quarta-feira, 21 de novembro de 2012

I’m not gonna marry him


Or anyone at all. Ever.



Sempre que eu começava a falar de um ~rapaz~ novo, minha irmã achava pertinente perguntar: você gosta dele?

A resposta era sempre a mesma. “Eu não vou casar com ele.”

Ela dizia que não foi isso que ela perguntou e eu dizia que gostava de passar o tempo com ele naquela hora, mas não significava que gostaria no dia seguinte. Responder apenas “sim” implicaria em continuidade do sentimento que eu não poderia garantir nem pela próxima meia hora.

Um dia ela parou de perguntar e eu parei de usar essa resposta.

O problema é que você vai se aproximando dos 30, chega nos 30, passa dos 30 e as pessoas filosofam que a essa altura os namoros têm que ter objetivo, que se você não está com alguém pra casar, então você está só perdendo o tempo da pessoa.

Gente. Milarga.

De modos que eu aboli esse negózdi namorar da minha vida pra todo o sempre, aleluia. E me dá comichão se nego vem com essa ideia pro meu lado. Porque beijocas aleatórias não são suficientes e viram uma obrigação e isso vira namoro e aí o infeliz vem com papos de “mas morar junto é tão mais prático” e SAI DAQUIIIIIIIIIIIIIIIIIIII. Na minha vida eu só vou morar junto com a minha mãe, me deixa. Ok, talvez um dia eu tenha uma samambaia.

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Apesar de eu não gostar de ninguém nunca, todo mundo desenvolve essa ideia estapafúrdia de que eu quero compromisso e amor eterno. Sei lá de onde isso sai, deve ser algum TOC ou alguma outra desordem psicológica, porque eu realmente fico nervosa se alguém depende emocionalmente de mim.

Eu fico lá encantadinha forevis and evis se o moço é independente, mas tem um espacinho na agenda pra mim. Mas basta eu virar o foco e o moço arranjar espacinho na agenda pra vida que FOM. Por favor, não precise de mim, não dependa de mim, não planeje seu futuro pra mim.

O engraçado é a quantidade de relacionamentos que já terminaram porque o indivíduo acreditava que *eu* estava amando demais e esperando muito. O mais engraçado ainda era um mês depois o mesmo fofo perguntando se não rolava de reestabelecer o negócio.

Não dá, fio. Vocês não sabem brincar.

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Por mais que eu não goste de ninguém nunca, eu não canso de me surpreender quando as pessoas não gostam de mim hahaha. Juro.

Tipo.

Despeito mesmo, apesar do sutiã duplo D.

O cara fica todo trabalhado no mimimi se eu quero alguma coisa. E ó que eu sou super low maintenance, muito difícil eu pedir alguma coisa. Claro que é parte pelo fato de que eu não vou ceder pra NADA que me peçam, mas ué, pedir não ofende.

Aí eu peço uma coisinha de nada e é o apocalipse, pqp, Vanessa, não quer mais nada não?

Então eu decido que o fio não vale a honra da minha companhia e sigo a vida. 38 meses depois ele tá fazendo pra uma mocreia o que eu pedi, só porque ela acha válido esse negózdi alterar o status do facebook.

Aliás, depois que inventaram aquela mongolice de página de casal é que eu não mudo o status do meu facebook nunca mais.

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O caso é que eu não consigo evitar uma pontinha de decepção quando eu vejo que não é que a pessoa não quisesse aquilo, é só que não queria comigo. O fato de EU não querer absolutamente nada com ela é totalmente irrelevante. Teoricamente ela não saberia disso enquanto eu estou lá, porque eu posso estar entediada, mas eu ainda sou muito maravilhosa enquanto companhia ainda que efêmera. Se a vibe que eu emano fosse tão poderosa pra dar a dica assim, a pessoa não teria medo que eu estivesse over envolvida, não acreditaria que eu estivesse over envolvida, não esperaria que eu estivesse over envolvida!

De modos que eu concluo que na verdade, não sou eu que estou de má vontade. São os outros que não são bons o suficiente mesmo.

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Me pergunto quanto tempo eu ainda aguento nessa palhaçada de relacionamentos insignificantes ou quando eu vou encontrar alguém que esteja disposto a só passar o tempo sem torrar minha paciência com DR e conexão e profundidade e ai que saco.

Amor eterno não acreditamos, ousseje, provavelmente nunca experimentaremos.

De modos que eu não quero deuzulivre divulgar assim meu tumblr, mas acho que algumas coisas que eu posto lá pra conforto próprio devem ser postadas aqui nessa nova tag do amor, pra servir tipo um heads up pra galera ficar longe. Facilita a vida de todo mundo.

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E não, eu não acho que estou querendo demais e não acho que baixar os padrões seja uma solução válida. Talvez pra alguém que não seja sensacional. Não pra mim.

Um beijinhos nas vossa fronte.