Eu
me mudei de casa.
Pela,
sei lá, décima oitava vez na vida.
Acho
muito engraçado quando a pessoa me diz que nunca se mudou ou diz que só se
mudou quando casou. Não sei se tenho dó ou inveja.
Pelo
menos desta vez, foram só alguns quarteirões. Mudar de estado é muita alegria
só que ao contrário e fico muito contente que não tenha sido a história desta
última mudança.
Aliás,
mudar de casa é sempre uma alegria só que não.
A
única coisa boa é a faxina obrigatória, néam? Tipos que eu limpo meu armário
periodicamente, mas, de alguma forma, lá dentro tinha uma quantidade infinita
de tralhas que eu não lembrava ter guardado. Imagina que faz 10 anos
apenasmente que eu me formei (idosa) e metade das coisas da faculdade ainda
morava lá em algum lugar.
Perdi
as contas de quantos daqueles sacos de bilhões de litros de lixo eu tirei. O
incrível é que meu quarto novo, que é maior - e tem uma irmã a menos -, está MAIS CHEIO. Sério, dava pra
chamar um físico pra fazer um estudo de caso ali.
*****
Eu
não lembrava, mas houve um tempo na minha vã existência, em que eu escrevia
sobre a vida em blocos.de.notas. Não do Windows, de papel. O mais sensacional é
que não era em UM bloco. Tinha mais ou menos uns 400 blocos espalhados por tudo
que era canto, com um pouco de TOO MUCH information, sabe? Sei lá quantas horas
eu perdi da minha vida rasgando e colocando fogo em tanto absurdo. Se eu
tivesse uma máquina do tempo, ia perguntar pro meu eu do passado QUIQUI CÊ TEM
NA CABEÇA, FIA? Capaz de estar morando no pinel se alguém tivesse achado essa
tralha. Bem naquelas vibe morri e alguém foi juntar as tralha e OMG que pessoa
perturbada.
Ainda
bem que pude poupar os familiares desse desgosto.
Felizmente
não lembro também o que motivou aquela quantidade de escrevinhação bizarra,
vamos orar.
(Agora
eu só tenho blog, ó que saudável kkk)
*****
Em
toda mudança eu me pergunto: por que somos tão bocós? Por exemplo, reencontrei
meu ~radinho~, primeiro tocador de cd de mp3 que eu adquiri na vida, cujas
caixa de som desistiram de viver, cujo leitor de cd tá locão e que nem rádio
sintoniza mais, mas eu não consigo jogar fora. Enquanto a casa véia tá lá,
esperando ganhar um dono novo, o som tá ligado na tomada, num cantinho do
quarto. Tem nem onde enfiar esse troço inútil no meu quarto novo, mas eu não
consigo dar embora (ADORO quem diz que dá embora as coisas? Onde esse povo
aprende essas expressões?). Fica lá o som abraçado em meia dúzia de bichos de
pelúcia, joguinhos de tabuleiro e caixas vazias de sapato.
É.SÓ.UM.PEDAÇO.DE.TRALHA.
Haja
desapego.
*****
Falando
em desapego, a *área* que mais sofre nessas limpas é a fashion kkk. Meldels,
como eu tenho roupa. Deve dar pra vestir umas 3 famílias de tipos físicos
variados (a pessoa que pesou entre 48 e 82 kg dá uma amplitude boa). Finalmente joguei
fora aqueles jeans 36 em que nunca mais vou entrar e aqueles 48 que só comprei
na hora do desespero (se é pra ser gorda, então eu vou ser
enoooooooooooooooorme!). Ainda assim, o armário conta com mais de trinta calças
que podem ser usadas tranquilamente, com a atual forma física. O mais impressionante é a indústria da moda ser capaz de me vestir do 40 ao 46, é mágico.
*****
Falando
em roupas que se fueram, estamos agora celebrando os 10kg que deram adeus a
este corpinho a que não pertenciam.
O
engraçado é que 10kg foi exatamente o quanto meu peso aumentou em 2 meses, por
causa dos remédios que eu estava tomando.
No
começo, eu pensava “pqp, esse esforço todo só pra voltar pra onde já não tava
bom”, mas não vou nem negar que estou muito mais delícia (kkk) que um ano atrás
e usando roupas menores.
Pelo
menos é uma coisa que eu joguei fora sem dor no coração heh.