segunda-feira, 6 de abril de 2015

what is love

(baby, don't hurt me)






Gente, que coisa horrível é estar apaishonado. Como as pessoas vivem dessa maneira? Eu provavelmente vou emagrecer 80kg (o que seria excelente), porque eu não consigo mais comer. Sei que vou encontrar a pessoa e minha bochecha começa a arder de um jeito esquisito, aí fico com 40 graus de febre queima pra valer enquanto o entrevero ocorre e a bochecha permanece queimando por mais meia hora depois que cada um vai pro seu lado. Meu cérebro opera em modo de segurança o tempo todo e a ibagem do infeliz parece hao123, porque eu não consigo nem desinstalar, nem fazer parar de rodar. É UM BUG SEM FIM. Quando não estou falando do bendito mestrado, estou falando desse boy. Desculpa, gente. 

Porque assim, tamo aqui numa timeline útil de 4 semanas, que evoluiu de um "te conheço?" pra "vem cá, vamo fazer planos pro futuro". Massss, nada aconteceu de verdade, obviamente, senão eu não estaria aqui me descabelando.

A frase que eu mais falo pros meus amigos é: que medo de dar tudo errado e não sobrar caquinho pra catar. Quando vi a ceninha ali do print, entendi exatamente como Amelia estava se sentindo (menos as drogas, os vício e o bebê perdido, é claro).

Porque assim, eu já me encantei por ~rapazes~ antes, é claro. 

Tipo, de vez em quando cêis desenterram uns posts (eu vejo tudo da minha sala de controle) e meia dúzia de gentes desenterraram esse aqui, de mais ou menos um ano atrás, em que eu tinha acabado de ser ignorada pelo moço que hoje me tira o sono e de compreender que o ~amor da vida número 4~ estava em um relacionamento sério (que ainda perdura). Mas o que eu quero dizer é que já estive em situação de amor anteriormente.

Só que todas elas aconteceram antes dos 20 anos (inclusive esse moço do outro post, que eu conheci com 14, shhhhiu) e sempre tiveram uma dinâmica do tipo 

- será que esse moço tá interessado em mim?
- não pode ser, mas acho que tá interessado sim.
- minha nossa, ele super tá interessado.
- CACILDIS, EU TAMBÉM TÔ!!111
- perdi o timing e o moço se fué.

Nunca antes na história deste país eu me interessei por alguém que nem tinha muita noção de que eu existia, não esboçou nenhuma faísca de interesse por mim. E também a coisa de curtir a inteligência alheia sempre dificultou um pouco eu achar meus namorados ou amores platônicos lindos e o moço em questã é tipo de uma ordem de lindeza que ultrapassa a barreira da realidade. Eu digo "ele é lindo" e as pessoas acham que tô enfeitiçada. Eu mostro ibagens e vejo o choque na cara das pessoas, que respondem com muita suavidade "putaquopariu é lindo mesmo". 

É um pesadelo.

Que medo horrível é esse de ter o corazón esmigalhado, não sei como a humanidade aceitou essa realidade até hoje. Você fica com aquela sensação de que, sei lá, vai abrir um buraco nas carne das suas coxa e rolar no chão que é pra infecção acontecer POR VONTADE PRÓPRIA. Sei lá, tô me sentindo meio perdida, nem metáfora inteligente eu consigo fazer.

(Inclusive: inteligência, pra onde foi?)

Mas tem duas coisas que muito me apavoram predominantemente:

- perder minha personalidade e
- desrespeitar o próximo.

Nunca vi as pessoas se apressarem tanto pra dar conselho na vida como quando eu falei que tava amando. Acho ótimo, sinto o amor e as good vibes emanando, mas vamo deixar aqui bem claro: tô nem escutando? Nunca na minha vida eu pedi opinião pra nada, não vai ser agora. É um festival de "fala com ele", "ignora ele, "pede o telefone dele", "manda mensagem pra ele", "arranja assunto pra falar com ele", "descobre onde ele mora", "adiciona no feice", "chama pra sair", ô, gente!!!1111 primeiro que: kd novidades aí? Poção do amor nº9 ninguém oferece. Ninguém conhece a dinâmica entre mim e o menino, ninguém sabe o que a gente passa, a lerdeza com que as coisas se movem e tantas outras particularidades, num tem muito o que aconselhar, sério mesmo. Eu não vou fazer a surtada desequilibrada que vai olhar pra cara dele no meio de uma terça à tarde e falar "qual seu whatssss?". Mas não vou merrrrmo. Não tem clima pra pedir celular, não peço e fim. Duas semanas atrás não tinha clima pra inventar assunto e sentar do lado, agora já tem, vamo com calma que a vida leva.

Inclusive curto muito essa vibe de ir vendo qualé. Eu não sou muito paciente, é verdade. Por mim, já tinha ido lá falar "mino, cê é lindo demais, meldels, vamo se beijar?", mas se não assim que a sociedade se sustenta em pé, eu aceito. 


De modos que eu tento encontrar diversão nessas de ir analisando cientificamente as possibilidades do negócio ir ou não ir pra frente. Como vocês podem reparar, ainda tô acreditando que é possível. Apesar de as coisas estarem andando numa lentidão que OLHA. Como eu digo pras amigue: é uma maratona. 

Vai ver essa coisa de sentir paishón também sirva pra transformar a pessoa num indivíduo maduro? Vamos ver.

Só sei que eu vou agindo conforme a possibilidade. Deu pra falar um oizinho? Eu falo oi. Deu pra almoçar junto (heh), almoço junto. Deu pra passar a tarde conversando sobre as alegrias de morar na europa, OPA, VAMO CONVERSAR A TARDE INTEIRA. E, se mesmo assim eu não obtiver um número de celular, eu não vou forçar nada.

Se daqui um ano vou me arrepender DE NOVO, é responsabilidade exclusivamente minha, não das dicas furadas que cêis me dão.

Até porque isso tudo aí era o medo número 1, o de ficar louca. O medo número dois é o que causa isso tudo aí: desrespeitar o amiguinho.

Porque se tem uma coisa que anos de coração gelado me ensinaram, foi que você não é obrigado a gostar de ninguém, só porque essa pessoa gosta de você. Que exploda uma corda vocal de cada idiota que falar "eu amo por nós dois", "você tem que entender que ninguém te amaria mais que eu", "você tem que aceitar o amor que eu te dou". 

TEU. CU.

Então não é porque eu tô, pela primeira vez na vida, disposta a ser um cerumano melhor e amoroso e devotado e etc que o rapaz vai olhar pra mim e pensar "é isso aí, vou namorar essa fia, ó como ela olha pra mim como se eu fosse uma coxinha recém frita!". Não é obrigado.

A única coisa que eu posso fazer é ficar 120% feliz, porque a primeira coisa elogiosa que ele disse a meu respeito foi que eu sou inteligente ♥. Pode ser porque não sou bonita e dificulta falar "nossa, cêé linda"? Pode. Mas ninguém é obrigado a chamar ninguém de inteligente e nenhum homem se sente obrigado pela sociedade a avisar que ele fez o favor de te achar inteligente (como acontece com linda, gostosa e adjetivos ligados ao visual que a gente tem que levantar as mãos pro céu quando o moço vê, né, mores? ¬¬), então achei muito maravilhoso.

E daí pra frente é continuar sendo a pessoa mais legal do mundo, o que de fato eu sou (kkk), ser engraçada e divertida e, sei lá, meus pontos fortes do eu interior. Porque mesmo que eu fosse a Gisele Binsh, não quereria dizer que estaria automaticamente entre as pessoas que o moço acharia gatínea, né? Tem gente que curte muito mais a Carol Castro, por exemplo. 

*****

Ousseje, é isso. Não sei o que fazer, não sei como lhedar,  não conheço limites, não sei brincar disso aí, não sei esperar, não tenho paciência e não quero ofender ninguém. Bem simples esse negózdi ~cortejar~.

Se eu não enlouquecer até junho (sei lá, dia dos namorados? aniversário do bofe anterior? meio do ano? festa junina? fim do primeiro trimestre do mestrado?), quem sabe até o fim de 2015 eu não tenho um namorado lindo, inteligente e de quem eu gosto - uma trindade que nunca aconteceu na minha vida.

Vamos todos MENTALIZAR POSITIVO na era de aquário da minha vida.

(ainda não teve emoji nenhum, então não tamo namorando, 
de acordo com a internet. mas já teve emelho e quem manda 
emelho nos dias de hoje se não for amor?)