segunda-feira, 31 de agosto de 2015

bloglovin

Aparentemente, meu blog está no bloglovin e eu preciso de um post pra provar que ele é meu :P

Ainda sei nem pra que serve, mas se é meu, é meu. Heh.




Pra não dizer que não postei nada útil: que dó ver tanto post legal soterrado nessa loucura de agosto, não? Quem será que vai ter paciência pra achar o que presta aí no meio de 31 posts só de agosto D:




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PS: migas que me citaram no BEDA ou que têm meu blog nos seus blogrolls, dá uma comentadinha aqui? Eu quero atualizar o meu com o amor todo que eu recebi neste mês (e antes dele, mas nunca notei).

blogday

Eu jurava que o blogday era uma coisa tipo "top 3 blogs que você mais gosta" ou só pra indicar os blogs que você mais gosta, mas tudo na vida tem regras. Eu não sei se esse post vai configurar blogday, mas é o que eu consigo fazer.

As regras:

Indicar 15 blogs, em 3 categorias

- 5 blogs que não saem do meu feed 
- 5 blogs que eu conheci no Rotaroots 
- 5 blogs para sair da rotina

Gente, eu juro que tento conhecer blogs pelo rotaroots, mas é muito difícil pra pessoas como eu. O ritmo de postagens lá é imenso, eu geralmente leio o assunto do tópico e 5 respostas e fim. Raramente pessoas fazendo autopromoção me motivam a entrar em seus blogs. É horrível, eu sei. Da mesma forma, raramente pessoas chegam aqui dizendo que me viram por lá. É a vida hahaha. Devo pular completamente essa categoria.

Os blogs que não saem do meu feed, sem zoeira, é porque eu não lembro de entrar neles automaticamente.  Os 3 blogs que eu tinha separado pra indicar aqui são daqueles em que eu sempre entro, porque gosto de verdade. Nos feeds estão esses blog de estilo, moda, sei lá, essa gente que ganha dinheiro postando, porque assim eu deixo juntar uma semana de post e, se nada me interessar, eu marco tudo como lido sem abrir :P

E não faço a menor ideia do que indicar em ~blogs pra sair da rotina~. Diz a explicação que é pra indicar blogs que não falem da mesma coisa que o meu. Considerando que só o meu fala de mim, qualquer blog é pra sair da rotina. Masssssss, eu não leio muito blogs que não sejam diarinho, ousseje. Lasquei-me.

Provavelmente vou manter a proposta original da minha própria mente e indicar quem eu gosto e ponto final.


Ninguém lê esta porcaria (x)



Acho que é um dos primeiros blogs que eu passei a acompanhar. Vocês podem acreditar que eu gosto muito do conteúdo, porque odeio fundo preto com letra branca, odeio esse topo dos porquinhos (eu vou tirar essa imagem daqui muito em breve, odeio tudo sobre a forma desse blog. No host anterior, quando comecei a escrever, milênios atrás, eu copiava a ideia da Fernanda de chamar as pessoas por apelidos que não fazem sentido, pra proteger a privacidade das histórias. Quando parei de escrever sobre minha vida, parei com isso também.

O que eu sei dela: praticamente nada. Mora no Rio, tinha uma cachorra (não sei se ainda vive), uma irmã e uma sobrinha, temos mais ou menos a mesma idade e nunca entendi se ela trabalha num hospital. Sempre me diverti com as histórias, tirei do blogroll porque ela tinha parado de escrever. Agora parece que tem até página no feici.



Vodca Barata (x)



Ivi sempre foi uma das minhas blogueiras favoritas. Ela sempre falou muito sobre a vida, os boy, as moda, a vó dela e feminismo, quando eu ainda não sabia que era feminista e até me incomodava. Foi com a Ivi que aprendi sobre transsexualidade e entendi que era uma coisa normal. Aprendi muita coisa com esse blog. Ela mudou radicalmente o tipo de postagens de uns tempos pra cá, deixaram de ser sobre a vida e passaram a ser mais sobre a arte dela. Se quiser saber mais sobre essa pessoa incrível, o nome é Adelaide Ivánova (maravilhoso já nascer com nome artístico). Ela escreve, fotografa, tem muita foto dela com frase motivacional pela internet - aí cê já sabe que as fotos são lindas.

Eu discuto muito com a Ivi na minha cabeça. De vez em quando eu não concordo com ela, mas o amor é o mesmo. Nas raras vezes que entrei em contato, por email ou por comentários, ela é sempre muito querida e atenciosa. Eu sinto um pouco de falta da fase diarinho, mas entendo a transformação que algumas pessoas passam. ainda assim, é um blog que vale muito a pena. É bom de ter nos feeds, porque ela atualiza pouquinho e sem regularidade. O flickr também vale a olhada.

Ivi mora na Alemanha, então muita coisa tem essa influência europeia de arte, é muito legal.


Improbabilidade Infinita (x)



Toda vez que eu leio esse blog, eu penso "é assim que eu seria, se eu fosse engraçada". Tenho uma certa inveja, pra ser sincera. Do jeito de escrever, não das histórias hahaha. Sei um total de vários nada sobre o autor. Sei que chama Ygor e tem cachorros. Não faz parte de nenhum dos meus círculos de blog ou de rede social, não tenho a menor ideia de como descobri esse blog, mas me divirto em quase todo post.

É bom botar nos feeds porque a produção também é baixíssima, mas vale à pena pra quem curte o estilo. Lá no blog tem link pra outras redes, tem página do blog no facebook (não sigo), mas parece ser uma pessoa engraçada no geral. No futuro, quando eu tiver tempo, devo olhar as outras redes também.


Satisfeita, Yolanda? (x)


Não tenho a mais remota ideia de como descobri esse blog, nem de absolutamente nada sobre a autora. Nem sei se o nome dela é realmente Yolanda, como é na minha cabeça. É um dos meus blogs favoritos pra diarinho, não sei como não está no meu blogroll (porque eu sou preguiçosa com o template, obviamente, e depois que mexi nas configurações do blogger, não sei como usar nem as funções mais básicas.

Como é possível notar, não sei recomendar coisas, não sei recomendar blogs. Eu leio porque é divertido e eu fico mais feliz quando tem post, esse é meu critério. Como todo blog bom (estabeleci isso agora), tem poucas postagens, bom pra botar nos feeds e esperaaaar. Mas vale a pena a espera.

Fiz uma coisa muito inteligente neste exato momento e procurei links pelo template. Yolanda se chama Clarissa e aparentemente escreve pro buzzfeed. Pro bem ou pro mal, cêis já sabem o que esperar.


E agora, Isadora? (x)


Curtindo muito a mini vibe de nomes com a tríade vocativo - pergunta - nome de mulher. Podia criar um meme de "como chamaria seu blog na tríade?". O meu seria "tá chorando de novo, Vaneça?". Hoje em dia Isa - íntima - é minha miga nas rede social e a gente tem um monte de migo em comum, então somos miga. O blog é cheio de links de redes sociais pra vocês conhecerem melhor. Eu gosto dos posts gente como a gente, só que um pouco diferente. Tipo, Isa viajou pra Cuba um tempo atrás, um lugar onde provavelmente jamais meus pezinhos encostarão. Gosto muito de ver esses lugares pelos olhos de pessoas que gostam deles, porque é um olhar de que eu sou incapaz. 

Ela mora em São Paulo, então é o tipo de blog que pode ter muita coisa legal, porque ela é das minhas de exposição e cultura. Não sei se é realidade ou imaginação, mas acho que ela trabalha com alguma coisa pra criança, tipo publicação pra crianças, sei lá de onde eu tirei isso. Então no blog dela sempre tem coisa bonitinha. 

Obviamente posta pouco, então já sabem: coloquem nos feeds.


Mulher, 25, procura (x)



Eu aaaacho que descobri esse blog no registro de visitas do meu. Pode ter certeza: se você me colocar no seu blogroll e houver um clique que seja pra cá, eu vou no seu visitar. Às vezes minha memória não é suficiente pra permanecer voltando, mas em algum momento eu vou colocar nos feeds ou no meu próprio blogroll e seremos amigos para sempre (aloca). Sei muito pouco sobre Fernanda, porque nossa linda amizade no feice é recente, mas já que ela não deixa rastros no blog, não sou eu que vou dedar. Só sei que o blog dela é BEM diferente do meu (ó eu cumprindo os requisito) e os posts são curtos e bons. Preciso dizer que posta pouco? Não preciso. Melhor estilo de diarinho que existe, porque é sempre engraçado. Até a foto do perfil da pessoa é sensacional. É um dos que eu mais dou F5, pensando POR QUE GENTE ASSIM NÃO FAZ BEDA? Porque blogs bons raramente fazem essas coisas, né, gente.

Pras minhas miga que tão no BEDA: eu disse raramente por causa de vocês. Se não fossem vocês, eu diria que nunca kkkkkkkk.


Te amo, porra (x)



O que falar da Patrícia, que considero tanto? A gente obviamente se conheceu no orkut, uns duzentos anos atrás. Hoje em dia é uma das minhas amigas mais próximas, que estava em tantas épocas diferentes presente na minha vida, que foi das poucas que ficaram do meu lado durante a grande desgraça de 2008 (sobre a qual não falamos) e que é uma das pessoas que estão lá na alegria e na tristeza. 

Não consigo nem explicar o tanto que aprendi com o blog dela. Porque as boas amigas sabem que não adianta ficar pentelhando na sua cabeça as ideologias em que vocês pensam de forma diferente. Mas no blog a gente escreve o que quiser, né? Sou sempre muito grata por ter tido a oportunidade de pensar, motivada por alguém que pensa muito diferente de mim e que sempre me respeitou, inclusive na minha ignorância.

Patrícia é uma das minhas pessoas favoritas no mundo. 

Imagino que não preciso promover esse blog, já que praticamente todo mundo chega aqui vindo de lá, já que ela tem um número expressivo de leitores. Fica aqui como ~homenagem~ mesmo. Ela tem escrito cada vez menos, eu entendo. Na linha de trabalho que a gente tem, às vezes fica inviável usar o blog pra falar do que vem na cabeça. Fora isso, se tem uma pessoa que tem stalker nesse mundo, essa pessoa é a Patrícia. Acendam velas pras pessoas deixarem ela em paz, aí quem sabe a gente não volta a ter um blog bem ativo, né?

Draminha (x)


É um pouco ridículo eu postar esse blog na minha listchinha, porque é difícil o dia em que eu não ouço "leio seu blog e o da Raquel". Não fosse ofender a outra pessoa, eu diria que é quase blog-irmão. 

Não tem muito o que falar. É um blog engraçado, mesmo quando fala de assuntos difíceis ou dias difíceis ou momentos difíceis. Tem link pra tudo quanto é rede social (me sinto meio bocó falando coisas que todo mundo está pensando DÃÃÃÃ, JÁ SEI) e vale muito a pena seguir em todas. 

Não lembro como conheci esse blog, por incrível que pareça, não foi indicação nem nada. Eu descobri o blog de alguma pessoa que era amiga dela, muito tempo atras. E cliquei nos links todos, porque o blog era engraçado. Inclusive, meu critério pra ler alguém por longos períodos é que a pessoa seja divertida e me faça ri, predominantemente. Que ela escreva e não filme é outro.

Bom, Raquel agora trabalha em livraria, então sempre tem um post sobre o delírio social da pessoa frequentadora de shopping, não tem erro. Além disso, ela é culta e sempre posta resumos ou notas pra filmes e livros realmente edificantes, não as bobagens que eu posto aqui. Eu nunca tenho paciência pra ver esses filmes ou ler esses livros, mas recomendo pra pessoas que sejam inteligentes (o que não é meu caso). É um blog que sempre tem atualização, acho que agora tá num esquema semanal. O que é muito bom, porque você sabe que sua dose de entretenimento está garantida por um certo período de tempo. E os posts são grandes, só que bons, o que eu tento muito fazer e raramente consigo.


*****

Então é isso, agora vocês conhecem meus blogs favoritos.

Vai ter miga chateada porque não fez a lista? Vai. Mas não tinha critério nenhum pra escolha, além de ser blog que me prende e me faz feliz 100% das vezes. Também gosto muito de todo mundo que tá no blogroll aqui do ladinho e estou aprendendo a gostar de muita gente que linca aqui, que me adicionou na grande onda de adicionamentos no facebook, que eu tenho colocado nos feeds pra ler quando sobra um tempinho.

Eu devo ter uns 200 blogs no gerenciador de feeds, eu só paro mesmo pra ler quando eu gosto. 

Se eu leio seu blog, mesmo que ele não tenha aparecido aqui, ele está entre os meus favoritos :) 

Se você veio aqui pela dica de blogs, tem 8 pra você escolher.

E é isso. Cabou-se o BEDA. OBRIGADA, DEUS.

Inclusivemente, só ele sabe quando eu volto.

Bgos miu em todos e até a próxima.



domingo, 30 de agosto de 2015

o que eu aprendi com o BEDA



20 dias mais ou menos alimentando este post com lágrimas.

Mas se ele está no ar, significa que hoje é dia trinta e a faixa da vitória já é visível. Estou fazendo muita força pra não comemorar antes da chegada, berrando EU CONSEGUIIIIiIiiiiiI, porque é a única vontade que eu tenho. Nem eu acreditei em mim.

Meta post conta? Vai ter que contar. Heh.


A primeira coisa que eu entendi é que eu realmente nasci pra escrever. Dá um pouco de pavor essa "obrigação", mas a facilidade de dar conta da tarefa é muito maior que, por exemplo, terminar meus exercícios de engenharia da qualidade. Considerando que eu PRECISO entregar trabalhos no prazo, cheguei até a deixar seriados atrasados, só pra escrever. Magina se fosse pra ganhar dinheiro, que incrível? Consigo nem visualizar.

De modos que eu virei a maníaca do post. O dia inteiro pensando "humm, será que escrevo sobre isso?". Até que em algum momento, PÁ, vinha a ideia. Isso lá pelo décimo dia, né? Que a primeira semana funcionou forte com a planilha. Se não fosse ela, não sei o que teria acontecido. Com a ideia maizomenos decidida, eu abro o rascunho e saio escrevendo. O que presta eu posto, o que não presta eu deleto. Neste momento tem 29 rascunhos e eu acho que nada presta, mas vamos ver durante a seca de setembro :P

Chega um momento que todo pensamento vira post. Qualquer coisa. Tô indignada com o preço da alface, post. Alguém chama de feia na rua, post. Escuto uma asneira, post. Caio e quebro o fiofó, post. Sério. Se tava ruim o que vocês leram, agradeçam ao que vocês não leram. Se tem 29 rascunhos, é porque a outra metade eu deletei num surto de auto crítica.

Mas como eu disse no começo: não acredito que ninguém consegue se manter interessante em postagens diárias. Eu vejo esses blogs de estilo com até 2 posts por dia e metade deles eu marco como lidos sem nem abrir. Ninguém precisa de 38 swatches de batom ou esmalte na mesma semana. Ninguém se importa com qual é seu corretivo favorito e eu acho, do fundo do meu coração, que ninguém está nem aí pros "links legais da semana", que todo mundo já viu a semana toda em qualquer rede social e não aguenta mais ver na frente. Da mesma forma, acho que ninguém precisa saber tanto da minha vida, do que eu leio, do que eu assisto, do que eu acho sobre todas as coisas do universo. E eu acho que a consequência de postar um monte de chatice é ver as pessoas perdendo o interesse. É bem engraçado, porque dá pra ver pelo número de acessos, número de comentários e conteúdo dos comentários os dias em que os sacos de vocês estavam mais cheios que o meu.

Outra coisa que aconteceu foi que eu diminuí consideravelmente a minha produção de bobagem no facebook, principalmente. Eu tinha essa sensação de que escreveria muito mais no blog se publicasse aqui, em vez de lá, posts com mais de 2 parágrafos. Mas aqui eu nunca consigo escrever tão ~resumido~, de modos que acaba indo pra lá todo raciocínio menos elaborado. E é automático: se eu copio de lá pra cá, postando ou não postando (lá), eu tenho que complementar pra postar aqui e o negócio multiplica. 

Imagino que meus migo de feice tenham estranhado a diminuição de bobagem em suas timelines ou, sei lá, ficaram tão felizes que só sentem aquela sensação de alívio quando um barulho chato para, sem se dar conta exatamente do que foi que aconteceu.

E, finalmente, como eu tinha começado a aprender nos tempos de blogueira Capricho, a disciplina faz a mente borbulhar. Saber que tenho que escrever, mesmo que seja uma obrigação que eu mesma criei, faz com que meu cérebro mantenha um alarme interno avisando o dia todo que tem que pensar tem que pensar tem que pensar. O que é engraçado é que depois de uns dias, eu já estava 4 ou 5 dias na frente, mas ainda me cobrando escrever. Então fui escrevendo os posts das "extremidades", das segundas e quartas da depressão - em que eu mal tenho tempo de comer e tomar banho, imagina sentar e escrever calmamente.

Logo eu ultrapassei minha planilha e algumas coisas ficaram pra trás. Tem um dia lá que o nome do post é "grosseria gratuita" e eu não faço a mais remota ideia do que estava planejando escrever. Era autobiográfico, provavelmente, mas nada do que eu faça me ajuda a lembrar. Tem o post das moda, motivado por uma blusa de coruja da discórdia, que acabou ficando de lado. Esse eu ainda penso em escrever, só não sei se aqui ou se volto o ~blog de moda fracassado~ pra escrever lá. Decisions, decisions. 

Ficou pra trás também o post do conteúdo da bolsa, um negócio que eu amava fazer em 2009. Só que meu scanner não tava comportando minha necessidade de idiotice e o do trabalho nunca ficou sem supervisão por tempo suficiente pra completar essa tarefa super boba. Vamo vê se eu consigo fazer isso nos próximos capítulos. É um tipo de post ruim demais, mas eu adoro HAHAHAHHA.

Não aconteceu o post dos meus aplicativos favoritos do celular, da minha fixação por nomes irlandeses, do manifesto da amizade (que está no rascunho há uns dois anos), o post da surdez (nem perguntem), os memes do rotaroots que eu tinha planejado postar, tipo os 5 esportes que eu publicaria, um post sobre animais de estimação e mais alguns tão bobos que tenho até vergonha de falar. 

Agora, eu me pergunto: DE ONDE SAIU TANTA IDEIA?

Só dels sabe.

Se farei alguma coisa assim de novo? Provavelmente não. A não ser que algum dia no futuro eu passe a ganhar dinheiros correspondentes às minhas ambições e não tenha mais que ficar estudando e produzindo trabalhos acadêmicos sem fim.

E pra todos vocês que não apenas aguentaram, mas chegaram até mesmo a comentar, meu muito obrigada por me aturarem neste mês.

:´)




sábado, 29 de agosto de 2015

respondendo às perguntas

que ninguém fez

¯\_(ツ)_/¯





*****

Antes de começar, xô colocar aqui uma explicação. (Este post estava programado, assim como a explicação, massss eu vi uma flechada voando pela internet e me perguntei se era indireta. Se era, taí.)

Quando eu digo pra vocês não virem me contrariar em tópicos de discórdia, eu não quero dizer que não pode comentar ninguém que tenha opinião contrária. Eu tava lendo comentários e pensando "quanta gente sensata, que lindo esse mundo que todo mundo concorda comigo" e me deu esse estalo que o povo da opinião contrária simplesmente se calou.

Pode discordar sim. O que não pode é ofender ou tentar convencer.

Exemplo?

Outro dia fiz um post que se baseava no fato de eu não gostar de barba. Em vez de a pessoa comentar o


CORRETO

a) nossa, fia, que coisa, tem gosto pra tudo. amo home de barba, podemo ser amiga, uma não rouba o home da outra.

ela comentou o 


ERRADO

b) você está doente e precisa se tratar. você é feia e não tem moral pra julgar beleza masculina.

PELAMOR, NÉ?

Vocês conseguem perceber a diferença, não conseguem?

****

Na minha planilha, hoje é dia de responder perguntas, que eu pedi pra vocês fazerem muitos dias atrás. Cêis não fizeram e eu não posso fazer nada, plano é plano.

Qué dizê: houve UMA pergunta, da Renata:

se eu tenho microondas. 

Tenho. Não apenas tenho como ele foi protagonista de uma das histórias mais imbecis que eu já escrevi aqui. Mas eu não usolho, porque detesto qualquer coisa feita nesse aparelho estúpido, incluindo água quente.

A exceção é aquela pipoca Yoki que vem com um caramelinho? Única ocasião em que uso esse eletrodoméstico horrível :P

Mas em relação ao banho, eu normalmente esquento duas chaleiras pro banho de caneca vintage. Nem eu tenho uma coisa tão grande pra enfiar no microondas, nem a água dura tanto tempo quente. Eu tomaria banho gelado, mas não tomaria banho com água de microondas hhahaha.



FIM

































MIDIRA

Catei umas perguntas perdidas pelos posts afora, mas nem foram muitas, não se animem. A maioria já respondi nos comentários mesmo, mas vai que os perguntadores não viram, né?


como eu faço PTS

Aquela menor, tipo carne moída, eu vejo se já vem caramelizado ou não. Caso não venha, eu frito a soja um pouco até dourar, aí jogo a cebola e deixo tudo dourar junto. Se for caramelizada, douro a cebola primeiro e termino de dourar tudo junto. Ah, é: com o tempero. Seja sal, seja aqueles troço tipo meu arroz, caldo knorr, já misturo ali. Aí vou colocando água de pouco em pouco, até ficar com textura de mastigar sem estar crocante. Normalmente taco ovo (cru mesmo, pra cozinhar na ~refogagem~), tomate, milho, cebolinha, creme de leite ou tudo isso junto. Depende do humor no dia. Tanto o sabor quanto a textura ficam melhores se não hidratar antes. Mas muuuuuuuito melhores.

Com exceção de bife, eu faço assim. O bife eu "hidrato" no limão com sal, como se fosse carne mesmo. Uns 10 minutos antes de fritar. Só coloco água se ele continuar crocante mesmo depois de fazer como um bife comum.

onde está o ask

Taqui ó. Tá esquecido, eu sei, mas eu só lembro dele quando alguém manda pergunta e eu recebo email. Dá pra criar um esquema semanal pra ele, eu acho. Caso alguém ainda queira usar, néam?
se tenho doença reumática

Tenho não. Tenho uma imitação de febre reumática, mas é imitação chinesa, paraguaia, sabe? Não funciona direito e não é nem perto da original. De tempos em tempos rola uma benzetacil marota pra acalmar as coisas, mas no geral, a cada crise alérgica forte, é como se eu tivesse uma crise suave dos negócio reumático. Se é que dá pra chamar de suave essa disgrama. Hoje mesmo, apesar do problema na coluna, eu tava andando até que bem, mas logo veio um tiro no meu quadril e fuén.

por que odeio personare

Porque ele é trabalhado nas bad vibes. Não tem uma previsão boa, nada nunca vai acontecer na vida de ninguém, nem no tarô do dia. Pode reparar em pessoas que escrevem sobre o personare: tudo sofrida. Eu normalmente não acompanho astrologia de forma nenhuma, mas depois da palhaçada de passar um mês vivendo em função do tarô do dia como forma de experimento e palhaçada, eu percebi que fiquei mais amarga que quando tomei fluoxetina sem saber que era alérgica. Fui caçar esses arquivos no blog antigo e, Ó QUE MANEIRO: o blogger.br deletou sem avisar :)

se compro livro porque a capa é bonita

VERY MUCH. Vou olhar rapidamente aqui na estante só até onde o olho alcança (por motivo de limitação física de movimentos mesmo) e fazer uma lista rápida: cadê você, bernadete; projeto rosie; a lista de brett, o céu vai ter que esperar, twittando o amor. Sério.


*****

E é isso mesmo por hoje HAHAHAHAHAHAHHA.

Vamo ver se melhora da próxma :P




sexta-feira, 28 de agosto de 2015

vale a pena ver de novo

Título alternativo: crise criativa.





Na minha planilhinha do BEDA (todo um BODE desse nome a essa altura), muitos posts não aconteceram porque outra coisa mais relevante (rizoz) aconteceu no dia. Mas aí eu tentei passar pra frente e sabe quando não dá certo? Parece que a ideia perdeu o timing, sei lá. Cheio de post com 8 mil palavras no rascunho, que eu não consigo finalizar por completa falta de vontade.

E como pros próximos 3 dias eu já tinha um plano (acho que dia 31 é o blogday e vai ser a primeira vez na vida que vou participar :P), hoje ficou assim, como direi, sem assunto.

Fiquei aqui pensando em apelar pra mais um meme ou blogagem coletiva, mas nenhum tema me fez feliz. Não duvido que na seca de setembro (gastei toda a criatividade de 6 meses em 30 dias) eu acabe resgatando essa planilhinha. Mas hoje eu não quero.

Pensei aqui em falar de mil coisas, mas ontem aconteceu de eu ver pouca coisa no feici - quarta eu tenho uma aula que consome muito tempo e energia, então é o dia em que eu menos uso a internet -, mas tudo que eu vi era gente reclamando de televisão, do que a rede globo escolhe colocar na programação e coisas do tipo. Aí meu histórico do timehop e do próprio feici me lembraram um post que eu fiz dois anos atrás, porque aparentemente nessa mesma época do ano (deve ser o chatíssimo criança esperança) relembra às pessoas que assistir TV é feio e elas começam a planejar o eloquentíssimo ~dia sem globo~. Se você é meu amigo ou me segue por lá há mais de dois anos, midesgupi o déjà vu.

Aproveitando o tanto que falei de entretenimento neste mês, acho que nem fica tão fora de contexto.

Tem um seriado britânico chamado Black Mirror (não é para fracos), em que alguns episódios que se passam numa espécie de futuro distópico e questionam tecnologia e coisa e tal. Um dos episódios, 15 Million Merits, mostra um pedaço da sociedade que vive em cubículos sem janelas, cercados de tela por todos os lados. Tela de TV, da hora que acordam (com a imagem de um galo cantando), à hora que vão dormir, quando tudo fica preto.
Durante o dia, esse pessoal mais pobre passa o tempo pedalando e gerando energia e ganhando dinheiro em troca. Sempre na frente de uma tela. na hora da refeição também tem tela por todos os lados.
Enquanto a pessoa está no quarto (aparentemente não há socialização além do momento de comer, em que ninguém se fala de verdade), a TV passa uma programação o tempo todo, na parede para a qual você estiver virado. Se você fechar os olhos, a programação é pausada. se você não abrir em 5 segundos um alarme ensurdecedor começa a soar e só para quando você abre os olhos e a programação continua de onde parou. No meio dessa programação tem muitas propagandas e você só pode pular a propaganda se tiver dinheiro pra pagar. Só pode trocar o que está vendo se tiver dinheiro pra pagar. não pode desligar nunca.
****
Assistir isso é muito bonito porque te faz lembrar do poder que você possui na realidade: CONTROLE REMOTO. você não é obrigado a assistir nenhum determinado canal (um dia sem rede globo pode ser TODOS OS DIAS, hein? ó que incrível?), você não é obrigado nem mesmo a ficar com a tv ligada. Você não é obrigado a abrir um streaming de nenhum programa, nem entrar em nenhum site, nem ler nenhuma revista, nem ver bobagens nos seus feeds do facebook. VOCÊ NÃO É OBRIGADO A CONSUMIR INFORMAÇÃO NENHUMA que você não queira. Você tem sempre a escolha de fechar os olhos ou apertar um botão.
Fica aí a reflexão praqueles indivíduos que acham que a moral e os bons costumes estão abaladíssimos por causa de qualquer aparição nas telas que cercam suas vidas.

Vocês não pensam assim? Eu vivo vendo as pessoas reclamando de TV, todo ano em janeiro é aquela pentelhação sobre como o Big Brother abala nossas vidas e deseduca a população, mas... não é mais fácil só não assistir? Ou você quer mandar na opção do coleguinha também? Magina se o coleguinha falar pra você que também acha que você deveria ser obrigado a ler João Ubaldo pra merecer viver em sociedade! Credo, prefiro binge watch de BBB.

É uma coisa que eu sempre penso: por que as pessoas gastam tanto tempo com o que não gostam? Sobra tempo pra gastar com as coisas de que essa pessoa gosta? Eu não gosto de muita banda que toca no rádio, eu não suporto propaganda de rádio, então o que eu faço? Eu não ligo o rádio. Eu tenho minhas músicas e ouço só essas, ué. É difícil? Não é. 

Às vezes, vejo meu pai assistindo TV e ficando horas no mesmo canal. Eu pergunto o que é e ele: não sei. HAHAHAHHAAH. Comofas?

Eu vejo as pessoas pegando comida no selvselv e pergunto o que tem pra comer lá: não sei. E como você escolheu o que colocar no prato???

Sei lá, acho que acontece uma letargia em massa e as pessoas vão só existindo e repetindo e seguindo o fluxo, sem pensar criticamente sobre as razões de tudo o que fazem. 

Só isso explica essa indignação com tanta coisa simples de resolver ou com pessoas de opiniões contrárias. 

Deve ser por isso que 98% das pessoas me enxergam como uma pessoa grossa, porque eu não consigo passar pelo mundo com essa passividade. Eu não preciso emitir publicamente minha opinião sobre tudo, igual às pessoas que moram no facebook, deus me livre, mas eu preciso TER opinião sobre tudo que me afeta, de modo a justificar, pra mim mesma, as razões que me levam a tomar as decisões que eu tomo pra minha vida.

Mesmo que essa decisão seja ficar 3 horas na frente da TV, vendo de video show bagaceira 2015 até reprise de Caminho das Índias.


quinta-feira, 27 de agosto de 2015

literaturas



Sabe aquela pessoa que sempre sabe responder quando questionada sobre preferência de gênero?

Que tipo de música você gosta? Rock. 
Que tipo de filme? Suspense.
Que tipo de livro? Clássico.

Essa pessoa é insuportável não sou eu. Tenho 120% de dificuldade de definir coisas a meu respeito, 01 impossibilidade física de escolher. Masss, recentemente, eu me dei conta de que amo duas coisas nessa vida: sci-fi e realismo ou literatura fantástica.

Veje bem: não sei nem se estou definindo certo o negócio, porque eu nem sabia que isso existia até um mês atrás. Eu sei que sou fã de Ariano Suassuna e participo de grupo de discussão de novela (e você que é feio?), sempre ouvi essa expressão fantástica pra designar uma certa desconexão com a realidade, mas nunca pesquisei a respeito. Só me dei conta que praticamente que tudo que eu assisto ou leio é fantástico, de fantasia. E também de maravilhoso, porque tenho muito bom gosto.


Tipo, eu curto uns extraterrestre, uns androide, umas tecnologia inexistente. Mas não tanto no sentido de blockbusters de hollywood de invasão, alien, robocop, minority report. Eu gosto mais simplezinho, tipo Doctor Who, Humans, Extant. Sabe? Uma coisa que podia acontecer no nosso dia a dia e não ser exatamente catastrófica.

Quando me dei conta das séries e filmes que eu andava assistindo, parei pra prestar atenção nos meus livros, porque eu jurava que amava chick-lit. Eu vejo pessoas postando frequentemente no facebook o que andam lendo e fico pensando "como a pessoa tem saco pra ler isso?". Uns livros que me parecem pretensiosos demais, pedantes demais, pseudo-cult demaisssss. 

Nunca escondi que gosto de ler bagaceira. Mas, por exemplo, antes dos 20 eu já tinha lido Asimov. Não porque eu queria ser pedante, mas porque era um dos 500 livros que tinha na estante de casa e o nome "Eu, Robô" era extremamente atraente. Não tinha figurinha, então demorou pra eu pensar em ler um livro que parecia tão ~complexo~. Tenho memórias da minha pessoa toda torta no corredor de casa, porque peguei o livro no quarto pra ir pra sala e parei no meio do caminho de tanta concentração e só me dei conta 4 horas depois. 

Aí quando alguém perguntou aqui meus livros favoritos, eu parei pra pensar e vi que SÓ UM é história simples, chicklit podrão. O resto é realidade, literatura, sei lá fantástica. Ou seja, não têm compromisso com as leis que regem a realidade.

Estou tentando escrever duas histórias fictícias, sei lá se conto, sei lá se livro. Estão indo BEEEEEEeEeeEEeEeeeM devagar porque eu tenho que estudar, mas adivinha: zero conexão com a realidade, as duas. 

Que coisas incríveis a gente descobre sobre a gente mesma quando para pra olhar.

*****

Quando olhei carinhosamente pra minha estante, me dei conta de que não leio meus livros favoritos HÁ ANOS, de modos que não lembro da história nem pra fazer uma sinopse. Vou colar da internet para fins didáticos, mas eu prometo que gostei muito. Claro que já coloqueilhos na lista de releitura pro mais breve possível. Pensando em colocar em ordem cronológica e dizer quando eu li, de repente até ajuda a fazer sentido se corresponder o título à idade.



menino no espelho - fernando sabino

Li esse ainda em idade escolar, obrigada. Mas era uma história tão boa, mas tããão boa, que pedi pra minha mãe comprar o livro. 

É a história de um homem mais velho, contando como foi sua infância. Ele cria uma identidade secreta, que é o seu reflexo no espelho, o odnanref. E aí, gente, ele viaja bem lindão na maionese das histórias, da personalidade do menino do espelho e de tudo mais. É como se fosse escrito sob a perspectiva de uma criança - eu mesma tenho uma história biruta de como piquei uma nota de dinheiro e remendei parte dela com mágica -, o livro todo é nessa linha.

Ele tem uma coisa que eu acho que é aquele "sonho" de todo mundo, a sensação de poder falar com seu eu do passado e fazer as pazes consigo mesmo. Felizmente eu não lembro muito da história e não posso fazer spoilers (nem pra mim mesma hahaha). Acho que vale de entretenimento mesmo pra adultos. Foi um livro muito bonitinho e eu recomendo.


dia do curinga - jostein gaarder

Se você não reconheceu nada, esse é o autor d'O mundo de Sofia. Li com 17 anos, no primeiro ano da faculdade, por causa de uma conjunção astral favorável. Até essa altura da minha vida, minha família não tinha muito dinheiro, então a gente não era assim muito comprador de livros de literatura que não fossem obrigatórios pra escola. Aí eu entrei na faculdade, onde só tinha gente rica, e todo mundo tinha milhares de livros e vivia emprestando pras amigas. Consegui entrar no circuito de empréstimos, mas eu sempre era a última da fila dos disputados, porque não tinha nada pra emprestar em troca. Foi assim que eu fiquei pra trás na fila d'O mundo de Sofia, Harry Potter, Bridget Jones. E foi assim que a menina falou "tem esse outro aqui muito bom de filosofia também, ó", e o Dia do curinga caiu no meu colo.

Eu nunca tinha lido filosofia, nem sabia se gostaria, mas li com o coração aberto. A história começa lenta e um pouco confusa, eu tinha um total de zero expectativas e continuei. Gente, quando a história engrena, meu deus do céu, acabou vida. Eu só conseguia ler esse livro e mais nada. Era o dia inteiro com ele colado na cara até terminar. O que eu comprei com meu primeiro salário da vida? Esse livro. Tenho várias edições, minha mãe me deu uma bonitinha de aniversário, que foi justamente a que eu.levei.pra.ele.autografar. Quando vi esse véio pessoalmente o amor aumentou demais, ele é sensacional. Talvez um dia eu faça um post só sobre ele, porque que pessoa maravilhosa. Tenho praticamente todos os livros que ele escreveu, tem um que é bem juvenil e BEM fantástico (surreal, sei lá, a sociedade deturpou a palavra ~fantástico~, apesar de eles todos serem ótimos, como eu já disse), que é A biblioteca mágica de Bibbi Bokken. Tem um outro livro dele, o Castelo dos Pirineus, que é beeem mais adulto e, consequentemente, bem mais difícil. Estou empacada nele faz uns bons 6 anos. Claro que li O mundo de Sofia também, gosto muito, mas nenhum bate o Dia do Curinga. Vai por mim.


espelho dos nomes - marcos bagno

Quando eu li esse livro, meu irmão estava em idade escolar, foi comprado pra ele. Ele devia ter uns 10, 11 anos, o que quer dizer que eu tinha 20, 21. Ele era meio preguiçoso e não leu o livro inteiro antes da prova. Eu tava sem fazer nada, resolvi ler e contar o livro pra ele, porque irmã mais velha é mesmo tudo trouxa. O livro era TÃO MARAVILHOSO que só informei minha mãe que mudou de posse. Eu lembro vários nada desse livro, só que ele segue a linha do Menino no espelho. É uma história sobre uma criança que tem que vencer uns desafios e tal. Um resumo que me pareceu bom é esse aqui. Eu lembro de ter gostado porque ele brinca um pouco com a língua e com as palavras, OUSSEJE. Lembro também que na época eu fiquei muito doida e só falava disso, então posso dizer pra vocês que é um dos autores e livros favoritos do Alexandre Nero também, porque lembro de uma conversa nossa sobre isso em algum lugar do passado. Whatever makes you read it. HAHHAHAHA.


um amor de detetive - sarah mason



O livro "normal" da lista. 01 romancinho bem comum na prateleira de toda livraria. Não sei explicar exatamente a razão de esse ser meu favorito a ponto de comprar TODOS os livros dessa autora (eu tenho esse probleminha, eu gosto de um, eu compro todos). A única coisa que pode ter servido realmente de critério de desempate é que ele tem um final satisfatório. Não é aquela porcaria de final aberto que você tem que decidir o que aconteceu e ter um calafrio cada vez que pensa em todas as possibilidades. É um livro do amor. É previsível, com mocinha desastrada e provavelmente não passa no teste de Bechdel? Sim. Mas é um livrinho simpático ainda assim. Pra gente que lê Sophie Kinsella, Jojo Moyes, Cecelia Ahern, John Green e Nicholas Sparks (calma, nem tanto) sem reclamar, é excelente. E eu acho melhor que esse povo todo aí. Pode comprar a coleção inteira. Se bem que Veleiros ao Mar eu fiz a louca pra comprar assim que lançou, chorei de alegria ao ver que ele tem um milhão de páginas e.. bom, nem abri.

Tempo kd????

Li esse livro uns 10 anos atrás. Estava esperando uma pessoa numa livraria e ela não.chegava.nunca. Catei a capa mais bonitinha que achei e comprei, porque eu não consigo ler na livraria se o livro não for meu. Não me arrependi. E eu defini esse livro como "realidade", mas romance que dá certo nos dias de hoje meique dá pra gente considerar literatura fantástica, né? Heh.


purgatório - mario prata

Esse livro é besta demais, gente. AHHAHAHAHAHAH é sensacional de bocó, é um dos livros mais birutas que eu já li na minha vida e é sensacional. Literatura fantástica e etc, não se esqueçam. O cara se comunica por email com uma pessoa que está localizada no purgatório, de modos que: morta.

É baseado na Divina Comédia, o personagem principal é chamado Dante e tudo. Mas você não precisa ter lido a Divina Comédia pra ser feliz lendo Purgatório.

Quer dizer, se você é religioso e tem problemas com alguns tipos de piada religiosa, leia com cuidado. Eu sou cristã e o livro não me ofendeu, mas as pessoas de fé mais fervorosa tendem a não gostar. Como eu conheço um total de 3 pessoas religiosas na minha faixa etária pra baixo, acho que não vai ser problema pra ampla sociedade.

É um livro de leitura rapidinha, você desacredita nos seus olhos em vários momentos, você ri, você quer tacar o livro na parede porque NÃO É POSSÍVEL, mas é muito engraçado. Eu gostei muito. Meio mundo comprou esse livro por obra e graça de uma entrevista no Jô, mas eu não consegui encontrar essa entrevista de jeito nenhum. Há boatos de que seja um autor engraçadíssimo, mas eu só li esse livro mesmo.


****

Eu sei que tem gente que tem vergonha de dizer de que livros gosta, outra pessoa ler e pensar "GESOOS, O QUE PASSA DENTRO DA CABEÇA DESSA PESSOA???". Mas vocês devem imaginar que esse medo eu não tenho. Se tivesse, me fazia de inteligente e indicava livros que todo mundo gosta ou livro de realidade. Num ia ficar aqui falando de desconexão com a realidade.

Boa leitura :P


quarta-feira, 26 de agosto de 2015

oblíqua e dissimulada

oblíqua

I

Não sei se estou dando conta desse tanto de postagem, tem comentário que eu não vejo, tem coisa passando batida e não quero que ninguém fique chateado comigo. Mas tudo se ajeita.

Eu sei que alguém me sugeriu fazer um top livros favoritos em algum lugar (no post do tour pelo quarto?) e eu super gostei da ideia, mas me dei conta de que não leio 3 dos meus livros favoritos há tanto tempo, que nem saberia como descrevrelhos com palavras. Botei no rascunho e tô pensando como vou fazer.

Enquanto estava pensando nisso, me dei conta que até gosto de literatura nacional, mas só descobri isso já mais velha. Aí me perguntei: por quê?

Minha opinião é irrelevante, mas eu sou muito contra o esquema de leitura da escola. A pessoa com 10 anos lendo José de Alencar? Para e pensa no conteúdo desses livros. Vê se uma criança de 10 anos tem condição de compreender A Pata da Gazela. Eu lembro de ter ficado me perguntando o que raios uma criatura viu num pé enfiado numa bota pra ficar assim tão obcecado. Eu tinha PAVOR do Horácio e tinha pesadelos com o aleijão, o que ue nem vinha a saber o que era, mas imaginava ser um pé estilo Abaporu. Reflitam que uma criança de 10 anos estava lendo sobre um homem cheio de fetiche, cujo linguajar só não é mais explícito por causa de época em que foi escrito. Antes do 16, tinha lido Primo Basílio (gosto muito desse livro enquanto adulta, odiava enquanto criança, porque né?), O Cortiço, Lucíola, O Alienista, Os Ratos e uns livros de desgraça que estavam na moda do vestibular dos anos 90. 

Percebam que alguns livros ficaram fora dessa lista, porque, apesar de não serem infantis, também não acho que comprometem a infância da pessoa (a minha comprometeram, porque eu sou sensível à desgraça). Tipo Vidas Secas, Morte e Vida Severina, Memórias Póstumas de Brás Cubas, qualquer coisa do ♥Ariano Suasssuna♥, Auto da Barca do Inferno, essas coisas.

Jorge Amado minha mãe me proibiu de ler (obrigada, mãe), assim como Nelson Rodrigues. Eu faria o mesmo, se um filho em idade escolar eu tivesse. ISSO NÃO É LITERATURA JUVENIL e, se não existe literatura de qualidade pra esse público no Brasil, não é fazendo a gente ler sobre putaria disfarçada em linguagem arcaica que vai nos transformar em cidadãos cultos e amantes de leitura.

O que eu acho que crianças deveriam ler? Coleção Vaga-Lume. O Menino no Espellho, do Fernando Sabino. Monteiro Lobato, Rachel de Queiroz, Cecília Meireles, Ruth Rocha, Ziraldo, Maria Clara Machado. 

Ahhh, mas e quando vamos ler os clássicos????

Se nosso sistema educacional servisse pra alguma coisa, na faculdade, em qualquer faculdade, a gente teria uma matéria de língua portuguesa e literatura brasileira, né? Aí cê taca os José de Alencar, Machado de Assis, Eça de Queiroz nas criaturas mais preparadinhas pra entender as coisas da vida.


II

Eu nasci feminista. Sempre achei um absurdo ir na casa das minhas avós e ver que as manhãs eram consumidas por mulheres cozinhando e, depois do almoço, por mulheres limpando. Homens nem tiravam os pratos da mesa e iam confortavelmente se instalar na frente da TV ou na cama mais próxima. Por que quem lava a louça não é quem não cozinhou? Por que sempre mulheres cozinham? Por que EU tenho que ir secar louça e meu primo com a mesma idade pode ir jogar bola?

Sabe?

Sempre me arrependia de ir pra casa de uma das minhas avós, porque as mulheres mais velhas faziam o almoço pra 20 pessoas e as mais novas deveriam lavar a louça correspondente. As mais novas eram eu. Quatro mulheres pra cozinhar, várias panelas, vinte pratos, pares de talher, talher de pegar comida, copos, etc, etc, etc e uma criança de 14 anos pra lavar.

Você lavava?

Nem eu.

Meu avô falava que se eu tomasse vergonha e lavasse a louça, eu teria muito mais coisas na minha vida. Pois lavando louça eu tinha alergia nas mãos, dor nas costas e duas horas perdidas em frente a uma pia (chutando baixo) e a única coisa que eu queria era ler ou nadar na piscina. Então eu lia, nadava e escutava 3 horas de sermão até o café da tarde, quando tudo se repetia. 

Alguns dias eu pensava "hoje vou lavar a louça, porque não tô a fim de ouvir conversa". Quando todos saíam da mesa, alguém dizia "hoje a louça é sua, vaneça" (como se não fosse nos outros dias). Nesse momento, desfazia-se a mágica e eu dizia "se não tivesse mandado, eu lavaria. Já que mandou, vou subir e ler, como todo mundo".

Quantos castigos eu tive? TODOS.

Eu tive caxumba aos 19 anos. Vou deixar o contexto enterrado onde ele está, porque não vale a pena, mas eu não morava com meus pais, então essa culpa não é deles. Pois eu estava com dificuldades até de respirar e consegui ganhar um castigo porque não lavei uma louça de almoço e, olha que horror, um homem teve que lavar!!!11 Onde já se viu tanta humilhação?

Então cê reflita aí quanto eu odeio o patriarcado e a merda toda que ele fez da minha vida. 

De modos que eu jamais dividirei voluntariamente minha casa com um homem, porque uma pessoa que acha que naturalmente as funções de limpeza, culinária e ordem são minhas e que qualquer coisa que faça é digno de ganhar troféu, sair em capa de revista e receber elogio pela ajuda não merece desfrutar da minha companhia íntima. O bofe que more na sua própria casa e se vire com ela, eu moro na minha e todo mundo fica semi-feliz, porque a vida também não é essas coisa toda no geral.

III

Não citei Dom Casmurro lá em cima convenientemente. Li esse livro já um pouco mais velha, com uns 15 anos, de modos que não foi tão chocante a coisa toda do romance desequilibrado.

Como toda criança, li o livro sem imaginar o que seria esperado de mim, na hora de discutir a respeito. Quando li na prova a pergunta "Capitu traiu Bentinho?", pensei "vish, ó as ideia da professora? Claro que não traiu". 

Eu não tinha nenhuma dúvida em 1995 e permaneço não tendo nenhuma dúvida em 2015, a diferença é só que agora eu consigo argumentar com mais clareza.

Naquelas vibe que vocês já conhecem bem: isso não é um tribunal, eu não sou uma juíza e não vou ouvir argumentos dos dois lados pra tomar uma decisão, isso aqui não é uma democracia, é uma ditadura benevolente e vocês não precisam vir defender suas ideias aqui. Criem seus blogs e defendam lá.

IV

Porque eu tenho certeza de que Capitu não traiu Bentinho.

A história é contada em primeira pessoa, sob a perspectiva de um homem. Um homem muito do desequilibrado, que deveria ter tido apoio psicológico para os vários problemas que ele tem, entre eles, a mania de perseguição e a obsessão. Um homem de dois séculos pra trás (é isso? sou mei burralda), ondem nem se pensavam em direito das mulheres e coisa e tal.

Aí quem ele conhece? Uma mulher que faz o que quer, desde criança. Que não tem medo de olhar no olho, de assumir suas escolhas, de dizer o que quer. AI MEU DEUS, QUE PIRIGOZA. 

Bentinho dedica um longo tempo de narrativa pra descrever Capitu. E mesmo pela visão deturpada dele, vemos que Capitu é uma pessoa com ~bons valores~ (odeio essas expressões) e, principalmente, que só faz o que tem vontade. Então, quando Capitu resolve ficar com Bentinho, casar com Bentinho e ter um filho com Bentinho, é ISSO que ela quer. 

Mas ele, como pessoa perturbada, desequilibrada e chata, não compreende.

Tenho vontade de mandar Bentinho ler As vantagens de ser invisível. We accept the love we think we deserve. Bentinho tem sérios problemas de autoestima e não aceita que uma pessoa tão maravilhosa quanto Capitu - que salta maravilhosa aos nossos olhos, ainda que ele queira transformá-la numa pessoa menor - possa realmente querer, por vontade própria e sem coação nenhuma, passar a vida ao lado desse homem totalmente blé.

Por que existem pessoas que consideram a hipótese da traição?

Na minha opinião, a razão principal é:

o coitadismo inerente ao cerumano

Todo mundo se identifica com o coitadinho, é incrível. É preguiça? É autoconhecimento? É aceitação? Não sei porque todo mundo se vende por menos, porque todo mundo acha que é incapaz. Sei lá. Eu postei no facebook que 500 days of summer é o novo Dom Casmurro e sempre chove gente defendendo ou justificando o Tom, porque todo mundo acha que, em algum momento é o Tom. Amor, todo mundo um dia ama mais que a outra pessoa e se vê perdida, porque entendeu tudo errado. Daí a SER o Tom, como modus operandi de vida, tem que rever isso aí. Não somos todos Bentinho. Se bem que 98% dos meus ex, eram. 

Depois:

a síndrome da vagabunda

A gente já falou disso aqui essa semana. Mulher é tudo vaca. Sedutora. Infiel. Ai, meu amigo, que ano é hoje??? O tio equivocado em 1800 a gente até entende, porque todo mundo estava equivocado em 1800 (com relação às mulheres, eu digo). Mas você, hoje, culto, inteligente, morador da internet, ainda achar que porque a mulher era bonita ou bem resolvida, necessariamente ela é vadia, sem caráter, traidora, desleal, SABE? A gente tem que parar de achar que a culpa é da mulher, especialmente quando a mulher tá quieta lá e o cara está surtando dentro de sua mente.

E, finalmente,

a incapacidade de ter opinião própria

Um amiguinho seu leu e falou "fico aberto issaê, acho que essa vagabunda traiu o fofo do Bentinho, hein?". Você, que já caiu no coitadismo e na síndrome da vagabunda, pensa "é memo, viu?". E não questiona, não lê de forma crítica. Eu acredito que o autor te induz a pensar que ela traiu, porque o autor, naquele momento É o Bentinho. Só que ele criou uma personagem com vida própria, maior que ele, perdeu o controle dela (minha opinião) e aí tenta contornar a situação insinuando que era ela que não valia nada o tempo todo.

Só que não.

Pra finalizar aqui o post, eu estava dando uma olhada em resumos dos livros que citei aqui, pra não falar nenhuma bobagem grande demais (a gente lê com 12 anos e quer comentar depois dos 30) e achei um site, sem querer, quando estava confirmando que Dom Casmurro era narrado em primeira pessoa (não lembrava se era isso ou se era em terceira pessoa com perspectiva do personagem central).

Olha que bonito isso:


O romance, entretanto, presta-se a muitas leituras, e é interessante ver como a recepção ao livro se modificou com o passar do tempo. Quando foi lançado, era visto como o relato inquestionável de uma situação de adultério, do ponto de vista do marido traído. Depois dos anos 1960, quando questões relativas aos direitos da mulher assumiram importância maior em todo o mundo, surgiram interpretações que indicavam outra possibilidade: a de que a narrativa pudesse ser expressão de um ciúme doentio, que cega o narrador e o faz conceber uma situação imaginária de traição.
Viu, migas? Viu? Será se Machadão era um homem à frente do seu tempo? Será se ele pensou "hummm, vamo vê quantos trôxa cairão nessa de marido traído? Jamais saberemos. Pra confirmar minha nova teoria:

Machado de Assis, autor sutil e de penetração aguda em questões sociais, arma o problema e testa seu leitor.
Aí agora tive um tempinho e prossegui na leitura e já quero saber quem escreveu isso, pra poder jurar amor eterno:


Capitu, até a metade do livro, é quem dá as cartas na relação. É inteligente, tem iniciativa, procura articular maneiras de livrá-lo do seminário etc. Trata-se de uma garota humilde, mas avançada e independente, muito diferente da mulher vista como modelo pela sociedade patriarcal do século XIX. Nesse sentido, Capitu representa no livro duas categorias sociais marginalizadas no Brasil oitocentista: os pobres e as mulheres. A personagem acabará por "perturbar" a família abastada, ao casar-se com o homem rico. 

Percebe-se, por isso, o peso do possível adultério em suas costas. Não se trata apenas de uma questão conjugal entre iguais, mas de uma condenação de classe. Bentinho utiliza o arbítrio da palavra para culpar sua esposa. Mas é ele quem narra os acontecimentos e, por isso, pode manipular os fatos da maneira que melhor lhe convém. Não se sabe até que ponto os fatos relatados correspondem ao que ocorreu, ou são uma interpretação feita pelo personagem, que, além de tudo, escreve que não tem boa memória. 

Nesse sentido, a questão central do livro não é o adultério, e sim como Machado introduz na literatura brasileira o problema das classes e, ainda, de forma inovadora, a questão da mulher. Dom Casmurro coloca no centro de sua temática a menina que não se deixa comandar e, em virtude disso, perturba a ordem vigente naquele ambiente social estreito e conservador.

AAHAHHAHA gente. Gente. Cêis tão percebendo que quem ficou do lado do Bentinho tem grandes chances de ter sido enganado? Eu reveria meus conceitos, se fosse vocês.

E agora vem o momento "oloco, cara, eu deveria estar estudando literatura, como era o plano e não engenharia, porque eu captei Bentinho bem demais", saca só: 


O narrador é Bento Santiago, transformado já no velho Dom Casmurro. O foco narrativo é, portanto, em primeira pessoa e toda a narrativa é uma lembrança do personagem sobre sua vida, desde os tempos de criança, quando ainda era chamado de Bentinho. Porém, trata-se de um narrador problemático: primeiro porque o narrador é um homem emotivamente arrasado e instável; segundo porque ele narra fatos que não conhece bem, podendo ser tudo fruto de sua imaginação.

AH LOCOOOOOOO. Tô me sentindo muito inteligente neste momento, porque sempre estive do lado da Capitu maravilhosa. 

E, finalmente:
Os acontecimentos, então, passam pelo filtro da subjetividade presente. É por isso que a descrição que o narrador faz de Capitu, como uma pessoa volúvel e sensual, deve ser posta em dúvida pelo leitor. O sentimento de ciúme exacerbado de Bento pode ter desvirtuado a figura da personagem.

BOOOOOOOOOOOOM. IN YO FACES.

V

Qual é a lição que tiramos disso?

- não sejam machistas;
- não sejam grudentos ou coitadinhos no amor;
- leiam sempre de forma crítica e questionem o texto, especialmente se o autor for inteligente ou se ele estiver falando sobre um assunto ~polêmico~.

Por último, eu queria dizer que esse livro foi o único momento do ensino fundamental e médio que eu não odiei a bibliografia obrigatória. Eu sempre amei ler, li Hans Christian Andersen bem pequenininha, li os originais de filmes da Disney que estão assustando pessoas no facebook antes dos 15 anos e me recusei a assistir A pequena sereia quando lançou, por medo de chorar demais no final com ela virando espuma. O que eu quero dizer que sempre fui uma criança adepta da leitura como forma de entretenimento e adoraria ter tido a oportunidade de ter lido os clássicos da literatura brasileira (ou em português) um pouco mais velha, pra não ter tanto trauma na vida. (Certeza que veio daí o pavor de me relacionar com o sexo oposto e casar. Certeza).

Se tudo der certo, em breve dica de livros bobinhos pra ler com alegria em vários momentos da vida.


dissimulada