quinta-feira, 20 de outubro de 2011

desorientada

as coisa no retrovaisor tão mais perto que parece kkk

Agora virou ~modinha~ que toda primavera eu tenho que tomar esse remédio que me deixa muito bocó. Tive que escrever a frase anterior 8 vezes, até todas as palavras estarem nos lugares certos, por exemplo. O negócio me deixa confusa, esquecida, biruta, de mau humor, chorona, distraída, sem fome, sem sede, sem sono, sem nada. No limbo.

Mas eu consigo respirar e, aparentemente, essa é a única coisa realmente importante na vida.

De modos que assim como se faz com idosos, gestantes e pessoas portadoras de necessidades especiais, todos têm que ser bem legais comigo de setembro a março. RISOS.

Falando em gestantes e em breaking outs, o universo achou de bom tom colocar pelo menos uma grávida em cada um dos meus círculos sociais. Já reparou como a gente tem o dom de respirar e contar até mil de trás pra frente quando tem uma grávida por perto? Todos é bonzinho com grávida, até a pessoa maluca, quimicamente alterada por medicamentos prescritos. Aí eu fico aqui parecendo calma, mas indo limpar a baba de meia em meia hora.

Vou arranjar uma gravidez psicológica, pra ver se todos fica bonzinho comigo.

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Olha, esse remédio me deixa tão fora do ar que eu tava ali reavaliando o mesmo período do ano passado e olha. Num tem condição. Eu deveria estar trancada numa instituição até essa marola passar.

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Este remédio específico não me manda ficar longe de máquinas pesadas, tipo carro, por exemplo. De modos que eu tenho dirigido normalmente. E olha, se um dia eu me peguei imaginando que estava a uma minivan e quatro filhos de virar uma soccer mom, meua mô, agora não falta mais nada. Don’t ask.

Pois aí que eu tenho um hábito adquirido geneticamente, que é o de buzinar. Se no mundo eu preciso falar e não há meio de falar com os amiguinhos de pista (kkk), a buzina é minha única forma de conexão com os outros motoristas e eu buzino mêmo, tá no carro é pra usar, ASSIM COMO SINAL DE SETA, FICADICA. (Ques tanto de vírgola.)

Se a pessoa faz bobagem no trânsito, o outro amiguinho tem obrigação MORAL de buzinar. A pessoa tem que saber que Deus alguém tá vendo e acertar na próxima.

Aí vem o cerumano do sëx masculino fazer cagada na minha frente. Quiqui eu posso fazer? Descer a mão na buzina, né? Quiqui o primata equilibrado faz? Olha no retrovisor e faz um gesto cas mão pra insinuar que eu seja louca.

Aí eu olho pro retrovisor dele e faço um gesto ca mão também, de que ele é barbeiro. Aí ele fica locão e me mostra o dedo do meio. Sem perder a calma, eu faço um gesto com dois dedinhos, mostrando o tamanhinho e perguntando se procede.

Se os moço tão orgulhoso dos seus pipi fazem um sinal gráfico de pipi como se fosse uma coisa ruim, a gente só conclui que ele não sabe fazer a mágica, né?

Aí o moço estressa que foi chamado de pipi pequeno e transforma seu carro num tênis de luzinha de criança hiperativa e freia tanto, dá tanta ré (ops) e liga até o sinal de seta, que o bagulho pisca a ponto de te dar um ataque epilético.

E você, que está super calma (de verdade) atravessada no cruzamento esperando o homem das cavernas possuído superar uma buzinadinha, só olha no retrovisor dele de novo, rindo, diz movendo os lábios lentamente e apontando a rua perpendicular, com carros esperando pra passar: “baaaar-beeeei-roooo”. Ni qui ele faz o que deveria ter feito desde o princípio, acelera e vai embora.

Nesta noite as moça pode tudo dormir sossegada, porque taí um pipi pequeno que caiu pelas próximas 24 horas. De nada.