento que eu tô enlouquecendo, apressando coisas, tomando decisões for all the wrong reasons, eu tive que sentar comigo mesma e ter uma conversa bem honesta. O que é que eu quero? Que rumo eu devo tomar? O que vai me fazer feliz? 

E a veio da moedinha que eu joguei pra cima, em forma de quote de final de filme ruim.

I'm happiest when I'm being myself and I'm myself when I'm with you.



(me lasquei)

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

nobody likes a free bitch

Em tempos de terror eleições nos Estados Unidos, a gente é impactado pela realidade de que é mais grave ser mulher do que ser um cerumano desprezível, né?

Mas não é sobre política que vamos estar falando.

*****

Na minha faculdade tinha um menino muito mal diagramado. Naqueles tempos horríveis de escassez de fotografias digitais e Mbps, as pessoas se DESCREVIAM pros outros na internet. Um dia a gente tava no ~laboratório de informática~ e ele estava num chat, com uma menina.

- eu tenho o cabelo claro, meio ondulado, olhos azuis, sou alto e descendente de italianos, então você pode imaginar o tamanho do nariz rsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrs

O que sua mente monta com essa descrição?





Qual vinha a ser a realidade da aparência do menino?




Sério, ele parecia TANTO com o Gonzo que é assustador. Qué dizê, ainda parece. De vez em quando eu vejolho pelas ruas da cidade e é isso aí.

Mas também não é sobre beleza e boys que vamos estar falando.

ENTÃO O QUE EU QUERO DIZER COM ISSO, MELDELS???? O que isso tem a ver com qualquer coisa?

Que tudo nesta vida é uma questão de perspectiva.

Desde que eu vi como Gonzo se descrevia que eu me dei conta de que a gente pode escolher partes da realidade - que sozinhas não CORRESPONDEM à realidade - e ainda alegar que não tá mentindo.

*****

Mães, né? Se você ouve minha mãe me descrevendo, nossa. Cê se pergunta como que ainda não fui canonizada, eleita presidente da república, homenageada com um busto de bronze, sabe?

Ain, mas a vaneça é muito responsável, com 12 anos já tava tomando conta dos irmãos e da casa. Nunca fez uma lição de casa na vida e só tirou nota 10. Nunca pegou uma recuperação, uma final, uma DP. Nunca ficou bêbada, nunca fumou nem cigarro. Come uma dieta balanceada, se exercita regularmente desde criança, quase não sai de casa, não usa decote. Passou em vários concursos, tem um ~bom emprego~, sabe cozinhar, administrar dinheiros, é independente wah wah wah wah wah w 

Vai por aí, mas a ideia é essa.

Minha mãe sempre esteve por dentro das política, de modos que sempre há eventos. Não era raro em alguns deles, no passado quando eu ainda era trouxa, ela me convidar pra um jantar inocente em que um rapaz convenientemente solteiro e bem sucedido se sentaria ao meu lado na mesa. Eles ouviam as palavras bonitas que minha mãe tinha a meu respeito e já achavam que tava ali uma boa oportunidade pra uma boa esposa. Ela tava mentindo? Não tava. Mas estava faltando com a verdade, já que boa esposa é um troço que eu JAMAIS tive vocação pra ser. Cansei de ver bons partidos correndo pras colinas depois de me conhecerem.

*****

Aí tem esse tio (num termo amplo da palavra tio, num é meu parente), que não tá num range de idade aceitável pra se candidatar a meu marido, mas cujos filhos (a maioria deles, pelo menos) estão. 

Ele ouviu a conversinha de mamai, pensou num de seus rebentos e concluiu que era uma boa ideia fazer o tinder da vida real e dar match em nós dois. Fez de sua vida uma missão de me convencer que eu e o jovem tínhamos muito em comum, gostávamos das mesmas coisas. Quando fomos pra Irlanda concomitantemente, o tio foi à loucura. NoOoOOOossa, mas vocês deveriam muito passear juntos lá, vocês vão se dar tããão bem!!111

Cê foi se encontrar com o desconhecido em terras estrangeiras? Nem eu.

Mas o tio tava focado na missão e, eventualmente, conseguiu que nós estivéssemos todos no mesmo ponto geográfico ao mesmo tempo.

Num vô mentí: se ele tivesse mostrado UMA foto do filho, não tinha precisado muita argumentação pra me convencer não. Porque julgando pelo pai, eu esperava 01 tribufu, mas o menino deve ter desenvolvido os genes da mãe e deu bem certo pra ele. 

MASSSSSSSSSS

Como a vida não tá aqui pra deixar nóis feliz assim de graça, o que ele tinha de lindo, tinha de bocó. Mel dels do cel, que pessoa chata. Não tinha como desenvolver um assunto com graça, porque a pessoa não tinha interessância nenhuma e não há beleza no mundo que segure isso.

Então num deu muito certo o plano do tio.

E ele num ficou contente não.

Por um tempo eu achei que o menino tava encalhado, sei lá. Não compreendia a vontade de juntar aquele infeliz comigo. Mas a gente sabe como é homem bonito acima da média, né? O infeliz vivia rodeado de mulher, se tem uma coisa que ele não tava, essa coisa é encalhado. Muito pelo contrário. ENTÃO O QUE CARAMELOS ACONTECIA?

O jovem era, como direi?, meio largado na vida enquanto pessoa. Infelizmente não poderei dividir com vocês as aspirações de vida&carreira desse jovem, porque é uma coisa tão bizarra que ele fica facilmente identificável. Mas vou te falar que pai nenhum tem interesse em se vangloriar pros amigos das conquistas daquele boy. Fora que frases como "detesto estudar" (argh) saem frequentemente daquela boquinha bem desenhadinha. O menino é (ou era, sei lá, faz tempo que não vejo) a personificação daquela música medonha "vagabundo confesso", sabe qual é? Deuzulivre.

De modos que chegou ao meu conhecimento por fontes seguras (hue) que o que o tio tava querendo memo é.............. BOTAR O MENINO NA LINHA. E como ele pretendia fazer isso? Arranjando a namorada mais bundona que o planeta terra poderia prover. Eu, no caso.

AHHAHAHAHAHAAHHAHAHAHHAHAHAHAHAHAHHAHAHA

Pois olha.

~sad trombone~

Primeiro que veje aqui se tá escrito otária na minha testa. Eu sou bem bocó, mas até eu tenho limites. Depois que um dia eu tava conversando com o supracitado e ele me falou dos ~sonhos~ que tinha pra sua vida e eu falei SIGA SEUS SONHOS, KIRIDO (mas segue bem longe daqui, se for possível). Soube também recentemente que o burraldo contou pro pai dele de forma um pouco reformulada que fui eu que incentivei que ele largasse tudo - e fui culpadíssima por isso por meses. Além de tudo, era um banana, AIQ GLÓRIA!

Bom.

Num deu certo os arranjo, né? Parece inclusive que nem os sonhos do rapaz deram certo e outro dia eu descobri naonde que ele tá trabalhando pra pagar as contas da vida real e tive um acesso de riso. Não que seja um trabalho indigno nem nada, mas pra quem se achava tão bom nas merda que fazia, a ponto de largar tudo pra viver de sua arte, é um pouco engraçado sim.

Aaanyway. O pai do prometido ficou com relações estremecidas com a minha pessoa por um tempo, de vez em quando eu sou informada de um detalhe novo da história e vou compreendendo o que se passou na cabeça deles, já que quase tudo foi imaginário. Eu não vou gastar meu tempo me retratando de coisas que não fiz e por expectativas que colocaram em mim sem nem me avisar. Mas hoje em dia ele já tá me tratando quase normalmente, as coisas estão entrando nos eixos novamente.

MENOS

QUANDO

TEM 

HOMI

ENVOLVIDO

Eu tenho muitas amigas meninas. Muitas mesmo. Mas tenho muitos amigos meninos também, que aqui num tem preconceito. Neste momento da minha vida, alguns amigos que estão mais próximos de mim foram formados por cromossomos XY. É só uma fase, eu não sou o tipo de pessoa que prefere os homens nem nada. 

Pois se o tio me vê com as miga, a conversa flui, ele é simpático, a gente até ri.

Mas se o tio me vê com um boy, minha gente, é tenso.

No começo eu achei que fosse coisa da minha cabeça. "Não, kirida, cê tá viajando, é coincidência que ele foi rude neste momento". Mas depois da vigésima vez a gente tem que aceitar a realidade, né? Especialmente se você está conversando com seu amigo e ele PARA PRA DAR UMA BRONQUINHA. Com que direito??????

Aí outro dia eu tava passeando com um boy que esse tio não gosta. Mas cê veje, ele não tem nada a ver com a minha vida e eu passeio com quem eu quiser. Obviamente o tio não estava passando pela minha cabeça quando resolvi passear, mas eventualmente eu me lembrei desse detalhe. Como eu sabia que os dois se conheciam, achei que era válido avisar ao boy que evitasse falar que vinha se encontrando e conversando comigo frequentemente. 

MAS FOI EU ABRIR MINHA BOCONA PRA AVISAR, QUEM SURGE NO HORIZONTE???

Não tinha pra onde fugir, não tinha o que fazer além de agir naturalmente. Ao longe, o tio vinha me encarando com um olhar de reprovação. Inicialmente, achei que era por motivos de estar com esse boy especificamente. Não era. Foi só quando o menino abriu a boca pra cumprimentarlho que ele notou quem é que tava do meu lado, porque ele tava olhando exclusivamente pra mim até ali. 

Decidi que a situação tinha chegado no limite. Fui reclamar com mamai, que começou essa buesta ao me rifar como a pessoa mais maravilhosa do planeta. Mas, além da reclamação, ficava a dúvida: POR QUE É QUE ESSE TIO NÃO SUPERA E ME DEIXA VIVER? 

Eu jurava que era porque ele tinha alguma mágoa oblíqua por eu não ter querido o filhinho dele. Mas quando eu fiz essa pergunta em voz alta, minha mamai respondeu com palavras duras:

É que ninguém suporta uma mulher livre.






**************
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:)

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Heisenberg




Eu me relaciono A NÍVEL de proximidade mesmo com bem pouca gente. Intimamente assim, de ter e oferecer o número do celular, é com bem menos gente ainda. De modos que minha agenda do telefone é trabalhada em primeiros nomes e só. Sem nenhuma outra identificação, sem sobrenome, sem nada, porque eu sei quem é todo mundo, inclusive Gabriels, Rafaels, Felipes. Só tem um de cada, quando tem.

Outro dia eu fui anotar o telefone de um João e coloquei só isso na agenda. Ele estava olhando enquanto eu anotava e foi se intrometendo

- meu sobrenome é... [interrompi]
- dã, eu sei seu sobrenome.
- e não vai por não?
- não, você é o único João da agenda, não precisa.

Ele ficou surpreso, mas não ficaria se visse que eu realmente não tenho muita gente pra lembrar.





Só tem um nome que tá identificado no meu celular porque, mesmo numa agenda minúscula como a minha, tem 500. Só da minha casa tem inclusive dois.

E

ESSE

NOME

É

Guilherme.



Era só isso mesmo que eu queria dizer, obrigada pela atenção.


**************
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:)

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

self love metaphysics



Aproveitando a descrição recente do lugar onde eu passei minha infância, vou continuar um post que tá no arquivo faz tempo.

O post da metafísica.

Inclusive esses dias eu tava me dando conta que levo as mais variadas voadoras possíveis. Outro dia uma pessoa que acredita em homeopatia e horóscopo veio me zoar por eu estar lendo um livro de metafísica e eu fiquei 



A metafísica ainda tem uma chance de funcionar, né? COF.

HEH

Então aí tem esse livro, que eu ganhei faz uns 3 bilênios mais ou menos, mas ainda não estamos nessa parte da história.

Daí que eu cresci num lugar onde pouquíssima gente ia com a minha cara e eu tinha um total de zero namoradinhos. Os meninos pareciam ter PAVOR de encostar em mim, era uma coisa bem incrível mesmo. Mas quando eu era criança eu era bem brasileira e me declarava sem nenhum medo de ser feliz. Cê me pergunta quantos foras eu tomei e eu te respondo: TODOS.

Para fins didáticos, eu tentei encontrar um diarinho que eu tinha na época. Um dos meus melhores amiguinhos era o brad pitt da vez e, como todos os outros meninos, também gostava da mesma menina que TODO MUNDO gostava. Ele pediu pra escrever no meu diário e eu, toda esperançosa, deixei. Infelizmente não encontrei o caderinho, mas o conteúdo era o seguinte:

"Vanessinha, você é feia e chora muito". 

MAS.QUE.GOSTOSO!

O que foi que eu fiz ao ler isso?

Chorei.

Errado ele não tava, né?

Tinha esse outro crush, surfista, de cabelos louros, lisos, compridos e parafinados. Uma menina muito imbecil que morava lá também me escutou falando dele um dia. De modos que o objetivo da vida dela era me provar que ele não gostava de mim. Um dia, ele tava sentado num banquinho e ela me viu me aproximando. Começou a mexer no cabelo dele e perguntar quem mais ele deixaria mexer também. Ele falou que não sabia e ela foi perguntando nomes, enquanto ele dizia sim ou não. Falou o meu e ele "eu, hein, essa horrorosinha nem pensar!". 

Mil e duzentos anos depois, ele me adicionou no facebook e eu fiquei



Mandei mensagem imediatamente.

- quirido, cê sabe mesmo quem sou eu?
- sei, ué.
- e cê me adicionou por que razão?
- porque a gente é amigo de infância, ué.
- amigo?????!!;:!:!1:;!:!;1
- orra, vaneçinha, cê bebeu?
- mas e o episódio do ~hororozínea~?
- cê é burra memo, né? a gente sempre menospreza a pessoa que a gente gosta quando tem 12 anos.

AHHHHHHHH, MAS AGORA TÁ EXPLICADO.

Aí tinha esse outro menino (tudo no memo ano, porque a gente larga a barbie num dia e siapashona por 3 boy no outro) que eu capotei memo, sabe? Era muito amor. A lista de cagada juvenil por conta desse boy não tem fim. De pichar o muro do prédio dele e apagar com pasta de dente (sério) a brigar com rapazes 3 vezes maiores que eu (nem vale a pena a história), eu fiz muita burrada. Mas no fim, o que eu fazia MAIS era escrever lindas cartas coloridas e românticas, que eu deixava embaixo da porta dele. Pelamor, que ridícula. Aí eu escrevi uma lá que eu pensei AGORA VAI e fiquei tão esperançosa que dei plantão na porta do prédio pra esperar que ele se declarasse. Mas foi um rebosteio tão grande o momento do encontro que no fim ele gritava que nem encostou na carta e queimou pra não pegar minhas doença (feiúra).

VINTE ANOS DEPOOOoOoOOoOoOoIS, a gente já se relacionava nas rede social também (vai entender a razão de eu aceitar solicitações de amizade bizarras), tudo muito cordial. Um dia mencionei as benditas cartas coloridas e logo mandei mensagem pedindo perdão pelo vacilo, que eu nem queria treta, foi só uma lembrança mesmo. E ele:

- que vacilo seria esse?
- falar das cartas que cê queimou tudo, constrangedor e tal.
- eu não queimei não, sua troxa. eu guardei todas, eu amava aquelas cartas.

AHHHHHHHHHHHHH, AGORA EU ME ACALMEI.

Agora o estrago tá feito, né?

Pode ter sido isso? Pode. Pode ser essa a razão de eu ter crescido com autoestima negativa. Super pode. A primeira vez numa dessas festinhas americanas que eu dancei com um CERUMANO e não com uma vassoura, eu devia ter uns 11 anos e o menino estava claramente com dó. Ele era o único que tinha coragem, então eu ficava 120% chatyada se ele não estava numa festinha.

E era assim a vida no geral: as pessoas chamando de feia o tempo todo, mesmo que eu nunca tenha perguntado.

Infelizmente ainda é.


*****

Cê olha minhas fotos pelas internets de meldels e não tem aquela profusão de liiiindaaaaa, gaaaaata, maravilhosaaaaa que a gente vê por aí. Ou eu tenho péssimos amigos - péssimas amigas, que meninos nem comentam nem curtem minhas fotos - ou eu sou um tribufu além de toda a amizade que alguém pode me dedicar, né?

Eu vi um post na rede social feice que era, em resumo: a pessoa vai cortar o cabelo, diz que ela vai ficar linda. Se ela fala que vai deixar crescer, fala que é isso memo, seu cabelo é maravilhoso. E por aí vai. Sabe? Eu preciso DESSAS amigas. Eu SOU essa amiga. Às veiz a miga não tá linda? Às veiz não tá. Mas ela tá se sentindo ótima, também não tem nada de errado, só não é do seu gosto, sei lá. Acho importante esse apoio, sabe? A pessoa tem mais é que se sentir maravilhosa mesmo, tá corretíssima. 

Eu tenho umas amigas (e outras não tão amigas assim) que são bem mal diagramadas, sabe? Não sei se é gosto pessoal, falta de proporção áurea, preconceito personalístico (quando a pessoa é meio bocó e cê enxerga ela meio feia por causa disso), assimetria. Pode ser um monte de coisa. Mas a pessoa não agrada os olhos e tal. Passa um tempo, a fia descobre uma autoestima ~interior~ que não se sabe de onde veio e logo o universo tá todo acreditando, sabe?

Cê acha que elas tão erradas? Eu já achei! Pensava "mas como é que pode, né? essa pessoa se olha no espelho E SE AMA, pensa numa distorção visual!". Mas elas é que tão certas! Elas se acham e o mundo acha de volta também. Hoje em dia eu só invejo.

Porque olha, eu e meu espelho não nos falamos.

Inclusive hoje eu comprei um batom de péssima qualidade (e era Natura, cê veja) e fui testar na hora, não tinha espelho, usei a câmera frontal do celular, a claridade tava cegando tanto a mim quanto a lente, não vi direito o resultado. Meia hora depois, passei por uma base duns 20 espelhos, sempre pensando que eu tinha que ver a situação do batom e qual não foi minha surpresa ao me dar conta que não olhei meu reflexo nenhuma vez? Não olhei memo, nunca olho. Eu vivo descabelada porque o cabelo é mei bosta, mas também porque não vejo que saiu do lugar. 

Lembra uma vez que saiu uma nota de uma modelo famosa falando que se olhava só uma vez por dia no espelho? E o povo desatou a chamar de porca porque a gente escova os dentes pelo menos 3 vezes (idealmente). Eu me dei conta que escovo os dentíneos, verifico a situação bucal e IGNORO o resto da minha cara. Do tipo que eu não noto se tem uma coisa colada na testa, se o cabelo mudou de lado, se o olho tá todo borrado do rímel que eu passo pra prevenir que eu coce-lhos o dia todo. NÃO VEJO. É um treinamento avançado em me ignorar TÃO GRANDE, que eu já fui brigar com uma menina que tava me encarando no shopping e era só eu no espelho de uma coluna.

TÁ, MAS ISSO TEM O QUE A VER COM METAFÍSICA, KIRIDA?

I

Cêis sabe que eu não tenho um rim, né? Eu evito dizer qual dos dois que é porque acho que isso é muito íntimo do cidadão, as pessoas só precisam (?) saber que tem um só.

II

Estou há dias (uma vida?) sendo acometida por muitas dores e pelo que parece ser um boicote generalizado do meu organismo de mim para comigo mesma, dores essas que nada têm a ver com o item I.

III

Eu não sei muito (não sei é nada) sobre metafísica, mas esse livro vem passado pelas gerações da minha família e diz o que você está fazendo de ~errado~ quando cada parte do seu corpíneo sofre. Ainda que eu não saiba se metafísica é uma ciência válida ou não, eu posso dizer que esse livro ajudou com um problema bastante sério em outra época da minha vida, de modos que não custa nada tentar de novo.

IV

Tava eu passando o zóio no livro (pois índice horrível) pra achar a parte que realmente me importa, quando passei pela parte "rins" (não é o que eu tô procurando), que eu nunca tinha lido com calma, porque sempre tem coisas mais urgentes pra resolver. Vejo RINS e resolvo dar uma lidinha. "Correspondem à capacidade de amar e se relacionar".

Vejem, eu já tô rindo (de nervoso).

"A maneira como a pessoa se relaciona é determinante para sua felicidade afetiva; consequentemente, promove um bom funcionamento dos rins."

EITA
NÓIS

Chego na parte que fala do rim que eu não tenho (cada rim representa uma coisa diferente) e sobre esse rim específico o texto é o seguinte (as madame que forem ler vão saber que rim que é? Vão. Precisa vir aqui gritar bingo? Não.):
"Metafisicamente, refere-se à relação consigo mesmo. Manter a auto-consideração, uma boa auto-estima, o respeito e o amor próprio são atributos indispensáveis para a edificação de personalidade saudável, contribuindo também para a saúde do órgão."

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Estaria explicada aí a razão de eu não ter autoestima, gente? O órgão que regula issaê caput quando eu era criança e aí faz o que? Transfere o amor próprio pra onde? Tô revirando o livro pra ver em qual órgão eu posso guardar o amor por mim mesma e... NADA.

"Os problemas que afetam esse órgão metafisicamente estão relacionados com os conflitos internos provocados pelo sentimento de inadequação e pela auto-reprovação. Punir-se pela sua conduta no relacionamento, reprovando seu desempenho, e culpar-se por tudo aquilo que sai errado na convivência é altamente nocivo ao bem-estar, podendo também comprometer as funções desse órgão."

AH, MAS AGORA TÁ RESOLVIDO. Parei hoje mesmo com o instinto auto destrutivo, pode deixar. 

¬¬

Posso concluir na via contrária a mesma coisa? Faliu o órgão, faliu a capacidade de administrar conflito interno? Porque é o que parece.

E, finalmente: "por trás de qualquer problema renal existe uma pessoa com grande dificuldade para estabelecer vínculos afetivos."

Poxa, eu num tinha notado?


ENTÃO VOCÊS ME DÊ UM TEMPINHO PORQUE EU VIVO HÁ MAIS DE 25 ANOS SEM UM RIM, OK

A parte boa das notícias é que: "quando um rim precisa ser removido pela prática cirúrgica, o outro se expande pra suprir sua ausência" e isso nóis sabe que é verdade, pois milhões de cintilografias pra provar. O rim gigante é aquele responsável pelo amor ao próximo e isso é óbvio, já que, bom, eu sou a TRÔXA OFICIAL DO UNIVERSO e fico sem comer se tiver alguém passando fome. Eu tenho EXTRA TERNURA, um oferecimento de um rim super desenvolvido. "Uma pessoa consegue sobreviver bem somente com um rim". (Isso depende do que se entende por bem, mas isso é discussão pra outra hora.)

"Analogamente a isso, se em algum momento da vida nos encontramos sozinhos [todos], sem alguém para amar e nos relacionarmos, isso não representa que está tudo acabado."

UFA ¬¬


*****

Aí eu tava rolando as páginas pra chegar no rim e passei pelo que? Isso mesmo, pela hemorragia nasal. Mês passado eu tive uma que pensei que fosse morrer, porque eu nem senti começar. Meu nariz coçou, passei a mão e ela saiu tipo cena de guerra. Olhei no espelho e parecia que eu tinha levado um soco e NADA estancava a desgraça do sangue. 

"Metafisicamente, os constantes episódios de sangramento nasal estão relacionados com a falta de reconhecimento do próprio valor." (...) "A baixa auto-estima também é um traço marcante daqueles que são acometidos por essa hemorragia. Fazem tudo com muita perfeição para obter a consideração dos outros. Como isso raramente ocorre, sentem-se inferiorizados perante os demais."

C-C-C-C-C-C-COMBO BREAKER!!!!!!!!!!!!!

Eu nem vou me atrever a abrir o volume que eu tinha na cabeceira, que era o das condiçãs respiratórias, até porque tem uns 27 posts sobre isso no arquivo. Mas eu não duvido que eu descubra uma frase perdida lá dizendo que quem tem alergia não vai com a própria cara.

Mas é isso aí. 

Se tem gente que fala "eu sou nervoso, mas é que eu sou de peixes, né?". 
Se tem gente que fala "nossa, eu tô melhorando só com homeopatia".
Se tem gente que fala "é que minha personalidade ~é forte~".

Cêis não vão me recriminar se eu disser "isso é culpa da metafísica, da perca de um rim, do meu nariz sangrar, do meu sistema imunológico sem noção", né?

Eu só quero saber onde tá no livro a parte que explica eu ser desprovida de beleza, porque aí eu posso me justificar e parar de tentar reverter o quadro etc HAHAHHAHAHA PEGADINHA (NÃO)






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PS: O disqus está aí e tem gente achando que não dá mais pra comentar anônimo ou sem cadastro.

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PRONTINHO.

A diferença é que, por padrão, esses comentários dependem de moderação até aparecerem. O que significa que eu preciso lembrar de olhar a página de administração do disqus. Mas todo mundo será publicado, inclusive se falar merda.

:)