terça-feira, 12 de julho de 2011

não me encosta, façavor?


Só eu que tenho aflição de coisas oferecidas pelas quais eu tenho que pagar?

Só eu não sei construir frases que façam sentido?

Sabe telemarketing? Nego liga no meu telefoninho pra me perguntar se eu não quero um aparelho novo, uma operadora nova, um plano novo, um cartão novo, um banco novo, um político novo. Ligar pra perguntar se eu quero um nariz novo, ninguém liga.

Mas assim: eu sei onde adquirir essas coisas, certo? Se eu quiser, eu vou lá, certo? NÃO ME LIGA, ENTÃO.

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Ainda se fosse só no telefone, tava lindo. O telefone lá de casa é um som que eu ignoro e meu celular eu só atendo se estiver na agenda. Impressionante, se não estiver na agenda é sempre engano, nem perco mais tempo.

Mas tipo igreja. Tem mais igreja que padaria nesse mundo. Pra ser bem sincera, entre minha casa e o trabalho (umas 10 quadras? 15?) do lado de cada padaria tem uma igreja, praticamente. De modos que se eu quiser me conectar com o plano superior, é só escolher. NA FRENTE do meu lar tem uma igreja, daquelas que acreditam que o Senhor seja surdo, então eu não preciso nem sair da minha sacada pra participar do culto. Igreja delivery, praticamente.

Num sei de onde tiraram a ideia de mandar testemunha de Jeová nas nossas porta. “Você tem um minutinho pra ouvir a palavra do Senhor?”. Tenho não, meu filho. Mas já que seu tempo tá sobrando, vamo parar de praticar bullying espiritual e vamo num asilo ler pra velhinho? Qq6achäo//

Pelamor.

Mas tem o ultimate harassment, praticado pelos amigo da universal. Cê tá lá, exercendo seu direito de ir e vir (que em algumas horas é mais dever, mesmo), com pressa, no sol, nego vem em dupla te cercar e te entregar um papel, onde você só tem que anotar um pedido. Se o Senhor conceder a graça, você volta lá pra agradecer e deixar toda sua mesada, sem compromisso.

Catei o papel e escrevi “querido santo Antônio, me arrume um matrimônio”.

Pergunta se não tentaram me tacar até água benta.

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Aí eu tava lá entediada e passei a tarde alternando entre a premiere do último Harry Potter pelo youtube, alguns episódios de Doctor Who Confidential e Sherlock. Tudo sem legenda, né, que essas coisa não são popular aqui pra essas banda.

Meia hora depois de derreter meu cérebro com tanta ““““““televisão”””””, tava subindo a rua pensando em inglês, com um lindo sotaque britânico (todo misturado, ô país pra ter sotaque, pelamor Guilherme, não me julgue), quando uma pessoa de prancheta me aborda na frente duma escola de inglês.

Pausa: aquela dúvida sobre fazer ou não propaganda.

- moça, você já fala inglês?

- sim.

- how can I know if you’re telling the truth?

- maybe you'll believe me if I tell you I was thinking in english before you interrupted me.

E o cara agradeceu a atenção e me deixou ir embora cos meus pensamento mongol bilíngüe.

Só o que me faltava, esse xarope agora toda tarde querendo me vender curso de inglês NA FRENTE da escola. Tá chamando de burra também? Porque só assim pra não ver aquele caixote azul e pensar “poxa, preciso aprender inglês, será que eu entro aí?”. Blé.

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Em evento totalmente não relacionado, mas que eu queria dividir com vocês, ontem eu vi o moço bonito da barba alienígena.

E ontem eu finalmente descobri o nome do moço, que é Creisso. Mentira, não é Creiço, mas é tão feio quanto.

Eu acho que deveria existir uma lei proibindo homem bonito de ter nome feio. Li uma vez um livro em que a pessoa dizia “o homem da sua vida nunca vai chamar Vanderlei. É até uma indelicadeza o homem da sua vida se chamar Vanderlei.”. Olha, meus amô. Se você ama/é [/orkut] um Vanderlei, não se ofenda. É só um exemplo. Tipo um menino LHINDO que tinha no meu campus quando eu tava no ensino médio que chamava Roberlei. QUEM quer apresentar um Roberlei prazamiga?

Eu tenho preconceito nominal.

Mas aí tava lá Creiço e sua barba exótica, com seu shortinho de franjinha, olhando o horizonte, cercado por umas 30 pessoas. Em silêncio. Aí Creiço me vê descendo as escadas e, enquanto pessoas carregam as outras nas costas e ficam com bochechas vermelhas (nem pergunte), Creiço pergunta:

- aí, galera? Fico melhor de barba ou sem barba?

Quase quebrei o vidro pra voar parede adentro, gritando "SEEEEEEEEEEEEEM", mas achei que ia ser meio inconveniente.

Então ele começou a relacionar a barba com parecer adulto, mas moço, você já deve parecer mais velho do que é, TIRA ESSA PORCARIA DA CARA. Aí ele começou a relacionar a falta de barba com cara de saudável e eu comecei a achar que ele de repente pode jogar no mesmo time que eu, o que inviabilizaria o amor, anyway. Mas ele perguntou enquanto eu tava passando de propósito, eu sei [/loca do egocentrismo], então eu só concluí que ele não tem namorada mesmo e super tá me querendo.

Vou sair daqui e passar no supermercado e deixar um pacotinho de Mach 3 na mão, pro caso de necessidade.

Mentira, não vou não. Não há maciez facial que conserte o nome CREIÇO.

Forever alone.

A não ser que apareça um britânico, usuário do vocativo LOVE e com todos os dentes brancos e naturais. E sardas. E cabelo bom. Aí pode vir até com um nome tipo Bronwyn, que eu tô aceitando.

Heh.

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Falano em dente, hoje eu vi uma entrevista com Alex O’loughlin em que a moça perguntava pra ele qual era o tipo de mulher que ele preferia.

Ele respondeu “uma que tenha dentes” e, mesmo ele sendo australiano, eu tive certeza de que nascemos um pro outro.

Beijo, sejam felizes, tchau.